BOLSONARO É
OFICIALIZADO RÉU Pelo TSE E Pode Se TORNAR INELEGÍVEL – DENÚNCIA Feita Pelo PT
Foi Aceita
Et Urbs Magna, 19 de outubro
de 2018, 19:25 GMT
TSE aceita
denúncia do PT para tornar Bolsonaro inelegível e define relator; Bolsonaro é
oficialmente réu!
A ação
movida pela coligação de Fernando Haddad (PT) para que o Tribunal Superior
Eleitoral investigue a campanha de Jair Bolsonaro (PSL) foi distribuída na
corte e terá como relator o ministro Jorge Mussi, corregedor-geral eleitoral.
O
processo está baseado em uma reportagem da Folha de S.Paulo segundo a qual
empresas pagaram, em contratos que chegariam a 12 milhões de reais, pelo envio
em massa de conteúdos contra o petista no WhatsApp.
Do Blog
da Cidadania –
A campanha petista pede que, ao final das
investigações, a ação seja julgada procedente para que Bolsonaro seja
considerado inelegível por abuso de poder econômico e uso indevido dos meios de
comunicação.
A ação do PT aponta haver no caso práticas vedadas pela Lei
Eleitoral, como doação de pessoa jurídica e compra de cadastros de usuários.
O
partido ainda pede que o WhatsApp apresente em 24 horas, sob pena de suspensão,
medidas para conter o envio das mensagens.
Os advogados
do PT também afirmam que a campanha de Bolsonaro é beneficiada pela
proliferação de fake news (notícias falsas) nas redes sociais.
“A
sistematização das fake news, ao que se aponta, parece estar claramente voltada
ao favorecimento dos noticiados, o que faz surgir a preocupação acerca da
autoria e responsabilidade de quem está produzindo tais materiais.
Eis que, não
é crível atribuir apenas à militância orgânica de Jair Bolsonaro e Hamilton
Mourão a capacidade produzir e disseminar com tamanha eficácia todas as
notícias falsas editadas em detrimento da Coligação noticiante.”
Por meio de
uma transmissão em sua página no Facebook, o presidenciável Jair Bolsonaro negou
que sua campanha tenha relação com notícias falsas disseminadas no WhatsApp e
redes sociais contra seu adversário.
“Não tem prova de nada, é a Folha jogando
nesse time do Haddad.
Nós não precisamos de fake news para combater o Haddad,
as verdades são mais que suficientes”, afirmou Bolsonaro.
A defesa de
Bolsonaro junto ao TSE disse que a notícia da Folha é falsa e que irá tomar
todas as medidas judiciais cabíveis para apurar “os atos ilegais e criminosos
perpetrados pela coligação de Haddad”.
“A campanha de Jair Bolsonaro foi
acusada falsamente de contratar via caixa dois serviços de WhatsApp para
disseminar fake news em reportagem de um veículo que, desde o primeiro turno,
desvirtua fatos para tentar persuadir o eleitor.
Sem provas e fundamentação
jurídica, ajuizam uma ação de investigação judicial eleitoral com base,
exclusivamente, nessa notícia falsa”, diz nota dos advogados.
O pedido de
investigação envolve, além da chapa de Bolsonaro e o WhatsApp, o empresário
Luciano Hang e as agências Quickmobile, Yacows, Croc Services e SMS Market —
que, segundo a Folha, prestaram o serviço.
Ao jornal, a QuickMobile afirmou não
atuar na área política. A Yacows e a SMS Market não se manifestaram.
A Croc
Services disse ter vendido pacotes de envio em massa só para as bases do
candidato ao governo de MG Romeu Zema (Novo) — o que é legal.
Luciano
Hang, dono da rede varejista Havan e entusiasta da campanha de Bolsonaro, negou
que tenha pago para impulsionar mensagens contra o PT e a favor do candidato do
PSL.
“Eu uso o meu próprio celular, gravo esses vídeos com mensagens que as
pessoas entendem e compartilham, no WhatsApp e nas redes sociais.
Eu não pago
para impulsionar o meu WhatsApp”, afirmou o empresário, em transmissão ao vivo
no Facebook. Ele também disse que processará a Folha.
O dono da
Havan já foi condenado pela Justiça Eleitoral a pagar uma multa de 10.000 reais
por ter impulsionado conteúdos em suas redes sociais a favor de Bolsonaro, o
que foi considerado doação irregular de campanha.
À época, o Tribunal Superior
Eleitoral (TSE) aceitou a alegação do candidato do PSL, de que ele desconhecia
o fato de que Hang recorreu ao procedimento, e o inocentou de participação na
ação ilegal, multando apenas o empresário.
Repercussão
Especialistas ouvidos pela agência Reuters avaliam que, confirmadas as
informações reveladas pela reportagem, a campanha de Bolsonaro pode ser acusada
de abuso de poder econômico,
abuso do uso de meios de comunicação e omissão de
doações de campanha, o que poderia levar à impugnação da chapa, mesmo que
Bolsonaro não soubesse da ação de empresários a seu favor.
“Se
confirmada, a prática pode configurar abuso de poder econômico, levando à
inelegibilidade nessa própria eleição.
A jurisprudência diz que, mesmo que não
tenha sido ele ou a campanha, a candidatura pode responder pelo ilícito”, disse
Daniel Falcão, coordenador do curso de pós-graduação em Direito Eleitoral do
Instituto Brasiliense de Direito Público.
“A
responsabilização é objetiva. Não está sendo avaliada a conduta pessoal de
Bolsonaro.
A responsabilidade do abuso de poder é objetiva, não importa se a
campanha agiu com culpa (sem intenção) ou dolo (propositalmente).
Vai ser
avaliado se conduta teve ou não influência na campanha”, diz Guilherme Salles
Gonçalves, especialista em Direito Eleitoral e membro fundador da Academia
Brasileira de Direito Eleitoral e Político.
Vejamos:
Fonte: https://urbsmagna.com/
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