Bolsonaro X
Moro, O Fim Da Sociedade De Duas Serpentes Que Levaram O Brasil A Uma Tragédia
Humana
Celeste Silveira 13 de maio de 2020
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A pergunta
que se faz nessa difusão de escândalos sobre Bolsonaro, a partir do rompimento
do contrato de sociedade entre ele e Moro, é saber qual dos dois sócios é pior.
Na verdade,
sem a cobertura da mídia, é claro, o alto grau de coincidência das práticas de
Moro reveladas pelo Intercept com a Vaza Jato, como o que está boiando e
fedendo sobre as práticas de Bolsonaro, impressiona.
Não é que
elas pareçam iguais, elas são idênticas.
Na realidade, uma complementa a outra.
Na época em que era juiz, Moro operava contra o PT, junto com Dallagnol, Carlos
Fernando, Januário Paludo e demais procuradores, com a mesma desenvoltura com
que Bolsonaro opera com Carlos, Eduardo e Flávio, a tríade de vigaristas, os
quais ele fez a sua imagem e semelhança.
Trocando em
miúdos, a Gênesis da Lava jato e do governo Bolsonaro tem a mesma pulsação, o
mesmo DNA, as mesmas práticas de uso da mídia para conseguir, diante da
sociedade, a percepção de que os dois vigaristas, Moro e Bolsonaro,
representavam, primeiro, o combate à corrupção (pode gargalhar).
Segundo, é o
tratado entre essas duas versões de uma mesma prática criminosa que culminou
numa sociedade não de uma empresa ou de um negócio qualquer, mas de um governo,
pelo menos do ponto de vista institucional,
porque, na prática, foi um acordo
entre duas milícias, a da república de Curitiba com a de Rio das Pedras,
formando uma única e espessa coluna de contravenção em que cada um, a partir de
sua destreza no banditismo, dentro ou fora do Estado, contribuiu para formar a
escumalha que aí está.
A relação
entre Bolsonaro e Moro tem que ser tratadas a partir daí, porque ela permaneceu
até que um quis ficar maior que o outro.
Deu no que deu.
A desintegração
dessa sociedade se deu porque Moro quis uma fatia integral do bolo, oferecida a
ele por Bolsonaro em troca da cabeça de Lula.
E é bom acrescentar um dado
fundamental, o papel da Polícia Federal nesse jogo armado pelos dois pilantras,
Moro e Bolsonaro que diz respeito ao uso de uma delação de Palocci contra lula,
encomendada por Moro, para atingir Haddad, na véspera do segundo turno da
eleição presidencial.
Isso é mais
do que cristalino. Por isso é difícil encontrar diferença entre Moro e
Bolsonaro no aparelhamento da PF.
Ou seja, esse aparelhamento de Bolsonaro na
PF apontado por Moro, não é exceção, ao contrário, quem hoje aponta o dedo para
o outro, quando Moro acusa Bolsonaro dessa prática, na verdade, Bolsonaro só
repete as suas práticas, práticas estas que Moro utilizou contra Lula no
Ministério Público e no TRF-4 .
Como bem
disse Wadih Damous, Moro tem o sistema de justiça nas mãos, por isso é mais
canalha, é mais perigoso, é mais frio e não menos pilantra do que o tenente
expulso do exército por seu envolvimento com garimpo ilegal, quando
utilizou dois subalternos das Forças Armadas.
Fica claro
que nessa guerra entre duas serpentes, Moro e Bolsonaro, estamos diante do
clássico bangue-bangue sem mocinho.
São modelos que correm emparelhados e em suas
relações políticas na busca pelo domínio de um mesmo território, fizeram uma
sociedade que se rompeu e, assim como em qualquer guerra entre milícias, um
condena o outro à morte.
Assim, sobra
para o outro capítulo desse folhetim policialesco a pergunta:
como se chegou a
esse esgoto em que dois ratos emergem do que existe de mais fétido na escória
da sociedade e se transformam em personagens símbolo da moralidade do combate à
corrupção, da religião, da família, da justiça e do patriotismo chegando ao poder
máximo da República?
Daí dá para
se ter uma ideia do que há nesse universo, uma podridão muito maior em que,
como sempre, a batuta e o diapasão da Globo tem a voz de comando em nome do
intermúndio do grande capital.
Moro é tão
responsável quanto Bolsonaro pela tragédia humana produzida pelo coronavírus no
Brasil.
Se não fosse Moro, Bolsonaro não estaria no poder.
É um monstro que
saiu de dentro do outro e que causam tantas vítimas fatais que poderiam ter
suas vidas poupadas se o governo fosse outro.
*Carlos
Henrique Machado Freitas
CONTINUA
Bolsonaro
Anuncia Fim Das Reuniões Ministeriais E Diz Que General Ramos Se Equivocou
Sobre Menção À PF
Celeste Silveira 13 de maio de 2020
Imagem do Site
E assim
segue o que disse me disse no Palácio do Planalto, a cada dia, uma nova
confusão.
Os próximos capítulos dirão qual será o final da novela “Governo
Bolsonaro”.
Presidente
insiste que não falou em Polícia Federal, mas sobre sua segurança pessoal, e
que cobrança foi a Heleno (GSI), não a Moro (Justiça).
Bolsonaro
disse nesta quarta-feira (13) que seu ministro da Secretaria de Governo,
general Luiz Eduardo Ramos, “se equivocou” ao dizer que houve menção à Polícia
Federal na reunião ministerial de 22 de abril.
A Folha
mostrou que os depoimentos prestados nesta terça (12) por Ramos e o general
Augusto Heleno, ministro do GSI (Gabinete de Segurança Institucional),
conflitam com a versão de Bolsonaro sobre a citação à PF no encontro de
ministros.
Segundo
eles, Bolsonaro mencionou o nome da PF ao cobrar relatórios de inteligência.
Nesta terça,
Bolsonaro declarou em entrevista: “Não existe no vídeo a palavra Polícia
Federal, nem superintendência. Não existem essas palavras”.
A declaração
foi reiterada de maneira contundente nesta quarta, quando ele afirmou que “vão
cair do cavalo sobre o vídeo”.
“Eu não falo
Polícia Federal. Não existem as palavras Polícia Federal em todo o vídeo. Não
existe a palavra superintendência. Não existe a palavra investigação sobre
filho.
Falo sobre segurança da família e meus amigos.
Ou você acha que não há
interesse em fazer uma maldade com um filho meu?”
Bolsonaro
disse que sua segurança pessoal e de sua família é responsabilidade do GSI e
que, por isso, dirigiu-se a Heleno e não ao então ministro da Justiça, Sergio
Moro, a quem a PF é subordinada, no momento da cobrança.
“Não falei o
nome dele [de Moro] no vídeo.
Eu falei a minha segurança pessoal no Rio de
Janeiro. A PF não faz a minha segurança pessoal, quem faz é o GSI. O ministro é
o Heleno”, disse o presidente.
Bolsonaro,
então, foi questionado se havia cogitado demitir Heleno. “Não, não vou entrar
em detalhe, tá? Quem faz a minha segurança é ele, quem faz a minha segurança
ele.
O vídeo está bem claro, a reunião está clara”, declarou o chefe do
Executivo.
De acordo
com Ramos, na reunião de 22 de abril, Bolsonaro “se manifestou de forma
contundente sobre a qualidade dos relatórios de inteligência produzidos pela
Abin [Agência Brasileira de Inteligência], Forças Armadas, Polícia Federal,
entre outros”.
Segundo ele,
Bolsonaro ainda “acrescentou que, para melhorar a qualidade dos relatórios, na
condição de presidente da República, iria interferir em todos os ministérios
para obter melhores resultados de cada ministro”.
“Vocês
precisam estar comigo”, disse Bolsonaro, de acordo com o depoimento do ministro
Ramos, a que a Folha teve acesso.
Assim como na terça, nesta quarta-feira o
presidente voltou a negar qualquer menção à Polícia Federal.
“O Ramos se
equivocou. Mas como é reunião, eu tenho o vídeo.
O Ramos, se ele falou isso, se
equivocou”, afirmou.
Ainda pela
manhã, o vice-presidente da República, general Hamilton Mourão, disse em uma
rede social que Heleno, Ramos e o ministro da Casa Civil, general Walter Braga
Netto, que também prestou depoimento à PF na terça-feira, falam a verdade.
“Quem alinha
discurso é bandido. Homens de honra, como Augusto Heleno, Braga Netto e Ramos,
falam a verdade e cumprem a missão”, escreveu Mourão em sua conta no Twitter.
Diante dos
desdobramentos da reunião de 22 de abril, Bolsonaro já não permitiu a gravação
da reunião desta terça-feira e anunciou que não realizaria mais reuniões do
conselho do governo,
colegiado
que reúne todos os ministros.
Segundo
Bolsonaro, as reuniões agora serão individuais.
Uma vez por mês, após a
cerimônia de hasteamento da Bandeira Nacional em frente ao Palácio do Alvorada,
ele afirmou que tomará um café da manhã com sua equipe, o que chamou de “uma
confraternização mensal de ministros”.
Bolsonaro
também afirmou que, por ele, o vídeo da reunião do dia 22 pode ser divulgado,
mas apenas o trecho que é alvo do processo.
“Vou levar,
aproveitando a tua sugestão aí, ao AGU [advogado-geral da União], o ministro
[José] Levi, se a gente pode divulgar essa parte.
Se eu não me engano, o Celso
de Mello [ministro do STF] ontem oficiou aí o advogado do Moro, a AGU e a
Justiça exatamente para ver se a gente entra nessa linha para divulgar, mesmo
com os palavrões que eu falo sempre”, disse Bolsonaro.
Segundo
pessoas que tiveram acesso à gravação do vídeo, Bolsonaro vinculou a mudança do
superintendente da Polícia Federal do Rio de Janeiro a uma proteção de sua
família, em reunião ministerial gravada pelo Planalto no dia 22 de abril.
De acordo
com esses relatos, Bolsonaro usou, na reunião, o verbo “foder” ao falar do
impacto de uma possível perseguição a seus familiares.
Ele então
disse que, antes disso, trocaria todos da “segurança” do Rio, o chefe da área e
até o ministro –na época, o da Justiça era Sergio Moro, que deixou o governo
dois dias depois daquela reunião ministerial.
Na interpretação de quem assistiu
ao vídeo, as palavras foram um recado a Moro.
O
presidente, segundo pessoas que tiveram acesso à gravação, disse que não
poderia ser “surpreendido” porque, de acordo com ele, a PF não repassava
informações.
A
transcrição do depoimento prestado pelo ministro Augusto Heleno informa que, no
entender da Procuradoria-Geral da República, Jair Bolsonaro falou em “proteger
familiares e amigos” ao se referir ao superintendente do Rio de Janeiro na
reunião de 22 de abril.
Em um trecho
do documento oficial da PF está escrito que Heleno foi “perguntado sobre uma
fala do presidente no vídeo” da reunião ministerial citada pelo ex-ministro
Sergio Moro como palco de uma ameaça a ele.
Segundo o
documento, Bolsonaro “no entender da PGR, se referia ao superintendente do Rio
de Janeiro, em que o presidente fala em proteger familiares e amigos”. O texto
não diz se a PGR refere-se à Superintendência da PF ou da Abin (Agência
Brasileira de Inteligência) no estado.
O vídeo da
reunião foi exibido nesta terça-feira (12) na PF em Brasília. Moro acompanhou
presencialmente a exibição ao lado de integrantes da PGR (Procuradoria-Geral da
República), advogados do ex-ministro e integrantes do governo federal e da PF.
A gravação,
ainda sob sigilo, é parte do inquérito que tramita no STF (Supremo Tribunal
Federal) sobre as acusações de interferência na Polícia Federal que Moro fez a
Bolsonaro.
O vídeo da
reunião foi exibido nesta terça-feira na Polícia Federal em Brasília.
Sergio
Moro acompanhou presencialmente ao lado de integrantes da PGR
(Procuradoria-Geral da República), advogados do ex-ministro e integrantes do
governo federal, além de policiais federais.
O vídeo do
encontro, ainda sob sigilo, faz parte do inquérito que tramita no STF (Supremo
Tribunal Federal) sobre as acusações que Moro fez a Bolsonaro de interferência
na Polícia Federal.
O ex-juiz da Lava Jato deixou o Ministério da Justiça no dia
24 de abril acusando o presidente.
Após
apuração da PF, a PGR avalia se haverá acusação contra Bolsonaro. Caso isso
ocorra, esse pedido vai para a Câmara, que precisa autorizar sua continuidade,
com voto de dois terços.
Em caso de
autorização, a denúncia vai ao STF —que, se aceitar a abertura de ação penal,
leva ao afastamento automático do presidente por 180 dias, até uma solução
sobre a condenação ou não do investigado.
Demitidos no governo Jair Bolsonaro
Demitidos no governo Jair Bolsonaro
Na
entrevista desta quarta-feira, Bolsonaro ainda mencionou a redução salarial de
25% para jornalistas durante a crise econômica causada pela pandemia do
coronavírus.
“Inclusive aí, aproveitar o momento, eu tô apurando: Globo, Folha,
Estadão e Jornal do Commercio. Salário reduzido em 25%. É isso mesmo?”, disse.
“É isso
mesmo? Repetir: Globo, Estadão, Folha e Jornal do Comércio, redução de 25% do salário.
Tem colegas de vocês, se for verdade, parece que é, que vai ter dificuldades de
pagar aluguel, pagar escola para o filho.
Tá todo mundo pagando a conta alta
dessa irresponsabilidade de se tratar uma coisa séria, que é o víris, que mata
gente.
Vamos tratar com responsabilidade isso aí sem matar empregos”, afirmou o
presidente.
Algumas
empresas jornalistas já aderiram à medida provisória do governo que autoriza a
suspensão de contratos ou redução de salários e jornadas de trabalhadores
durante a crise provocada pelo coronavírus.
Outras
empresas da área, como a Folha, estão em processo de negociação. O número de
trabalhadores formais que tiveram salários e jornadas reduzidos ou contratos
suspensos após a crise do coronavírus ultrapassou 7 milhões na segunda-feira
(11), segundo o Ministério da Economia.
Pelo menos 600 mil empresas aderiram,
de acordo com os últimos dados do governo.
Até agora,
não houve movimentos para redução de salários do presidente Bolsonaro e de
servidores do Executivo durante a crise.
Moro não
tinha ideia de como seria trabalhar com Bolsonaro, diz ex-secretário da Justiça
Atos pró-golpe podem configurar crime ou liberdade de expressão, dizem
especialistas
Depoimentos de Ramos e Heleno conflitam com versão de Bolsonaro sobre menção à
PF
Otimismo com
próximo Congresso é o mais alto dos últimos anos
*Com
informações de Daniel Carvalho/Folha
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