quinta-feira, 16 de julho de 2020

Falar Que Um Ex-Capitão Do Exército É Um Genocida Que Já Matou Mais De 74 Mil Brasileiros, Pode?


Falar Que Um Ex-Capitão Do Exército É Um Genocida Que Já Matou Mais De 74 Mil Brasileiros, Pode?

Celeste Silveira 15 de julho de 2020 

Falar que um ex-capitão do exército é um genocida que já matou ...
Imagem d Google

Num país em que o carteiro corre risco de ser enquadrado em uma suposta lei de segurança nacional por fazer seu serviço, a gente tem que perguntar se pode criticar um ex-capitão do exército vigarista, farsante, miliciano que virou presidente com a ajuda de um juiz corrupto e ladrão?

Sei lá, o cara coloca três mil militares da ativa debaixo de suas asas no governo, mas parece que é proibido falar sobre isso. 

Daqui a pouco vão obrigar as pessoas a dizerem que Pazuello, pode até não ser médico, mas é um bom curandeiro, pelo menos na logística.

Quem vê um ex-general dando entrevista na Globonews, roncando malandragem e esperteza nas respostas como caranguejo criado nas praias da zona sul do Rio de Janeiro, tem que acreditar em tudo, ainda mais em 
um país em que uma casta se uniu para produzir a maior matança de pobres por coronavírus no mundo, principalmente negros e favelados, como mostrou hoje a pesquisa da Fiocruz.

Mas quem é a Fiocruz para um governo terraplanista por conveniência? O general Mourão, nesta terça-feira, na Globonews, bateu no peito para dizer que é um capitalista convicto, como se todos não soubessem do servilismo desse “governo” com a banca.

Será que pode dizer que é uma piada essa gente se apresentar como patriota entregando o pré-sal para as petrolíferas americanas e sendo tão rastejante a um verme como Donald Trump? Afinal, estamos no país do faz de conta em que não se tem notícia de investigação sobre os 39kg de cocaína encontrados no avião da FAB que fazia parte da comitiva do presidente da República, tudo é perfeitamente possível.

Para essa gente, a realidade paralela é a própria realidade. A única coisa que parece amedrontar essa escumalha é uma sova dos investidores internacionais.

Ontem, vimos o general virar um gatinho ao falar sobre isso, mesmo que sustente que Ricardo Salles, ministro do Meio Ambiente, é o homem certo no lugar certo.

O fato é que, quanto mais essa gente se desmoraliza diante da opinião pública, mais ameaça quem coloca o dedo em suas feridas.

*Carlos Henrique Machado Freitas

CONTINUA
De Mito A Camundongo: Gilmar Mendes Expôs A Fragilidade Política De Bolsonaro


Celeste Silveira 16 de julho de 2020 

Imagem do Site
Bolsonaro ficou caro.

Essa é a percepção da direita, sobretudo depois da pressão internacional de investidores que não querem saber de casar um centavo no país enquanto Bolsonaro estiver no comando da nação.

Pouco adianta Mourão assumir o lugar de Salles na questão da Amazônia. Mourão, que anda saracoteando nos holofotes da mídia, não tem capacidade sequer de dar uma explicação, mesmo esfarrapada, sobre o desastre ambiental que esse governo, inclui-se aí Mourão, em parceria com Ricardo Salles, promoveu na Amazônia. Sem falar no extermínio dos índios.

Como a arrogância de Bolsonaro deu a ele a sensação de que a boiada passaria sem qualquer reação, não há rabisco qualquer de seus comandados para servir de contraponto à tempestade de críticas que os donos da grana pesada que investem no Brasil possam considerar.

Isso significa que Bolsonaro ultrapassou os limites das lambanças caseiras, mesmo que Guedes tenha cumprido à risca o que queria a direita tradicional no Brasil e não tinha coragem de enfiar a mão no próprio esgoto para enriquecer os ricos e empobrecer os pobres com as reformas que, em última análise, estão condenando o país à falência múltipla dos órgãos.

Soma-se a isso o que está mais evidente para a sociedade, o comportamento genocida de um presidente que não tem a mínima empatia com as milhares de vítimas fatais do coronavírus e seus familiares, 
ao contrário, Bolsonaro, como um psicopata que vive em sua própria órbita, dobra a aposta na Cloroquina, fazendo produções para vender um remédio rejeitado no mundo por sua ineficácia contra a Covid-19 e ainda usa a suposta contaminação para vender o embuste farmacêutico por algum motivo indecoroso, sublinha que, pelo menos 90% das vítimas fatais no Brasil, têm as suas digitais.

O fato é que, quando Gilmar Mendes sacudiu a poeira da lambança e botou o dedo na principal ferida de quem ainda sustenta Bolsonaro no poder, do ponto de vista institucional, que são as Forças Armadas, a gritaria mostrou que essa gente está muito enfiada nesse buraco do que se imagina.

Pior ainda, com Bolsonaro mandando o general Pazuello fazer um rapapé com o ministro do STF, preparando o terreno para Bolsonaro contornar a crise com quem está com a relatoria do caso do seu filho Flávio nas mãos, a coisa ficou escancarada, a ponto de mostrar como Bolsonaro está politicamente anêmico, como está refém do próprio imbróglio em que meteu seus filhos na relação com o miliciano Queiroz e o quanto ele percebe que não tem mais controle de nada e que todo o seu esforço de se agachar para cercar o frango, foi inútil.

Isso fez com que, diante da população, o “mito” se transformou num camundongo amedrontado, escondido no escuro de um quarto dos fundos do Palácio do Planalto.

*Carlos Henrique Machado Freitas



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