A piora do
Brasil no ranking de corrupção da Transparência Internacional é uma derrota de
Moro
4 hours ago Justiça
Partidária 29/01/2019
A edição de
2018 do Índice de Percepção da Corrupção, em que o Brasil manteve a queda na
avaliação (35 pontos em 100) e no ranking (105º entre 180 nações), é uma
derrota de Sergio Moro.
Quase dez
anos após o início da Lava Jato, o protagonista da operação virou ministro de
um governo coalhado de ladrões e o Brasil segue mais corrupto que nunca — e
quebrado.
Moro
meteu-se agora numa fria ao aceitar, de olho numa vaga para o STF, fazer parte
dessa festa indigesta da maneira que conhecemos — pondo em cana o favorito das
pesquisas.
O empresário
Ricardo Semler cantou a bola num artigo em 2014.
“Nunca se roubou tão pouco”,
escreveu, quando alardeavam que viraríamos a Dinamarca.
“Agora tem
gente fazendo passeata pela volta dos militares ao poder e uma elite
escandalizada com os desvios na Petrobras. Santa hipocrisia.”
O índice
brasileiro foi o pior desde 2012, quando começou a vigorar a atual metodologia
do estudo.
Estamos
empatados com Argélia, Armênia, Costa do Marfim, Egito, El Salvador, Peru,
Timor Leste e Zâmbia. A supracitada Dinamarca, para variar, ficou em primeiro
lugar.
Ouvido pelo
repórter Fausto Macedo, do Estadão, que lhe escreveu uma carta de fã no início
do ano, o ex-juiz vendeu o peixe de que
“o governo federal precisa liderar o
processo de mudança contra a corrupção e por maior integridade na vida
pública.”
Segundo SM,
“em fevereiro será apresentado ao Congresso um projeto de lei anticrime, com
foco em medidas contra a corrupção, crime organizado e crime violento.
Se
aprovado o projeto, além do impacto real na vida das pessoas, também mudará a
percepção do mundo em relação à corrupção no Brasil”.
Em Davos,
Moro defendeu uma solução inspirada no Uber.
“Eu estava
pensando em algo similar.
Você ter talvez uma plataforma digital em que
corporações vão para essa plataforma e dizem ‘estamos disponíveis para
cooperação na aplicação da lei em todo o mundo’, não necessariamente você
precisa de uma cooperação pelo nosso governo”, disse, em inglês.
Blablablá.
Na verdade, ele não sabe para onde correr (Coaf, coaf).
O objetivo
da Lava Jato era exterminar Lula e o PT da vida pública, não a roubalheira.
Estão aí Onyx, Queiroz e os milicianos ligados aos Bolsonaros como resultado.
O resto é
conversa.
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