Fotos do
cadáver de miliciano reforçam tese de queima de arquivo
14/02/2020
Imagem do Google
Imagens
inéditas divulgadas pela Revista Veja, mostram que o miliciano Adriano da
Nóbrega pode ter sido alvo de uma queima de arquivo.
A VEJA teve acesso a
autópsia do miliciano ligado ao clã Bolsonaro e notou tiros a curta distância o
que reforça a tese que ele pode ter sido morto como queima de arquivo.
Mais um
elemento explosivo se cerca a morte do miliciano Adriano da Nóbrega, que era
ligado ao clã Bolsonaro e tinha mãe e ex-esposa no gabinete de Flávio Bolsonaro.
Fotos
inéditas e obtidas com exclusividade pela Revista Veja, mostram fotos que podem
provar que o miliciano Adriano da Nóbrega foi morto como queima de arquivo.
De acordo
com reportagem, as imagens reforçam a tese de execução.
São fotografias de
diversos ângulos, feitas logo depois da autópsia. Um dos projéteis atingiu a
região do pescoço.
O outro perfurou o tórax.
A reportagem
da VEJA diz: “As fotos obtidas pela reportagem sustentam parte dessa
versão — mas apenas parte.
Os disparos que mataram Adriano da Nóbrega foram
feitos a curta distância.
Além disso, as imagens revelam um ferimento na cabeça
do ex-capitão, logo abaixo do queixo, queimaduras do lado esquerdo do peito e
um corte na testa”, diz a revista.
Segundo a
publicação, sofreu tortura antes de ser executado.
A avaliação
é do médico legista Malthus Fonseca Galvão, professor da Universidade de
Brasília (UnB) e ex-diretor do Instituto Médico Legal do Distrito
Federal, consultado
pela Veja sem conhecer a identidade do morto:
Eis um
trecho da reportagem:
O segundo
ponto destacado pelo médico legista é uma marca que aparenta ser um tiro na
região do pescoço.
“Pode ter sido um disparo após a vítima ter caído no chão,
porque a imagem me sugere ser de baixo para cima, da direita para a esquerda,
em quase 45 graus.
Esse disparo pode ser o que o povo chama de ‘confere’”,
afirmou. Confere é o famoso tiro de misericórdia, efetuado quando não há a
intenção de salvar a pessoa baleada.
Galvão também destacou uma marca
cilíndrica cravada no peito do corpo.
“Tem muita chance de ser a boca de um
cano longo após o disparo, quente, sendo encostada com bastante força por mais
de uma vez.
Nesse momento, ele estava vivo, com certeza, porque está vermelho
em volta. É uma reação vital.”
Veja algumas
fotos que já circulam da VEJA:
A @VEJA contratou dois peritos para avaliar as fotos do cadáver de Adriano da Nóbrega. Eles relatam que o miliciano levou dois tiros, ambos de curta distância. O primeiro no peito. O segundo na altura do pescoço, o que para os especialistas foi o "confere", o tiro de misericórdia
Imagens da
casa pouco depois da invasão por policiais e morte de Adriano
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