SUED E
PROSPERIDADE
25/09/2020
Brasil Chega
A 140 Mil Mortos Por Covid E Bolsonaro Se Diverte: “Dormem De Máscara, Mas
Pegaram O Vírus”
Ao lado de Ricardo
Salles, Bolsonaro resolveu fazer chacota de quem, segundo ele, usa máscara 24
horas por dia, dorme de máscara e pegou o vírus, referindo-se à alta cúpula do
poder em Brasília, alguns do executivo, do Judiciário e do legislativo que se
contaminaram com a Covid-19 quando participaram de eventos oficiais.
O que o
presidente não comentou é que muitas autoridades justamente tiraram as máscaras
para aparecerem em fotos e cumprimentarem os presentes.
Isso acontece no momento em que o país, muito por sua culpa, chega à desastrosa marca de 140 mil mortos por Covid, e Bolsonaro alimenta o deboche e a receita:
“um dia vai ter que sair da toca e vai acabar pegando o vírus. Como enfrentar o
vírus? Com vitamina D”, sentenciou o chefe do Clã Bolsonaro.
*Da redação
CONTINUA
Bolsonaro,
Que Devolveu O Brasil Ao Mapa Da Fome, Tem 40% De Aprovação; Incoerência? Não
Se Bolsonaro
tem hoje apoio da parcela mais pobre da população, justo a que ele devolveu ao
mapa da fome, qual o sentido dessa camada dizer que aprova o seu governo se o
desemprego também é recorde, se o preço da sexta básica também disparou e se
são justo os pobres a grande maioria das vítimas fatais do negacionismo
criminoso de Bolsonaro na pandemia?
Quando se olha esse quadro dramático e o resultado da última pesquisa Ibope, não se vê incoerência, ao contrário, o resultado é extremamente coerente.
Primeiro,
porque o auxílio emergencial de R$ 600, em muitos casos, de R$ 1.200, não só
alimentou uma população faminta, como também serviu de colchão para que a
economia não desabasse ainda mais e que o tombo do PIB fosse de 10%, que, sem
dúvida, é enorme, mas seria muito maior não fosse a circulação desse dinheiro.
Não foi Bolsonaro que criou o auxílio emergencial de R$ 600, sua proposta era de pagar R$ 200, mas o Congresso puxou o valor para o triplo.
Mas a imensa maior parte
da população não sabe ou não está interessada em saber, pelo tipo de vida
miserável que leva e pela luta incessante pela sobrevivência diária.
Num país com
o nível de desigualdade que tem promovido pela voracidade e mesquinhez da elite
brasileira, toda a análise precisa partir daí, das condições de opressão
construídas milimetricamente pela classe dominante para subjugar o povo.
A consequência não poderia ser outra.
Possivelmente, quando as próximas parcelas
do auxílio chegarem pela metade, Bolsonaro terá uma queda na sua aprovação,
porque a economia brasileira não dá o menor sinal de vida e os investimentos
internacionais, por sua política predatória, desabaram 85%.
Isso, para
qualquer economia do mundo, é um desastre. No caso do Brasil é uma hecatombe ao
quadrado. Sem falar que nunca foi tão desvantajosa para o país a relação
comercial com os EUA.
Junta-se a isso o fato de que, com Bolsonaro, o real foi a moeda que mais se desvalorizou frente ao dólar no mundo.
A exportação de alimentos provocou uma alta
assustadora nos preços no que é mais caro e, agora, raro à mesa do brasileiro.
Por último e
não menos importante, a realidade entre um governo que quer impor o Estado
mínimo para agradar o mercado e, por outro lado, só ficará de pé se tiver um
programa que apresente de fato uma solução para milhões de brasileiros do nível
do auxílio emergencial, o que certamente fará o mercado berrar e tirar a mão da
cabeça de Bolsonaro.
Seja como for, a pesquisa Ibope também mostra que Bolsonaro perdeu muito de sua base eleitoral, a classe média.
Muito desse derretimento já vinha sendo observado e,
ao que tudo indica, é uma perda sem volta, ao contrário do apoio que ele tem
dos pobres, muito mais pelo auxílio emergencial, do que pelo resultado de
outras políticas de seu governo.
O Ibope
disse muito sobre o momento atual, e nada sobre o futuro próximo do governo Bolsonaro.
*Carlos
Henrique Machado Freitas
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