sexta-feira, 15 de fevereiro de 2019

MIDÍA CHEGA A UM CONSENSO: Clã Bolsonaro Não Dá Mais


MIDÍA CHEGA A UM CONSENSO: Clã Bolsonaro Não Dá Mais

Por Portal Click Política Em 15 fev, 2019

 

Num raro consenso, a mídia brasileira, tanto a progressista como a conversadora, constata: 
é insustentável um governo comandando pelo clã Bolsonaro, no qual os filhos do presidente mandam mais que ministros de Estado e, aparentemente, têm influência decisiva sobre o pai-presidente. 

Foram vários os editoriais e artigos publicados nesta sexta-feira (15). 

“Filhocracia” foi o título do editorial de O Estado de S.Paulo nesta sexta-feira; “Parente em Palácio é alto risco de crise”, foi o título do editorial de O Globo; no GGN, Luis Nassif apontou: 

“o episódio Bebianno mostrou que Jair e filhos são incontroláveis”; no 247 a sequência de reportagens e artigos sobre a crise de governabilidade causada pelo clã sucedem-se um depois do outro.

O tom em toda mídia é o mesmo: não dá mais.

 O jornal Estado de S.Paulo, apoiador de Jair Bolsonaro desde a primeira hora na campanha eleitoral e que realizou um giro de seu conservadorismo histórico rumo à extrema-direita em 2018, foi enfático:

 “o episódio em que Carlos Bolsonaro levou à execração pública um ministro de Estado deixou claro quem é que tem autoridade no Executivo – gente que pretende governar sem ter recebido um único voto para isso”. 

O editorial do jornal decretou: “É lícito supor que, em momentos de crise – e o que não falta nesse governo recém-inaugurado é crise –, será aos filhos que Jair Bolsonaro dará ouvidos, e não a seus auxiliares.  

É a ‘filhocracia’ instalada de vez no Palácio do Planalto”.

O Globo, da família Marinho, que também apoiou abertamente Bolsonaro nas eleições, apesar de não ter aderido à extrema-direita e estar enfrentando hostilidades do clã desde a posse, não deixou por menos, indicando que os 
“filhos de Bolsonaro causam mais prejuízos à imagem do governo do que toda a oposição”. 

O jornal foi além, e apresentou uma análise segundo a qual a questão não é simplesmente a ação dos filhos, mas a lógica de clã da família Bolsonaro, o que atinge diretamente o presidente:

”A lógica com que parentes atuam no poder não é simples. 

Pode haver alguma matéria delicada no Congresso, mas se um filho decide atacar um parlamentar de peso por alguma razão familiar subjetiva, o fará. 

É impossível separar o vereador Carlos, o senador Flávio (01) e o deputado federal, por São Paulo, Eduardo, o 03, da figura do presidente. 

O que fizerem de errado lançará estilhaços na Presidência”.

Já Luis Nassif, liderança destacada do campo da mídia progressista do país, apresentou uma questão chave em seu artigo: 
não foi a oposição que criou crises até agora: 

“O governo Bolsonaro não precisa de inimigos. Ele e a família se bastam”. 

Nassif desvendou a lógica relacional do clã, demonstrando como o país está metido numa camisa de força: 
“O pai é emocional e politicamente dependente dos filhos. 
E os filhos são completos sem-noção. 

O governo Bolsonaro não sobrevive com os filhos no centro dos acontecimentos. E o pai não sobrevive sem eles. 

Como é que se resolve esse drama nelsonrodriguiano?”.

No espectro oposto, o jornalista Merval Pereira, que funciona como um porta-voz informal da família Marinho, escreveu que é 
“gravíssimo” que um dos filhos de Bolsonaro tenha acesso à senha do twitter e fique postando em nome do pai. 

Para ele, a lógica de ação do clã é uma crise de Estado: 

“O Estado não pode ficar em mãos indiretas, seja de quem for. 

Caso o presidente aceite a pressão do seu filho vereador Carlos para demitir o ministro Bebianno, vai ficar cada vez mais nas mãos das redes sociais e dos filhos, que tentam aumentar o poder no governo”.

Os Jornalistas pela Democracia, projeto apoiado pelo 247, têm apontando insistentemente a inviabilidade de o país ser governado no regime do clã.

 Apenas na manhã desta sexta-feira foram manchetes artigos de Paulo Moreira Leite e Gilvandro Filho.

Paulo Moreira Leite (PML) escreveu sobre as consequências do cenário atual: 
“Em pouco mais de um mês no cargo, comprovou-se uma conhecida verdade da política universal, tão antiga que emprega linguagem religiosa para falar do sofrimento de homens e mulheres de todas as épocas: 
quem faz acordo com a treva deve estar preparado para o momento em que o demônio virá cobrar a conta.”

Gilvandro Filho anotou que Jair Bolsonaro “tem em Flávio, Carlos e Eduardo uma espécie de tríade divina que tudo pode e que pensa ter nas mãos os destinos do Brasil e dos brasileiros”. 

Mas advertiu: “E não é assim. Ou não pode ser assim”.

CLICK POLÍTICA com informações de brasil247


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