SUED E PROSPERIDADE
02/09/2020
Vídeo: O Dia
Em Que Jorge Pontual Anunciou A Vitória De Lula E O Enterro De Moro E Dallagnol
Celeste Silveira 2 de setembro de
2020
Do ponto de
vista político, não há mais o que discutir, Lula não deixou, como não deixaria,
pedra sobre pedra na Lava Jato.
Quem saiu
desmoralizado da Lava Jato não foi apenas Dallagnol, mas a Lava Jato com Moro,
com tudo.
A tentativa
de jogar Dallagnol ao mar para ver se salva alguma coisa da Lava Jato ou da
imagem de Moro, não tinha a menor chance de dar certo, como não deu.
Dallagnol
já estava totalmente desmoralizado junto com Moro, assim como os filhos de
Januário, depois da série histórica de vazamentos do Intercept, tanto que é
justamente essa série, citada por Pontual, a mesma que não só a Globo ignorou como
quis criminalizar a fonte pelo vazamento, como Moro também tentou.
É importante
assinalar que Lula já tinha vencido a batalha.
A sua vitória política
envolvendo o power point e a prescrição do processo de Dallagnol no CNMP, foi
apenas a entrega da faixa de campeão que Lula levou,
porque simplesmente ele
fez barba, cabelo e bigode, mostrando a picaretagem de Dallagnol, Moro e da
Força-tarefa da Lava Jato e, como sobremesa, o corporativismo vergonhoso do
Ministério Público que tem um conselho que aceitou adiar o julgamento por 42
vezes, a pedido de Dallagnol, o que escancara que houve um conluio para prender
Lula dentro do Estado por agentes públicos que deveriam zelar pelas leis e não
transformá-las em instrumento de crime.
E por mais
que os conselheiros dissessem que Dallagnol agiu como mau-caráter tentando se
livrar do leproso, muitos conselheiros sublinharam que esse episódio da Lava
Jato de criminalizar Lula sem qualquer prova utilizando a mídia e a frase
ridícula de Dallagnol de que, não tinha provas, mas tinha convicção, marcará
para sempre a história do sistema brasileiro de justiça.
O comentário
de Jorge Pontual, até por ser na Globo, parceira de Moro nessa farsa, ganha
dimensão ainda maior, porque, se não cita explicitamente os Marinho, não tem como
dissociar os vigaristas da Lava Jato com os vigaristas da Globo.
Eles estão
literalmente juntos e misturados nessa farsa que custou o golpe em Dilma, a
prisão de Lula e a eleição de um genocida.
Confira:
Globo News cita indignação de mentora de Dallagnol após Vaza
Jato
Globo News cita indignação de mentora de Dallagnol após Vaza
Jato
*Carlos
Henrique Machado Freitas
CONTINUA
Celeste Silveira 2 de setembro de
2020
Um dos
principais, senão o principal crime que a Globo comete no Brasil é a tentativa
de massacre da cultura brasileira.
Não por
acaso, se não é ainda a proponente que mais capta recursos da Lei Rouanet, via
Fundação Roberto Marinho, é, sem dúvida, uma das principais captadoras desse
excremento neoliberal criado por Collor, para forjar uma imagem de mãe das
letras e das artes com seus museus mantidos com dinheiro público, através de
impostos pagos pelos brasileiros para, em diferentes frentes, monopolizar os
rumos da cultura institucional no país.
Mas a
principal guerra da Globo sempre foi contra a cultura do povo brasileiro,
tentando enfiar goela abaixo da população uma forma de vida norte-americana,
mergulhando o Brasil numa falsa identidade para dissolver a base cultural do
povo e advogar em nome da cultura dos EUA.
Esse
neoliberalismo, que tem a Globo como principal palanque pró-imperialista e
reacionário, sempre tratou a cultura do Brasil como mero detalhe, transferindo
para a indústria de cultura de massa americana a prerrogativa de programar a
vida dos brasileiros a partir dos interesses norte-americanos, numa
subserviência direta naquilo que é mais caro ao povo.
Esse é o conceito de
globalização cultural que a Globo carrega em seu DNA.
Uma das
consequências nefastas disso é a valorização apenas do que é produzido pela
indústria cultural em detrimento da cultura espontânea do povo brasileiro.
O que se
sabe é que a Globo elevou o Brasil a um dos países em que a indústria cultural,
através de sua massificação, deitou as raízes mais fundas e, por isso mesmo,
produziu durante décadas estragos de monta no universo político, porque a
partir da cultura de massa, promovida pela Globo, tudo se tornou objeto de
manipulação.
Por isso, no
caso da cultura, o debate da esquerda tem que ir mais longe, porque a esquerda
atualmente, mostra-se extremamente econômica quando o assunto é destinado a um
debate profundo sobre a importância da cultura brasileira na vida política do
país.
O que salva
é que na base da sociedade a cultura é mais pura e profunda, capaz de enfrentar
e vencer a indústria de massa que tem na Globo seu principal pilar.
O conceito
de cultura no Brasil está intimamente ligado às camadas menos favorecidas da
população que sustenta a ferro e fogo as nossas principais expressões
culturais, mantendo-as autênticas, íntegras e libertas, mais que isso, a
cultura de base não é uma manifestação individual, mas coletiva que funde
nossas heranças ancestrais com o nosso modo de ser do presente,
o que resulta
em relações profundas entre os brasileiros e o Brasil.
O papel da
Globo é deformar a imagem dessa riqueza cultural para, de maneira vil, abrir a
porta do enraizamento de gostos e hábitos impostos pela cultura imperialista no
Brasil, tentando tirar a autoridade moral, intelectual e artística de diversas
formas de expressão e criatividade humana que o Brasil tem de mais rico no
mundo.
O trabalho
da Globo para a indústria cultural da qual é parte, é acionar estímulos em
holofotes deliberadamente a caricaturas culturais com uma vestimenta
universalista em busca da servilidade do povo aos modelos e modas importados
extremamente rentáveis aos EUA.
De quebra,
tentar o máximo possível manter a identidade cultural do Brasil fragmentada,
dissociada da própria vida política e, assim, divididos, transformar-se na
pedra de toque da indústria cultural que lucra financeiramente na forma,
através da venda de conteúdos, produzindo com sucesso intelectual a dispersão
política da sociedade para que os interesses da oligarquia nacional e,
sobretudo, a global mobilize as nossas ações políticas.
Por isso,
não há mais o que esperar para fazer um grande debate sobre a cultura
brasileira e o papel nefasto que o grande império da comunicação no Brasil
criou para, cada vez mais, de forma artificial, introduzir a mediocridade
direcionada à classe média para produzir as condições ideais das manifestações
de ódio que brotaram desse monopólio midiático e que ganharam difusão nas redes
com maciças mensagens antipolíticas que interessam ao sistema do qual a Globo é
parte.
*Carlos
Henrique Machado Freitas
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