Traficantes
colocam foto de Bolsonaro em sacos de cocaína
21/07/2020
Imagem do Google
Traficantes
usaram fotos do presidente Jair Bolsonaro em sacos de cocaína, de acordo
com a polícia, a foto de Bolsonaro na droga seria para indicar “droga de
qualidade”, seja lá o que isso significaria.
Á primeira
vista o fato pode parecer bizarro drogas com a cara de Bolsonaro, foram
encontradas.
E mais
bizarro contudo foi a explicação da Polícia de São Paulo para o ocorrido no
interior de São Paulo.
Um fato
chamou a atenção dos noticiários, fotos do presidente Jair Bolsonaro em sacos
de cocaína. O fato ocorreu em Lençóis Paulista no interior de São Paulo.
De
acordo com a reportagem
do UOL, os policiais afirmaram que a foto do presidente nos sacos de cocaína
seria para “diferir” a droga e por ela “ser de qualidade”.
Segundo a
Polícia, um dos traficantes que teria feito isso é Rodieri Levi da Silva
Cardoso, condenado a cinco anos e dez meses de prisão na semana passada em
Lençóis Paulista, interior Paulista.
A Polícia
encontrou cerca de 82 pinos de cocaína com as fotos de Jair Bolsonaro.
De acordo
com um policial que estava na operação, as fotos de Bolsonaro na droga seria
para “indicar status”, isso porque segundo o agente, não há diferença de
qualidade na droga.
O dono da
droga, Rodrieri, no entanto afirmou a Justiça que não seria dono da droga e que
ela teria sido plantada por policiais.
Contudo o
caso não é único, em Mogi Mirim também foram encontrados drogas com a cara do
presidente, chamado “Bolso Beck”.
Com
informações do UOL
CONTINUA
Parente de
paciente morta ao usar cloroquina conta os riscos do remédio
21/07/2020
Imagem do Site
Um relato
que mostra como a cloroquina pode agravar o estado de saúde de algumas pessoas,
caso seja usada contra o coronavírus.
Nenhuma pesquisa internacional comprovou
eficácia do medicamento contra o COVID-19.
“Se tivessem me falado dos perigos,
eu não teria autorizado”, diz irmã de paciente medicada com cloroquina sem
consentimento.
No dia 1º de maio deste ano, o
telefone da auxiliar de enfermagem aposentada e cuidadora de idosos Zileide
Silva do Nascimento, de 56 anos, tocou em sua casa em Mogi das Cruzes, na
Grande São Paulo, enquanto ela se arrumava para iniciar um fim de semana de
trabalho.
Do outro lado da linha, uma pessoa da equipe comandada pelo médico
Renan Kenji Hanada Pereira, que atua no Hospital Municipal de Mogi das Cruzes,
referência no tratamento da Covid-19 na região, informou o estado de saúde de
sua irmã Zemilda Silva do Nascimento Gonçalves: “Ela está estável, mas entramos
com o medicamento hidroxicloroquina”.
Zemilda, que
passou duas semanas internada no hospital por causa da Covid-19, seguiria com o
tratamento por mais três dias, segundo o informado pelo hospital. A dona de
casa de 54 anos foi medicada com a hidroxicloroquina entre os dias 30 de abril
e dia 4 de maio.
Depois disso teve que fazer duas hemodiálises porque teve
problemas nos rins.
No dia 10 de maio, porém, Zileide recebeu um telefonema
esperançoso: a equipe médica disse que o estado de saúde de sua irmã estava
melhorando, que o pulmão ainda estava afetado, mas que os demais órgãos estavam
reagindo bem, inclusive o rim.
Mas na
madrugada do dia 11 o hospital ligou para Zileide comunicando o óbito de
Zemilda.
“Um médico só me falou que ela teve uma parada respiratória.
Esse
médico me disse que ela estava mal, com os rins comprometidos, completamente o
oposto do que me passaram horas antes”, conta Zileide, relembrando a dor de não
poder reconhecer o corpo de sua irmã, pois não tinham roupa apropriada.
“Não assinei
o reconhecimento do corpo.
O hospital me informou que iria verificar se tinha
roupa apropriada para eu entrar em uma ala com dois pacientes mortos pela
Covid-19, mas no final das contas só me pediram para assinar o atestado de
óbito.”
No velório, Zileide e seus familiares ainda tentaram olhar para a irmã
pela última vez.
Ao perguntarem aos funcionários do cemitério como eles tinham
certeza de que era Zemilda dentro do caixão lacrado ouviram que bastava ler seu
nome na etiqueta colada na madeira.
Na certidão
de óbito de Zemilda Silva do Nascimento Gonçalves, constam como causas da morte
insuficiência respiratória aguda e infecção por coronavírus, HAS (pressão alta)
e hipercolesterolemia (colesterol alto).
As duas últimas complicações, que
Zemilda já apresentava ao ser internada, além de obesidade mórbida, estão
relacionadas com problemas cardíacos, o que torna ainda mais perigoso o uso de
cloroquina e hidroxicloroquina, como já comprovaram estudos realizados no
Brasil e em outros países.
No dia 17 de junho, a Organização Mundial da Saúde
(OMS) suspendeu definitivamente as pesquisas para avaliar a eficácia da
cloroquina e de sua derivada, a hidroxicloroquina, pois os resultados mostram
que, além de representar riscos para pacientes, não há benefício na droga para
tratar a doença provocada pelo novo coronavírus.
Zemilda era mãe
solo de um menino de 14 anos que nasceu com síndrome de Down. A irmã, Zileide,
que cuida do garoto enquanto ele não vai morar com a família do pai, falecido
há quatro anos, diz pra ele todas as noites que Zemilda “virou uma estrelinha
no céu”, como ela conta.
Desrespeitando
o protocolo
O telefonema
em que Zileide foi informada de que Zemilda seria medicada com
hidroxicloroquina ocorreu no terceiro dia de internação.
A comunicação diária
com familiares de pacientes foi adotada como protocolo por muitos hospitais
brasileiros durante a pandemia porque os familiares não podem acompanhar os
doentes na internação.
Mas, em relação ao uso da cloroquina e
hidroxicloroquina, o protocolo do Ministério de Saúde não foi cumprido, de
acordo com o relato dos familiares.
Eles dizem que Zemilda não poderia ter
autorizado o uso dos medicamentos, como exigido, porque estava entubada; nesse
caso, segundo o protocolo, a família é que teria que consentir, mas alega que
foi apenas comunicada do tratamento.
Também não foi informada de que a droga
não tem eficácia nem segurança cientificamente comprovadas, razão pela qual
paciente e/ou família poderia recusar a medicação, conforme o protocolo do
Ministério da Saúde.
A irmã
Zileide, que já trabalhou como enfermeira em uma UTI de um hospital particular
de Mogi das Cruzes, diz que nem sabia da existência desses protocolos.
“No
primeiro dia, o hospital me disse: ‘Sua irmã está ruim; segundo dia, está ruim;
no terceiro dia, falaram que entraram com hidroxicloroquina’. Eu até pensei: ‘Só
agora?’.
Eu imaginava que fosse algum medicamento bom. Se tivessem me falado
dos perigos, eu não teria autorizado.”
O Hospital
Municipal de Mogi das Cruzes, onde Zemilda foi internada e morreu, é referência
ao combate da pandemia de Covid-19, sendo a unidade mais equipada das dez
cidades que compõem a região do Alto Tietê.
Inaugurado em 2014, em uma parceria
entre o estado de São Paulo e a prefeitura, hoje é administrado pela Fundação
do ABC, uma Organização Social de Saúde (OSS).
A Agência
Pública entrou em contato com a OSS pedindo explicações sobre o protocolo
conhecido internamente como “Protocolo Covid”, que traz as normas para
ministrar as drogas — uma combinação da hidroxicloroquina com antibióticos e
antivirais — no tratamento do coronavírus.
Solicitou também entrevistas com o
diretor do hospital e com o médico responsável por atender Zemilda.
A
assessoria de imprensa informou apenas “não divulgar dados relacionados ao
atendimento prestado aos pacientes, como determina o Código de Ética Médica”.
Bolsonaro e
os protocolos da cloroquina
Desde o
início da pandemia, o presidente Jair Bolsonaro (sem partido) pressionava sua
equipe de saúde a adotar um protocolo orientador sobre o uso da cloroquina.
Em
maio, com a queda do segundo ministro da pasta, Nelson Teich, que era contra a
recomendação do presidente assim como o anterior, Luiz Henrique Mandetta,
criou-se um documento de orientação ao uso da hidroxicloroquina em pacientes
com a Covid-19, que teve versão atualizada em junho, incluindo diretrizes para
lidar com gestantes e crianças.
Na
sexta-feira passada, porém, o Ministério da Saúde admitiu a possibilidade de
rever o uso da cloroquina, também condenado pela Sociedade Brasileira de
Infectologia.
Bolsonaro também moderou o discurso por temor de um possível
julgamento no Tribunal Penal Internacional por suas atitudes na pandemia,
inclusive em relação à propaganda que fez da cloroquina, pelo risco que representa
para os pacientes.
Leia a
matéria completa
na Agência Pública
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