sexta-feira, 15 de maio de 2020

Hackers acessam sistema do Exército e vazam supostos exames de Bolsonaro


Hackers acessam sistema do Exército e vazam supostos exames de Bolsonaro

Redação 20 horas atrás 15/05/2020

 O presidente Jair Bolsonaro
© Dida Sampaio/Estadão O presidente Jair Bolsonaro

Um grupo de hackers invadiu o sistema de informações do Exército e divulgou na internet quatro exames médicos feitos pelo presidente Jair Bolsonaro no Hospital das Forças Armadas entre junho de 2019 e janeiro de 2020. 

Em todos esses testes, o mandatário se identificou com seu nome de batismo, ao contrário do que fez com os exames para covid-19, quando alega ter usado pseudônimos. 

Os resultados entregues ao Supremo Tribunal Federal (STF) nesta terça-feira, 12, deram negativo para a doença.

A informação do ataque cibernético foi publicada pelo site da revista Época na tarde desta quinta-feira, 14, e confirmada pelo Estadão. 
O Exército ainda está avaliando a dimensão do problema.

Em nota, a Força informou que "foram adotadas providências imediatas para mitigar eventuais consequências". 

Após a conclusão de uma investigação "serão desenvolvidas as ações técnicas e legais necessárias", segundo o Exército.

Uma conta de Twitter com o nome DigitalSp4ce, que reivindica o ataque hacker e foi suspensa no meio da tarde, foi postada a seguinte mensagem: 
"Somente após meses o presidente resolveu mostras seus exames, isso intrigou nosso grupo, resolvemos ir atras e invadimos o Banco de Dados do hospital onde foi realizada a coleta, e adivinhem? Nada comprova que foi feita tal coleta, nem mesmo com pseudônimo."

Ao encaminhar laudos dos seus exames de coronavírus ao STF na noite desta terça-feira, o presidente usou pseudônimos. 

Em dois laudos, os nomes são de outras pessoas, mas o CPF e a data de nascimento são de Bolsonaro. 

Num terceiro teste, ele é chamado apenas de "paciente 5", sem citar nenhum número de documento.

"Para a realização dos exames foram utilizados no cadastro junto ao laboratório conveniado Sabin os nomes fictícios Airton Guedes e Rafael Augusto Alves da Costa Ferraz, sendo preservados todos dados pessoais de registro civil junto aos órgãos oficiais", 
diz ofício assinado por Rui Yutaka Matsuda, comandante logístico do Hospital das Forças Armadas, onde os dois primeiros testes foram feitos.

Os exames de Bolsonaro só foram divulgados após o Estadão entrar na Justiça pedindo acesso a eles, alegando que a saúde do presidente em meio à pandemia do novo coronavírus se trata de informação de interesse público. 

O presidente já havia anunciado os resultados negativos em redes sociais, mas se recusava a mostrar os laudos. 

Bolsonaro entrou com recursos para evitar que a decisão judicial fosse cumprida.

CONTINUA
"Entrou no terreno do desrespeito", disse Teich sobre atitude de Bolsonaro


Roberta Paduan  4 horas atrás 15/05/2020
 O ministro da Saúde, Nelson Teich: presidente não ouve ministro durante crise sanitária, mas apoiadores radicais
© Carolina Antunes/PR O ministro da Saúde, Nelson Teich: presidente não ouve ministro durante crise sanitária, mas apoiadores radicais

Nelson Teich passou a considerar seriamente o desembarque do governo na terça-feira 12. 

“Entrou no campo do desrespeito”, desabafou o agora ex-ministro a um médico carioca de quem é colega há mais de duas décadas, referindo-se à sua relação com Jair Bolsonaro. “A ficha caiu.

 Ele entendeu que o presidente acha que pode mandar em questões altamente sérias e complexas mesmo sem entender nada sobre o assunto. Continuar no governo seria suicídio da reputação dele. 

E, se ele entrou no governo por ambições políticas, que foi o caso, acabaria enterrando  a carreira antes mesmo de começá-la”, completou o mesmo médico a VEJA, sob condição de anonimato.

Teich ficou perplexo com a postura do presidente, que deixou claro que não precisa ouvir a posição do ministro da Saúde no meio de uma crise sanitária. 

Um dia antes, o presidente havia assinado o decreto que permite a abertura de academias de ginástica, salões de beleza e barbearias em todo país, sem consultar nem informar previamente o ministro.

Segundo o amigo, Teich relevou o episódio, considerando que a medida fosse apenas uma iniciativa política, ainda que atabalhoada, de Bolsonaro agradar seus apoiadores, que pedem o fim do isolamento. 

O ministro ainda entendeu que o decreto não surtiria grandes efeitos, já que prefeitos e governadores barrariam a abertura dos estabelecimentos na maior parte do país.

A atitude mais desrespeitosa, porém, ocorreu na noite de terça-feira, 12, quando o presidente discutiu o desempenho de Teich com um apoiador na porta do Palácio da Alvorada.

 Descontente com a postura do ministro, o homem instou Bolsonaro a avaliar o titular da Saúde.

 Perguntou o que o presidente estava achando do ministro e completou, “e essas declarações dele sobre lockdown”, referindo-se à afirmação de Teich, que admitiu que, a depender da situação da epidemia, o bloqueio total não pode ser descartado.

Bolsonaro respondeu que ainda “não podia cobrar muito dele”, deixando subentendido que não estava satisfeito com o ministro: “Ainda é cedo. Se coloque no lugar dele. Pegou uma situação complicada. 

O ministério da Saúde, em si, já é um problema, tendo em vista vícios que tínhamos aí. Ainda pega com a crise da pandemia. Não é fácil. Não posso cobrar dele muita coisa”.

Em seguida, ao ser lembrado por um jornalista que Teich só soube pela imprensa do decreto das academias, salões de beleza e barbearias, o presidente deixou claro que não considera importante ouvir a área da saúde. 

“Eu baixo o decreto”, disse Bolsonaro, gesticulando como quem assina um papel. 

E continuou: “O major Jorge (Jorge Oliveira, ministro da Secretaria Geral da Presidência) já se penitenciou. Faltou ele fazer o contato com o ministro. 

Não é porque faltou um contato que a gente vai desclassificar o decreto. 

Quantas vezes você chega em casa com um colega para o almoço e não avisa a esposa? Vai acabar o casamento por causa disso?”, finalizou o presidente.




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