Guedes:
vamos usar dinheiro público com grandes empresas e ”ganhar dinheiro”
23/05/2020
Imagem do Google
Um trecho do
vídeo da reunião ministerial, que foi ao ar na íntegra ontem (22), chamou a
atenção de internautas e jornalistas.
O Ministro da Economia do governo
Bolsonaro, Paulo Guedes, falou em usar recursos públicos com as grandes
empresas e “ganhar dinheiro” com isso.
O vídeo da
reunião ministerial divulgado ontem (22) por determinação do Ministro do
Supremo, Celso de Mello, contém segundo alguns analistas políticos, provas de
crimes de Jair Bolsonaro, entre eles o fato dele dizer claramente, que queria
”mudar a segurança” (leia-se PF) para proteger sua família e “não ser pego de
surpresa”’.
No entanto,
outro trecho do vídeo da reunião ministerial chamou a atenção, as falas do
Ministro da Economia Paulo Guedes, mostrando todo seu “liberalismo” e ”mercado
livre” na prática.
“Nós vamos
botar dinheiro, e vai dar certo nós vamos ganhar dinheiro.
Nós vamos
ganhar dinheiro, usando recursos públicos para salvar as grandes
companhias.
Agora nós vamos perder dinheiro salvando as pequeninas” disse
Guedes.
Note para
outro trecho que chama a atenção de Guedes, ele fala que se o governo for
alocar recursos públicos para salvar pequenas empresas, o governo iria
perder dinheiro.
O Ministro defende que se salve as grandes empresas e deixe
que as pequenas empresas fiquem sem recursos públicos, para se salvar em tempos
de pandemia... com isso devem quebrar.
O material
faz parte do inquérito da PF , que apura a denúncia do ex-Ministro da Justiça
Sérgio Moro, em que diz que Bolsonaro tentou interferência na Polícia Federal,
para salvar a família.
“Agora nós
vamos perder dinheiro salvando as pequeninas. Então nós vamos fazendo tudo ”by
the book” direitinho. (..)”
Guedes
também defendeu em uma reunião que o auxílio-emergencial fosse diminuído dos R$
600,00 atuais, para cerca de R$ 200,00, que era a proposta inicial do
governo Bolsonaro.
Em meio a pandemia de coronavírus, colocando o Brasil entre
os maiores focos no mundo, medidas do tipo são uma tragédia.
Veja o
trecho do vídeo em que Paulo Guedes diz isso:
Em vídeo da reunião, Guedes defende usar dinheiro público em
grande empresa e ''ganhar dinheiro''
CONTINUA
Guga Noblat:
E se fosse o Lula falando em armar o povo
23/05/2020
Imagem do Google
O jornalista Guga Noblat,
fez um questionamento por meio de suas redes sociais, ”E se fosse o Lula”.
Fazendo um paralelo com o vídeo e as declarações de Jair Bolsonaro, Guga
questiona como seria a reação das pessoas e instituições caso fosse Lula quem
estivesse falando em ”armar o povo” contra governadores (oposição).
O jornalista
Guga Noblat propôs um questionamento sobre o vídeo da reunião ministerial,
divulgado ontem (22), onde Bolsonaro fala em armar a população, proteger
sua família “trocando a segurança” (leia-se PF).
Terminou perguntando ” E se
fosse o Lula dizendo q precisa armar o povo pra enfrentar governos por causa da
Covid?
E se fosse o Lula q tivesse ameaçada crise institucional em caso de
impeachment?
E se um ministro do Lula ameaçasse a democracia igual o Heleno? E
se?”
Vamos brincar de “ e se fosse”. E se fosse o Lula dizendo q precisa armar o povo pra enfrentar governos por causa da Covid? E se fosse o Lula q tivesse ameaçada crise institucional em caso de impeachment? E se um ministro do Lula ameaçasse a democracia igual o Heleno? E se?
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Quando os
grampos de Lula e Dilma, foram divulgados pela Globo com autorização de Sérgio
Moro, o país ficou em chamas.
Os grampos divulgados, contribuíram para o clima
político que levou a derrocada de Dilma Rousseff e do PT do poder.
Imagine que
naquele tempo de lava-jatismo e ofensiva judicial contra o PT, o ex-presidente
Lula viesse a propor armar a população.
Com movimentos ligados
historicamente ao petismo e a esquerda, como o MST e a CUT se armando contra
qualquer opositor ao PT.
Bolsonaro
falando em trocar a PF para ”proteger a família”:
Trecho do vídeo liberado pelo STF, que Bolsonaro fala em
proteger a sua família
Muito
provavelmente a reação das instituições, hoje tímidas contra Bolsonaro e seus
apoiadores radicais, seria diferente.
Seria uma reação efusiva e que culminaria
muito provavelmente em ”consequências imprevisíveis”.
Juristas tinham receio
que o decreto de Jair Bolsonaro, abrisse
uma brecha para armar o MST.
Agora
imagine ”E se Lula” viesse a propor isso em meio ao Impeachment de Dilma.
A
reação até agora tímida das instituições, seria unificada contra o
ex-presidente.
Não se pode
esquecer, que um ex-procurador da Lava Jato declarou em entrevista a Globo
News, que Bolsonaro era o ”candidato oficial da operação”.
Hoje Bolsonaro fala em
trocar comando da Polícia Federal para proteger sua família e nada acontece.
A pergunta
de Noblat cabe bem ao momento: E se fosse Lula?
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