Acabou A
Mamata: Cinemateca Brasileira Não Tem Cargo Prometido Por Bolsonaro A Regina
Duarte
Celeste Silveira 20 de maio de 2020
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Deputada
Carla Zambelli, que tutelou saída da atriz da Cultura, diz que nomeação depende
de burocracias.
Ao anunciar
o afastamento da atriz Regina Duarte do comando da Secretaria Especial de
Cultura nesta quarta (20), o presidente Jair Bolsonaro (sem partido) disse que
ela iria para a Cinemateca Brasileira, responsável pela preservação e difusão
do patrimônio audiovisual brasileiro.
Questões
jurídicas podem dificultar a ida da atriz para a instituição, no entanto.
Isso
porque a Cinemateca Brasileira deixou de ser administrada diretamente pelo
governo federal há quatro anos, quando teve sua gestão transferida para uma
Organização Social (OS), a Acerp, Associação de Comunicação Educativa Roquette
Pinto.
O modelo usa características de administração privadas em entidades
públicas.
A advogada
Marcela Arruda, sócia do escritório Rubens Santos Naves Jr. e especialista em
direito administrativo, afirma que, para Regina assumir alguma função
relacionada à Cinemateca, haveria três alternativas.
A primeira
seria a sua contratação pelo próprio governo federal para a coordenação-geral
da Cinemateca, um cargo de confiança.
Nele, Regina atuaria como representante
da Secretaria do Audiovisual e supervisionaria as ações do equipamento.
Nada impede
também que a própria Acerp contrate diretamente Regina.
Mas, lembra a advogada,
uma das principais características do modelo das organizações sociais é a
autonomia de gestão.
Internamente,
o principal cargo existente que poderia ser ocupado pela atriz é o de
superintendente da Cinemateca, hoje ocupado por Roberto Barbeiro, indicado pelo
Republicanos e que conta com a bênção do Bispo Edir Macedo, da Igreja
Universal.
Uma terceira
possibilidade seria a ruptura com o modelo de OSs e o retorno da Cinemateca à
administração federal, em que os funcionários são alocados diretamente pelo
governo.
Seja qual
dos meios for escolhido, no entanto, antes de tudo o governo federal precisaria
resolver a situação da Cinemateca, hoje ameaçada por falta de recursos.
O contrato
governamental com a Acerp foi assinado em 2018. Desde então, o governo faz um
repasse anual à Roquette Pinto para gerir o espaço.
No ano
passado, a previsão era de entrada de R$ 13 milhões, mas apenas R$ 7 milhões
foram transferidos até dezembro.
A demora, dizem pessoas ligadas ao tema, está
relacionada à desestruturação da Secretaria de Cultura, que tem parte de suas
funções na Cidadania e parte no Turismo.
Cinemateca
Brasileira
Com 64
funcionários, tem previsão de receitas de R$ 11 milhões para 2020, queda de
14,7% com relação ao ano passado, em termos nominais.
Pessoas do
meio veem risco de prejuízo ao acervo, já que são exigidas salas climatizadas e
processos químicos para o correto acondicionamento.
No
Congresso, parlamentares relatam dificuldades para transferir, por exemplo,
recursos de emendas para a Cinemateca por impedimento por parte do governo
federal em empenhá-las.
Responsável
por costurar a saída de Regina Duarte da Secretaria Especial da Cultura, a
deputada Carla Zambelli (PSL-SP) disse nesta quarta (20) no Palácio do Planalto
que a formalização da ida da atriz para a Cinemateca de São Paulo ainda está
pendente.
Segundo a
deputada, a nomeação da agora ex-secretária depende de questões burocráticas
que não têm prazo para serem resolvidas.
Depois de
passar por semanas de fritura, Regina foi destituída do cargo de secretária especial
de Cultura, no qual permaneceu por menos de três meses.
Como mostrou
a Folha nesta quarta (20), a atriz costurou uma “saída honrosa” do governo
Bolsonaro com a ajuda de Zambelli e de militares auxiliares do presidente.
“A
secretária [Regina] não saiu ainda [do cargo]. Ela vai fazer a transição”,
disse Zambelli no Palácio do Planalto.
“Vai
primeiro ter um decreto, tem uma organização que precisa ser feita para ela
poder ir para a cinemateca”, acrescentou.
“A formalização da ida [para a
Cinemateca] dela [Regina] precisa resolver essa questão burocrática. E aí
vincular como um cargo do governo em São Paulo.”
Os detalhes
do que seriam essa transição não foram esclarecidos nem pela parlamentar, nem
pelo Planalto e nem pela atriz.
Após café da
manhã no Palácio da Alvorada pela manhã, a ex-atriz global se deixou filmar com
Bolsonaro para dar uma versão mais leve para sua saída, de que estaria com
saudades de seus familiares, que moram em São Paulo, e que por isso deixaria o
governo para assumir a Cinemateca, que fica na capital paulista.
Aliados de
Regina, que viam com ceticismo essa costura de acordo com Zambelli, também são
reticentes sobre essa indicação para a Cinemateca e veem grandes chances de
isso não ser cumprido.
Segundo
Zambelli, a nomeação de Reigina depende da edição de um decreto que reestrutura
a Secretaria Especial de Cultura.
Essa mudança está pendente desde janeiro
deste ano, quando Roberto Alvim foi demitido do cargo após parafrasear um
ministro da Alemanha nazista.
Reduzida de
ministério a secretaria na gestão Bolsonaro, a Cultura era subordinada ao
Ministério da Cidadania e foi transferida para o Turismo no fim de 2019.
Como a
mudança não foi feita completamente, a estrutura está na prática dividida entre
as duas pastas.
A edição do
decreto foi mais uma das derrotas de Regina em sua rápida passagem pelo
governo.
Ela tentou, sem sucesso, modificar a estrutura da Secretaria, o que
poderia lhe garantir mais autonomia para trabalho.
Zambelli
afirmou ainda que a ex-secretária da Cultura deve preparar uma série de vídeos
com divulgações sobre o trabalho da atriz à frente da estrutura.
Talita
Fernandes, Ricardo Della Coletta, Clara Balbi/Uol
CONTINUA
Bolsonaristas
Criam ‘Corrente Do Bem’ E Se Medicam Com Cloroquina, Azitromicina E Antipulgas
Celeste Silveira 20 de maio de 2020
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Remédios,
sem comprovação de eficácia contra a Covid-19, são distribuídos aos apoiadores
do presidente.
Antes mesmo
de o governo Jair Bolsonaro (sem partido) mudar o protocolo de tratamento da
Covid-19 e ampliar o uso da cloroquina também para casos leves da doença nesta
quarta-feira (20), bolsonaristas já vinham se automedicando com
hidroxicloroquina, azitromicina e invermectina diante dos primeiros sintomas
respiratórios.
Os
medicamentos, receitados por um grupo de “médicos do bem”, e comprados em
grandes quantidades, são distribuídos aos apoiadores do presidente.
Foi o caso
da designer gráfica Marley Oliver, 33, que conta ter sentido febre, forte dor
de cabeça e no corpo, perda de paladar e olfato no fim abril.
Sem fazer teste
para confirmar a suspeita da Covid-19 ou procurar um hospital, ela recebeu um
mix das três substâncias de colegas de acampamento.
Há dois
meses, Marley e cerca de 60 bolsonaristas têm acampado próximo à Alesp
(Assembleia Legislativa de São Paulo) para manifestar apoio ao Bolsonaro e
repúdio ao governador João Doria (PSDB).
Eles pedem o impeachment do tucano por
decretar quarentena e impedir a volta ao trabalho nos serviços não essenciais.
“Um vai
passando pro outro [os comprimidos]. É uma corrente do bem. No segundo dia já
senti melhora e depois de quatro dias fiquei totalmente perfeita”, afirma ela.
O próprio
texto do Ministério da Saúde, porém, reconhece que não há evidências suficientes
de eficácia e prevê um termo de consentimento do paciente, que cita risco de
agravamento da condição clínica.
Diversos
estudos têm mostrado que os medicamentos não só não têm efeito contra a
Covid-19 como podem aumentar o risco cardíaco.
Entidades médicas brasileiras
contraindicaram o uso e a OMS (Organização Mundial da Saúde) afirma que não há
provas de que qualquer medicamento possa curar ou prevenir a Covid-19 e que o
uso inapropriado pode causar efeitos colaterais graves e até levar à morte.
Marley ri ao
dizer que topou ser cobaia da cloroquina e que prefere isso a buscar ajuda
médica. “Olha, se a gente vai no hospital, corre o risco de entrar com uma
topada e sair com Covid-19.
A partir do momento que a maioria toma e diz que
surtiu o efeito… É a maioria que tem razão”, diz ela, para quem os governadores
“estão potencializando o vírus.”
“Tem uma
guerra política. Eles estão agravando [o estado de saúde] das pessoas para
apavorar a população”, afirma Marley, que ainda assim usa álcool em gel e máscara
no acampamento.
A aglomeração, claro, vai contra as recomendações do Ministério
da Saúde e da OMS. Ela diz que só sairá da barraca quando Doria deixar o
Palácio dos Bandeirantes.
No Facebook,
a designer, que está desempregada, pede: “saiam de casa. Vamos trabalhar”.
Evangélica, ela também publica”não espalhe medo, espalhe fé e esperança”.
A advogada
Eliane Maffei, 53, visita o acampamento e bate ponto nas manifestações
pró-Bolsonaro. Ela conta que tem vários colegas bolsonaristas tomando
cloroquina “na clandestinidade”.
“Está um Deus nos acuda, cada um por si. Eu
tive sintomas e ouvi de um amigo médico: ‘não vá no pronto socorro porque até
seu caixão já foi comprado'”, diz.
Ela conta
que em 10 de abril começou a tossir e deixou de sentir cheiros.
No mesmo dia,
tomou por conta própria o remédio antiparasitário (usado contra vermes e
parasitas, como piolhos, pulgas, sarna e filariose em humanos e em animais)
invermectina, que ainda está sendo testado contra o coronavírus.
Ela diz que já
tinha os comprimidos em casa.
“Em 48h,
passou.
Se os hospitais estivessem dando cloroquina e invermectina, não
estaríamos tendo tantas mortes”, afirma.
*Thaiza
Pauluze/Folha
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