SUED E
PROSPERIDADE
04/09/2020
Médico
criador do ‘Kit covid’ com cloroquina morre da doença no MT
Morreu nesta
quarta-feira (2), na cidade de Sinop-MT (465 Km de Cuiabá) em decorrência do
novo coronavírus (Covid-19), o médico Guido Céspedes.
Responsável
por protocolar o chamado ‘Kit Covid’ (com cloroquina e azitromicina) na cidade,
ele já estava internado há mais de um mês em Unidade de Terapia Intensiva.
A prefeita
da cidade, Sra Rosana Martinelli, publicou uma nota no Facebook lamentando a
morte: “Depois de alguns meses de luta, o médico Guido Céspedes veio a falecer
esta tarde. Um servidor dedicado, corajoso que fez muito por todos nós.
Na
linha de frente, assinou o protocolo do Kit Covid e deu o seu melhor ao nosso
município.
Neste momento de dor, me solidarizo com a família e deixo aqui um
abraço apertado”.
A clínica do
médico, que leva seu sobrenome, fez boletins frequentes sobre o estado de saúde
dele, desde o dia 27 de julho, quando o profissional já se encontrava em UTI do
Hospital Regional de Sinop.
(…)
CONTINUA
Vacina russa
contra o Covid-19 gera imunidade sem efeito colateral, mostra estudo
04/09/2020
O primeiro
estudo científico, publicado na renomada revista científica The Lancet,
sobre a vacina russa contra o coronavírus, teve bons resultados e além disso
não gerou efeitos colaterias.
Na publicação também foram apresentadas provas
científicas da eficiência da Sputinik V, a vacina russa.
Agência
Sputnik – Principal revista científica do mundo acaba de publicar os dados
tão esperados dos testes da primeira vacina russa contra a COVID-19, enquanto
especialistas sublinham a importância de tal publicação.
Menos de um
mês após o registro da vacina russa Sputnik V contra a COVID-19, a mais
influente revista científica no mundo, The Lancet, publicou hoje os resultados
das primeiras duas fases de testes clínicos do medicamento, algo que era muito
aguardado pelos representantes da comunidade científica mundial.
O material
publicado responde às críticas de especialistas estrangeiros e traz a tão
esperada clareza sobre o desenvolvimento do medicamento pelos cientistas
russos.
É válido
ressaltar que a Sputnik V, sendo a primeira vacina contra a COVID-19 registrada
na Rússia e no mundo, não só é eficaz no combate ao coronavírus SARS-CoV-2 como
sua aplicação é segura.
A publicação
dos dados da primeira e segunda fases de testes pela The Lancet, segundo
afirmam os cientistas do Centro Nacional de Pesquisa de Epidemiologia e
Microbiologia Gamaleya, é o primeiro passo de uma série de publicações sobre a
Sputnik V em revistas científicas.
“Em
setembro, também serão entregues para publicação os dados completos dos testes
da vacina em animais – primatas, hamsters sírios, ratos transgênicos, nos quais
a vacina mostrou 100% de eficiência (os resultados nos primatas e hamsters
sírios foram obtidos antes dos testes clínicos).
Os primeiros resultados dos
testes clínicos pós-registro [terceira fase], com a participação de 40 mil
voluntários, serão publicados em outubro-novembro”, disseram os desenvolvedores
da vacina, Aleksandr Gintsburg e Denis Logunov, do Centro Gamaleya.
Uma das
principais conclusões a que os cientistas do Centro Gamaleya chegam no artigo
científico é a segurança da vacina.
De acordo com os resultados dos testes
clínicos da primeira e segunda fases, não foram detectados pelos especialistas
efeitos indesejados graves da vacinação por nenhum dos critérios de avaliação.
Nem todas as
outras vacinas contra a COVID-19 podem se orgulhar de tamanho sucesso, algumas
delas acabaram trazendo efeitos indesejados graves em 25% dos vacinados.
Imunidade
duradoura
Na
publicação foram também apresentadas provas científicas da eficiência da vacina
Sputnik V.
Como
exemplo, é comprovada sua capacidade de gerar uma resposta imunológica
duradoura do organismo em 100% dos vacinados graças à tecnologia única de
aplicação em duas etapas.
Denis
Logunov, vice-diretor do Centro Gamaleya, garante que se observa imunidade
humoral e resposta imunológica celular em 100% dos vacinados, o que é
suficiente para proteger o ser humano de forma eficaz contra a infeção pelo
coronavírus.
“O nível de
anticorpos nos voluntários vacinados foi 1,4-1,5 vezes maior do que nas pessoas
que adoeceram e venceram a doença.
Como comparação, a empresa farmacêutica
britânica AstraZeneca obteve um nível de anticorpos nos voluntários vacinados
praticamente igual ao nível de anticorpos daqueles que adoeceram após infecção
pelo coronavírus”, publicou a revista, citando Logunov.
Da mesma
forma, o Centro Gamaleya afirma que, no contexto dos testes clínicos da Sputnik
V, em todos os voluntários se desenvolveu a imunidade celular T, representada
tanto por células CD4+, como por células CD8+.
Estas células
permitem reconhecer e destruir as células infectadas pelo coronavírus.
A vacina
funciona em 100% dos casos
Um dos
maiores receios da comunidade científica em relação ao uso de vacinas na base
de vetores de adenovírus do ser humano – é este precisamente o método usado
pela vacina Sputnik V – seria a existência anterior em algumas pessoas de
imunidade em relação aos adenovírus.
Em outras
palavras, havia o receio de que esta imunidade não deixasse entrar no organismo
a quantidade necessária de adenovírus humano,que na vacina exerce a função de
“táxi”, levando às células o material genético da membrana externa do
coronavírus (é bom lembrar que a vacina Sputnik V não contém o próprio
coronavírus, o que excluiu completamente a possibilidade de infecção).
Considerando
que as pessoas habitualmente adoecem por adenovírus (um exemplo é o simples
resfriado), nelas pode se formar imunidade, a qual teoricamente poderia reduzir
a eficiência da vacina, que usa adenovírus como vetor.
Os
resultados dos testes acabaram mostrando o oposto: a imunidade pré-existente
não influencia a eficiência da vacinação.
“Foi
escolhida uma dose segura ótima, a qual garante resposta imunológica eficaz em
100% dos vacinados, até naqueles que tiveram há pouco tempo uma infecção por
adenovírus.
Isso acaba por reduzir a necessidade de desenvolver novas vacinas
na base de plataformas não verificadas”, diz-se na publicação.
Tais
plataformas não verificadas têm sido desenvolvidas por algumas empresas
ocidentais devido aos receios sobre os adenovírus humanos, segundo
especialistas russos. Algumas delas, como exemplo, a tecnologia mRNK (vacina da
empresa Moderna) ou o adenovírus de chimpanzé (vacina da empresa AstraZeneca),
nunca antes foram utilizadas para a criação de vacinas registradas.
Tais
medicamentos necessitam de testes a longo prazo devido aos receios de sua
influência na função reprodutiva do organismo, além de possíveis propriedades
cancerígenas elevadas, capazes de provocar doenças oncológicas.
Na
revista The Lancet, os cientistas russos apresentam referências aos testes
de segurança da plataforma na qual a vacina Sputnik V está baseada.
“Assim,
desde 1953 no mundo já foram feitos 250 testes clínicos e publicados mais de 75
artigos internacionais, os quais confirmam a segurança das vacinas e remédios
desenvolvidos nesta base
[…]
Os medicamentos na base de vetores de adenovírus
humanos são usados na prática há mais de 15 anos.
É o caso da vacina contra o
vírus Ebola e o medicamento contra o câncer Gendicina, usado na China há mais
de 12 anos”, explicou Denis Logunov.
Tecnologia
única de 2 vetores
Uma das
particularidades da vacina russa, segundo o acadêmico e diretor-geral do Centro
Gamaleya, Aleksandr Gintsburg, é o uso de dois adenovírus – os sorotipos 5 e 26
– em duas injeções separadas.
Atualmente,
a vacinação dupla é reconhecida por muitos especialistas como fator capaz de
fortalecer substancialmente a imunidade contra o coronavírus.
Contudo, se
usarmos o mesmo vetor nas duas injeções, o sistema imunológico inicia um
mecanismo de defesa e começa a rejeitar o medicamento na segunda injeção.
A utilização
de um segundo vetor resolve o problema completamente, ajudando a evitar esse
efeito neutralizante.
Centro
Gamaleya versus AstraZeneca
Se, por um
lado, alguns criticam o fato de a vacina russa ter sido testada em um pequeno
número de voluntários, os cientistas ressaltam que conseguiram testar o sistema
de duas injeções em um grupo de pessoas mais amplo do que, por exemplo, fez um
dos líderes no desenvolvimento de outra vacina contra a COVID-19, a empresa
AstraZeneca.
A gigante
britânica utilizou quatro vezes menos voluntários na primeira e segunda fases
para a determinação da eficiência de duas injeções de sua vacina.
“A quantidade
de participantes nos testes clínicos da vacina russa Sputnik V na primeira e
segunda fases, quando se utilizaram duas injeções, foi quatro vezes maior do
que o número de pessoas inoculadas com duas injeções na AstraZeneca”, explicou
o diretor-geral do Fundo Russo de Investimentos Diretos (RFPI, na sigla em
russo), Kirill Dmitriev.
Tecnologia
única e segura
Na semana
passada, a Administração de Alimentos e Medicamentos (FDA, na sigla em inglês)
dos EUA anunciou a possibilidade de recorrer ao procedimento acelerado de
registro de vacinas candidatas nas condições da situação epidemiológica atual,
ou seja, sem a necessidade de realização da terceira fase de testes clínicos em
dezenas de milhares de voluntários.
A
possibilidade de o mesmo acontecer no Reino Unido foi discutida pelo governo do
país.
Contudo, os
órgãos reguladores nestes países ressaltam a possibilidade de registro acelerado
somente para vacinas que já comprovaram sua eficiência e segurança.
Na opinião
dos especialistas russos, existem poucos medicamentos capazes de atender a tais
exigências.
“No dia de
hoje, a única tecnologia que corresponde a tais critérios é a plataforma na
base de vetores de adenovírus humanos. Ela já comprovou sua segurança em
inúmeros testes ao longo de décadas”, considera Kirill Dmitriev.
Publicação
como ‘resposta final’
De acordo
com Dmitriev, a publicação dos dados da vacina russa na revista The Lancet é a
resposta final às críticas feitas à Rússia após o registro da Sputnik V em
agosto passado.
“Agora a
Rússia, por sua vez, pode fazer algumas perguntas à comunidade internacional.
Apelamos para a publicação dos dados oficiais que comprovem a eficiência
duradoura das vacinas na base do adenovírus de chimpanzé ou mRNK, a ausência de
riscos cancerígenos e efeitos colaterais na fertilidade durante sua aplicação.
Não seria também nada mau saber a razão pela qual a AstraZeneca insiste em
recusar judicialmente sua responsabilidade em caso de efeitos colaterais”,
acrescentou.
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