Militares já
encaram com naturalidade a libertação de Lula
3 hours ago Política
03/09/2019
Segundo
informações da jornalista Monica Bergamo, na sua coluna na Folha de São
Paulo, a
libertação do ex-presidente Lula, não é mais motivo de “turbulência” e
preocupação entre militares, eles já encaram com naturalidade a possível
soltura de Lula.
Magistrados
de cortes superiores que têm bom relacionamento com os militares já capturaram
sinais de que eventual libertação do petista não seria mais – como no ano
passado – motivo de turbulência na caserna.
Villas Boas fez pressão no STF ás vésperas do julgamento de
Lula no STF,. O ex-comandante do Exército general Eduardo Villas Bôas Foto:
Foto: Ailton de Freitas/Agência O Globo
Militares,
como o General
Villas Boas, fizeram pressão no STF ás vésperas do julgamento de Lula em
2018, o episódio foi emblemático e mostrou o empenho de setores militares na
prisão de Lula.
Villas Boas em entrevista a Folha de São Paulo, afirmou
que pensou em ‘‘intervir”, caso o STF concedesse Habeas Corpus
ao ex-presidente Lula, em abril de 2018.
Temos a preocupação com a
estabilidade, porque o agravamento da situação depois cai no nosso colo.
É
melhor prevenir do que remediar”, disse. “É melhor prevenir do que remediar”,
disse Villas Boas.
O Ministro
Dias Toffoli, relatou que o General Villas Boas, ás
vésperas do segundo turno de 2018, havia dito que tinha “300 mil homens armados
que apoiavam Bolsonaro’‘, que outro resultado que não fosse a vitória de
Bolsonaro seria considerada “fraude” nas urnas.
CONTINUA
Deltan
captou recurso empresarial para instituto e poupou investidora de denúncia na
Lava Jato
7 hours ago Vaza
Jato 03/09/2019
A advogada
Patrícia Tendrich Pires Coelho, empresária multimilionária e uma das
financiadoras do Instituto Mude – Chega de Corrupção, chegou a ser investigada
pela Lava Jato, mas apenas seus sócios foram alvo de denúncia.
Informações
constam em mensagens vazadas pelo
The Intercept, em nova parceria com a Agência Pública
Da
Agência Pública – O coordenador da força-tarefa da Lava Jato, Deltan
Dallagnol, captou investimentos de grandes empresários para financiar o
Instituto Mude – Chega de Corrupção, criado para promover, além da própria
operação, as dez medidas de combate à corrupção e suas opiniões políticas.
Mensagens trocadas entre o procurador e membros do Instituto Mude no Telegram,
recebidas pelo Intercept Brasil e analisadas em conjunto com a Agência Pública,
revelam que ele se reuniu com empresários, às vezes a portas fechadas, na sede
da Procuradoria, para arrecadar verbas para a entidade.
Uma empresária que foi
“investidora anjo” da organização: a advogada Patrícia Tendrich Pires Coelho
seria depois investigada pela Lava Jato, mas não foi denunciada pela operação Apesar
de saber que a empresa de Patrícia, a Asgaard Navegação S. A., fornecia navios
para a Petrobras e ter conhecimento de sua proximidade com o empresário Eike
Batista e com o banqueiro André Esteves, fundador do BTG Pactual – dois alvos
da força-tarefa coordenada por Dallagnol –, o procurador não só aceitou a sua
ajuda financeira como fez a ponte da empresária com os membros oficiais do
instituto e se reuniu com ela para tratar da doação.
Em um
diálogo com a integrante do Mude, Patrícia Fehrmann, em 29 de junho de 2016,
Deltan diz que conheceu Patrícia Coelho em uma viagem – ele não diz para onde –
no dia anterior à conversa: “Caramba. Essa viagem de ontem foi de Deus.
Além
dela, estava um deputado federal que se comprometeu a apoiar rs”, escreveu, não
revelando quem seria o parlamentar a apoiar a entidade que se define como
“apartidária”.
Enquanto
discutiam a formalização do Mude no chat #Mude Delta,Fáb,Pat,Had,Mar, (formado
por membros da organização, incluindo Deltan Dallagnol), um dos fundadores do
instituto, Hadler Martines, escreveu em 29 de agosto de 2016:
“Talvez vocês já
tenham feito isso mas sobre nossa investidora anjo, dei uma boa pesquisada
sobre seu histórico e realmente ela parece ser uma grande empresária
multimilionária e com grande trânsito com grandes empresários nacionais.
Hoje
ela é sócia de empresa de frotas de navios (Aasgard) e de mineração e portos
(Mlog).
Algumas coisas que me chamaram atenção:
– sua empresa fornece navios
para a Petrobras; – ela é ex-banco Opportunity (famoso Daniel Dantas) – ela foi
ou é muito próxima do Eike Batista e também do André Esteves (BTG)”.
Dallagnol
não respondeu ao comentário.
Ele e os integrantes do Mude que participavam do
chat – Fábio Oliveira, Patrícia Fehrmann, Hadler Martines e o pastor Marcos
Ferreira –
se encontraram com Patrícia Coelho dia 8 de setembro daquele ano no
Rio de Janeiro, de acordo com os diálogos no Telegram.
No dia 11,
Hadler voltou a levantar suspeitas sobre a “investidora anjo”:
“Sobre nossa
reunião com o Anjo, ainda estou com uma pulga atrás da orelha tentando entender
a razão do apoio financeiro tão generoso (sendo cético no momento)”, escreveu.
“Me pergunto se ela quer ‘ficar bem’ com o MPF por alguma razão… Ela já foi
conselheira do Eike e pelo que li dela, ela o representava em algumas
negociações.
Sugestão: fiquemos atentos. Desculpem o provérbio católico, mas
quando a esmola é demais, o santo desconfia…”.
Ele enviou
no grupo um link com a reportagem da revista Exame: “Eike tenta sacar uns US$
100 milhões, mas André Esteves barra”.
A matéria informa que Patrícia Coelho
era apresentada por Eike Batista como sua consultora.
A reportagem também diz
que Patrícia é egressa do banco Opportunity e sócia da companhia de navegação
Asgaard.
Dessa vez,
Deltan respondeu ao colega:
“Boa Hadler. Mais cedo ou mais tarde descobriremos
isso”.
Minutos depois, Deltan enviou uma mensagem para o procurador Roberson
Pozzobon questionando se o nome de Patrícia havia aparecido nas investigações.
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