quinta-feira, 17 de setembro de 2020

MP de Bolsonaro prevê 13º menor a quem teve contrato suspenso na pandemia

SUED E PROSPERIDADE

17/09/2020

MP de Bolsonaro prevê 13º menor a quem teve contrato suspenso na pandemia

17/09/2020

Originalmente publicado por BRASIL DE FATO

Calculado a partir dos meses trabalhados ao longo de um ano, o 13º salário no final de 2020 poderá sofrer redução. Isso porque a Medida Provisória (MP) do presidente Jair Bolsonaro (sem partido) permitiu, no contexto da pandemia da covid-19, que os empregadores suspendessem temporariamente o contrato de trabalhadores e trabalhadoras.

Quem não tiver trabalhado ao menos 15 dias no mês vai sentir no bolso a redução do 13º e ainda poderá ter a desagradável surpresa de não ver depositadas as parcelas do Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS) e do INSS (previdência social). Bolsonaro também desobrigou as empresas a pagarem esses dois direitos trabalhistas na pandemia.

Para o professor do Instituto de Filosofia e Ciências Sociais da Universidade Federal do Rio de Janeiro (IFCS/UFRJ) e coordenador do Núcleo de Estudos Trabalho e Sociedade (NETS-UFRJ), Marco Aurélio Santana, a MP 936, transformada na Lei 14.020, foi criada para atender mais aos empresários.

“As políticas do governo frente à pandemia visavam proteger as empresas e, mesmo nesse caso, deixaram parte desse setor, principalmente as pequenas, em dificuldades. 

O programa de proteção de emprego e renda praticamente obrigou os trabalhadores aceitarem as medidas. ‘É isso ou desemprego’”, afirma o pesquisador da UFRJ.

Desmobilização

A mesma lei que suspendeu contratos durante a pandemia, vai reduzir o 13º

Para Marco Santana, mesmo sabendo das perdas futuras para os trabalhadores, o governo federal nada fez para atenuar o problema. “Eram essas as únicas medidas que se poderia tomar para proteger emprego e renda no setor formal?”, questionou o professor da UFRJ.

Ele acrescenta que Bolsonaro, o ministro da Economia, Paulo Guedes, e a cúpula do Congresso Nacional surfaram oportunamente na onda que tirou o debate de algumas esferas públicas.

“Essa discussão tem áreas sensíveis, já que os servidores continuaram ganhando sem cortes, ao menos até aqui. E a mídia, o presidente da Câmara [deputado Rodrigo Maia, DEM] e o ministro da Economia têm usado isso, defendendo cortes também. 

As possibilidades de resistência acabam ficando restritas”, avalia Santana.

Com 12,7 milhões de pessoas desempregadas no Brasil, segundo dados recentes do Instituto de Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), e em um contexto de aumento da informalidade promovido pela reforma trabalhista após o golpe de 2016 e de políticas regressivas do governo atual, a piora da realidade se tornou visível, argumenta Santana.

“Não é de hoje que as condições de vida e trabalho da classe trabalhadora passam longe das preocupações de governos e legisladores. 

A pandemia apenas agravou um quadro grave já pré-existente e serviu de espaço para que muitas medidas estejam sendo impostas”, afirma o professor de sociologia do trabalho.
 Direito

Estabelecido por lei em 1962 e garantido pelo artigo 7º da Constituição de 1988, o décimo terceiro salário cobre trabalhadores urbanos, rurais e domésticos com carteira assinada, no regime CLT. 

Para parcela da classe trabalhadora, o 13º tem sido tradicionalmente uma importante ajuda no período de final de ano.

CONTINUA

Alimentos disparam e Bolsonaro ironiza: “Aumentou o ovo também”

16/09/2020

Ao ser questionado sobre a alta no preços dos alimentos e itens da cesta básica, Bolsonaro ironizou: “Aumentou o ovo também, né? ”, tudo isso enquanto a renda dos brasileiros encolhe em meio a pandemia.

Apesar dos alimentos como o arroz e outros itens da cesta básica, estarem disparada, o presidente prefere fazer piada.

Bolsonaro resolveu comentar em tom sarcástico a alta dos alimentos nessa quarta-feira (16).   

De acordo com ele, mesmo que os preços estejam altos, ele não vai interferir  e nem fazer nada para diminuir os valores.

“Aumentou o preço do ovo também, né?, questionou um apoiador, rindo. “É lei da oferta e da procura. 

É igual o arroz, a partir do final de dezembro começa uma colheita grande de arroz, daí normaliza o preço. Eu não posso é começar a interferir no mercado. Se interferir, o material some da prateleira, daí fica pior”, completou..

Enquanto isso, os brasileiros mais pobres, sentem no bolso, a alta dos alimentos.

De acordo com o IPEA ( Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada), o auxílio-emergencial foi a única renda para 4,4 milhões de famílias em julho

Porém a redução pela metade no valor do auxílio deverá ter forte impacto para os mais pobres.

De acordo com a economista Maria Andreia Parente, do IPEA, a alta dos alimentos vai afetar mais os pobres, porque segundo levantamento da economista, o que os pobres compram ficou mais caro, porém o que os ricos  mais consomem ficou mais barato.

Bolsonaro em vez de resolver o problema da alta dos alimentos, prefere fazer piada

 

Concentrada em ítens básicos da alimentação, como arroz, feijão, carne, ovos, leite e farinha de trigo, a inflação acumulada no primeiro semestre do ano é de 1,15% em domicílios com renda familiar de até R$ 1.650,50, segundo levantamento feito pela economista, divulgado na edição desta segunda-feira (14) do jornal O Globo.

Entre as famílias com rendimento acima de R$ 16.509,66, o custo de vida ficou estável no período, com leve variação de 0,03%.

Bolsonaro contudo prefere fazer piada… e há pobre que esteja passando dificuldade que o apoia….

CONFIRA:

 Bolsonaro fala sobre ser Presidente, Lei Animais, Argentina, Guedes, Viagens, Empregos e mais

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Fonte: https://falandoverdades.com.br/

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