Manifestações
contra prisão política de Lula acontecem em vários países
Militantes
articulam um dia de paralisação global nas embaixadas do Brasil para denunciar
a condenação arbitrária de Lula e o ataque à Democracia. No México, já teve ato
na tarde deste domingo
Por Luciana Waclawovsky, especial para a CUT publicado
08/04/2018
17h44
México: esse golpe não é só contra o Lula, mas contra os avanços da
América Latina e as conquistas progressistas
Portal CUT – Assim que o ex-presidente Lula
anunciou neste sábado (7) que havia decidido cumprir a determinação de prisão
dada pela primeira instância da Justiça do Paraná, atos de desagravo ao
julgamento político da maior liderança de esquerda viva da América Latina,
condenada sem provas, em São Bernardo do Campo, começaram a surgir em vários
países.
O secretário
nacional de Relações Internacionais da CUT, Antônio Lisboa, disse que a central
já recebeu dezenas de manifestações de apoio por meio de vídeos, cartas e
mensagens.
Segundo ele, está sendo organizado um dia global de atividades nas
Embaixadas do Brasil, que deve acontecer concomitantemente no mundo inteiro.
A
data deverá ser marcada ao longo da semana devido ao fuso horário de cada país.
Lisboa disse que o número de apoio já é impressionante.
“De imediato
existe essa proposta da Confederação Sindical Internacional (CSI) de fazer um
dia de ação global pela liberdade de Lula, ao mesmo tempo em que muitas pessoas
estão querendo vir ao Brasil prestar irrestrito apoio e solidariedade ao nosso
ex-presidente porque sabem que Lula é inocente e está sofrendo perseguição
política”, destacou Lisboa.
A
representante do Colectivo México-Brasil contra El golpe, Márcia Sarquis, disse
com exclusividade ao Portal da CUT que esse golpe não é só contra o Lula, mas
contra os avanços da América Latina e todas as conquistas que os governos
progressistas estavam conseguindo.
Segundo a produtora, que mora há cinco anos
na Cidade do México, Lula é um dos principais líderes ainda vivo e por isso
está sofrendo na pele essa fúria do capitalismo.
“Consideramos
que nossa militância internacional tem a importância de fortalecer a
musculatura da esquerda do Brasil porque até então sempre fomos referência de
movimento político, sindical e de governo progressista para vários países do
mundo, e também para levantar debates dentro de cada país, principalmente da
América Latina, como é o caso do México, onde existem questões muito
semelhantes que estão acontecendo no Brasil”.
Os coletivos
internacionais contra o impeachment se formaram em 2016 de maneira espontânea
em vários países, para mostrar ao mundo que o Brasil estava sofrendo um golpe
de Estado.
Segundo explicou Sarquis, a principal função dos coletivos é
informar a imprensa internacional dos fatos reais e fomentar as mídias
progressistas com imagens e notícias que acontecem nos países
em que moram.
As agendas
de protestos e manifestações são divulgadas por meio do site da Frente
Internacional Brasileiros Contra o Golpe, – FIBRA.
Hoje (8)
foram realizados atos na Cidade do México e em Roma.
Na próxima terça-feira
(10), em frente à Embaixada do Brasil em Madrid, estão sendo chamadas
manifestações para denunciar a condenação de Lula e pela democracia.
Já na manhã
deste domingo, pelo horário de Brasília, manifestantes se reuniram em
importante ato na Praça da República em Paris, França.
O líder do
movimento francês de esquerda França Insubmissa, Jean-Luc Mélenchon, falou da
prisão do ex-presidente Lula em um discurso que está circulando desde ontem nas
redes sociais.
Ele disse que o ex-presidente foi vítima de um "golpe
judicial" por meio da Operação Lava Jato.
Mélenchon chamou Lula de
camarada e pediu que ele aguente firme a pressão a que vem sendo submetido.
"Nossa
corrente, que se diz derrotada e perdida, foi golpeada duramente, especialmente
na América Latina, onde você está vendo agora um golpe judicial contra
Lula", denunciou o dirigente, e completou:
"Quando eles não conseguem
eliminar um candidato, eles botam na cadeia".
Também por
meio das redes sociais a ex-presidente da Argentina, Cristina Kirchner, se
manifestou contra a prisão de Lula e afirmou que ele vencerá as próximas
eleições no Brasil, previstas para ocorrer em outubro deste ano.
Além da
senadora argentina, líderes da América Latina reagiram quando o Supremo
Tribunal Federal negou pedido de habeas corpus a Lula.
Os
presidentes da Bolívia, Evo Morales, e da Venezuela, Nicolás Maduro; e os
ex-presidentes Pepe Mujica (2010-2015), do Uruguai e Ricardo Lagos (2000-2006),
do Chile, reagiram contra a decisão.
A Comissão
União Europeia-Mercosul também condenou a ordem de prisão ao ex-presidente e
voltou a pedir a suspensão das negociações entre os blocos, até que a
democracia seja restabelecida no Brasil.
No mesmo dia
em que a sentença foi proferida, na quinta-feira (5) passada, brasileiros que
moram no exterior começaram a organizar os protestos.
Em Buenos Aires, capital
da Argentina, centenas de militantes de partidos de esquerda prestaram Os
manifestantes aproveitaram a ocasião para criticar o governo neoliberal de
Maurício Macri que, assim como o governo do golpista e ilegítimo Michel Temer
(MDB), também está destruindo direitos conquistados pelo povo argentino.
Desde que
começou a ser perseguido pelo Poder Judiciário brasileiro, o ex-presidente Lula
recebeu manifestações de solidariedade de diversas partes do mundo.
Na Caravana
de Lula pelo Sul, por exemplo, o ex-presidente realizou debate público com o
também ex-presidente uruguaio Pepe Mujica, que mostrou preocupação com a
insistência em que as instituições brasileiras perseguem Lula.
Doação para o Blog
Queridos leitores do
Blog SUED E PROSPERIDADE que a paz
Esteja com todos.
Venho pedir aos
leitores que têm condições e querem contribuir com o Blog uma pequena doação
para o Blog
Que a prosperidade os
acompanhe hoje e sempre.
Desde já agradeço.
Maria Joselia
Número da conta
Maria Joselia Bezerra
de Souza
Caixa Econômica Federal
Agencia: 0045
Operação: 013
Conta: 00054784-8
Poupança
Brasil
O Brigado
Nenhum comentário:
Postar um comentário