DENUNCIADO
POR TACLA DURAN! Moro Se Divertindo Com Zucolotto Repercute E Gera A Pergunta:
Ele Pode Tudo?
Por Redação
Click Política Em 22 abr, 2018
POR JOAQUIM
DE CARVALHO DO DCM
Desde que
mandou prender o doleiro Alberto Youssef em 2014, oito anos depois de tomar
conhecimento de que ele continuava delinquindo, Sergio Moro se tornou uma das
pessoas com maior poder no Brasil.
Juiz de
primeira instância, poderia ter sido barrado nas instâncias superiores, mas,
fazendo uso eficiente da velha imprensa, emparedou autoridades que tentaram se
contrapor aos seus excessos.
O caso mais
expressivo foi o de Teori Zavascki, que, alertado em habeas corpus da
ilegalidade da Lava Jato, anulou todas as prisões da primeira leva, inclusive a
de Paulo Roberto Costa.
Era inicio
de 2014 e Moro, a seu modo, reagiu.
A vara que ele chefia vazou para a versão
online da revista Veja que, entre os soltos, estaria um homem preso por
tráfico, cliente de Youssef.
O caso
repercutiu no Jornal Nacional e Teori foi à TV se explicar. Libertou apenas
Paulo Roberto Costa, e manteve todos os outros na prisão.
Teori nunca
falou sobre sua motivação, mas é provável que seu recuo tenha sido por medo da
manipulação que Moro aprendeu a fazer da chamada opinião pública (ou
publicada).
Dois meses
depois, Moro capturou de novo Paulo Roberto Costa, e desta vez ninguém mais se
atreveu a contestá-lo.
Hoje, solto por acordo de delação premiada e vivendo com
um padrão de vida, Paulo Roberto sumiu do noticiário.
Mas Moro
continua, e já não desperta tanto temor quanto antes. Continua forte —
tanto
que o Conselho Nacional de Justiça não vota a representação contra ele pelo
vazamento ilegal das escutas telefônicas da então presidente Dilma Rousseff.
Mas é
possível que tenha chegado à fase em que, depois de escalar o monte, começa a
descer a ladeira. A conferir.
Um indício
nessa direção é o vídeo vazado em que ele aparece, com a língua enrolada,
pedindo mais uma rodada de cerveja no bar, ao lado de Carlos Zucolotto Junior,
o advogado amigo que um réu da Lava Jato, o advogado Rodrigo Tacla Durán, acusa
de tentar lhe vender facilidade em acordo de delação premiada. Vídeo abaixo.
No bar,
estava o cantor Fagner, desafinado, que lhe homenageia com a música Borbulhas
de Amor.
O encontro de Fagner com o juiz foi proporcionado pelo empresário Joel
Malucelli, envolvido num caso de corrupção investigado pela Lava jato.
Segundo o
Ministério Público Federal, a empreiteira de Malucelli pagou propina para
participar de um dos consórcios que construíram a usina de Belo Monte.
Foi
Malucelli, amigo de Moro, quem proporcionou a ida de Fagner a Curitiba, quando
os tempos eram outros — Dilma ainda não havia sido cassada.
O bar em que
se divertem é o Paraguassu Grelhados, de um irmão de Carlos Zucolotto Júnior,
João Luiz Zucoloto (este é grafado com único Z).
A mãe de
ambos, Olga Zucoloto, se livrou ha alguns anos de uma acusação fraude à
execução fiscal, numa manobra que transferiu a propriedade de um imóvel
penhorado a Carlos Zucolotto (para saber mais, veja reportagem).
Na época em
que Moro se divertia no Paraguassu Grelhados com Fagner, em 2015, Olga almoçou
com Moro e postou em seu facebook uma foto em que demonstra intimidade com o
juiz Moro, que gerou um diálogo com amigas:
— Aeee dona
Olga.. Tietando rs.
Outra, de
sobrenome Moro, destacou:
— Quanto
orgulho deste homem! Que Deus abençoe a vida dele, cada dia.
Outra
perguntou:
— Conta aí
dona Olga. Quando vai ser o dia dos rojões?
— Fala pra
ele prender logo o Lula e a Dilma kkkkk.
Olga diz que
perguntou:
— Já falei.
Ele só deu risada, disse que seria o maior foguetório do Brasil, adoro.
reforça:
— O maior
foguetório no Brasil. Ele só sorri.
Os Zucolotos
(ou Zucolottos) não têm intimidade apenas com Moro.
João, o dono do Paraguassu
Grelhados, também já divulgou fotos com Deltan Dallagnol, coordenador da
força-tarefa da Lava Jato no Ministério Público Federal.
Evangélico,
Dallagnol não toma cerveja em público, mas já foi ao Paraguassu.
Deve ter ido
para provar o espetinho que é a especialidade da casa — miolo de alcatra,
cebola, tomate e bacon, empanados.
O petisco
está concorrendo ao concurso Comida di Buteco deste ano e, por conta disso,
mereceu recentemente há uma generosa reportagem da RPC, a afiliada da Globo em
Curitiba.
Dallagnol
com João Zucoloto, dono do Paraguassu Grelhados, o bar que Moro frequenta
No capítulo
sobre integridade pessoal e profissional, está escrito:
INTEGRIDADE
PESSOAL E PROFISSIONAL
Art. 15. A
integridade de conduta do magistrado fora do âmbito estrito da atividade
jurisdicional contribui para uma fundada confiança dos cidadãos na judicatura.
Art. 16. O
magistrado deve comportar-se na vida privada de modo a dignificar a função,
cônscio de que o exercício da atividade jurisdicional impõe restrições e
exigências pessoais distintas das acometidas aos cidadãos em geral.
Art. 17.É
dever do magistrado recusar benefícios ou vantagens de ente público, de empresa
privada ou de pessoa física que possam comprometer sua independência funcional.
Art. 18. Ao
magistrado é vedado usar para fins privados, sem autorização, os bens públicos
ou os meios disponibilizados para o exercício de suas funções.
Art. 19.
Cumpre ao magistrado adotar as medidas necessárias para evitar que possa surgir
qualquer dúvida razoável sobre a legitimidade de suas receitas e de sua
situação econômico-patrimonial.
Mas ele já
coisas, digamos assim, mais chocantes, como aparecer em público, em conversa
alegre e demonstrando intimidade, com um homem afundado até o pescoço na lama
da corrupção: Aécio Neves.
Neste caso, teria ferido o capítulo da
imparcialidade:
IMPARCIALIDADE
Art. 8º O
magistrado imparcial é aquele que busca nas provas a verdade dos fatos, com
objetividade e fundamento, mantendo ao longo de todo o processo uma distância
equivalente das partes, e evita todo o tipo de comportamento que possa refletir
favoritismo, predisposição ou preconceito.
Art. 9º Ao
magistrado, no desempenho de sua atividade, cumpre dispensar às partes igualdade
de tratamento, vedada qualquer espécie de injustificada discriminação.
Parágrafo
único. Não se considera tratamento discriminatório injustificado:
I – a
audiência concedida a apenas uma das partes ou seu advogado, contanto que se
assegure igual direito à parte contrária, caso seja solicitado;
II – o
tratamento diferenciado resultante de lei.
Moro tem
carta branca, pelo menos no Tribunal Regional da 4a. Região, o mesmo que
confirmou a condenação de Lula.
Com apenas um voto contrário, a tribunal
considerou que Moro conduz um caso único e, por isso, escapa do regramento
genérico.
A decisão foi tomada quando advogados reclamaram que Moro violou a
Constituição ao divulgar escutas telefônicas da presidente Dilma Roussef.
O relator do
processo, desembargador federal Rômulo Pizzolatti, não viu nenhum indício de
infração disciplinar.
“É sabido
que os processos e investigações criminais decorrentes da chamada operação
‘lava jato’, sob a direção do magistrado representado, constituem caso inédito
(único, excepcional) no Direito brasileiro.
Em tais condições, neles haverá
situações inéditas, que escaparão ao regramento genérico, destinado aos casos
comuns”, afirmou.
Desde então,
se sabe que, em Curitiba, a 13a. Vara Federal Criminal é um juízo de exceção e
seu titular, Sergio Moro, uma autoridade blindada.
Mas fica a
pergunta: Até quando?
VEJA O VIDEO
As ligações perigosas de Sergio Moro
As ligações perigosas de Sergio Moro
Publicado em 21 de abr de 2018
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