SUED E
PROSPERIDADE
17/12/2020
Os Ratos Que
Agora Cobram Milhões Para Ensinar Aos Corruptos O Pulo Do Gato
Celeste Silveira 16 de dezembro de
2020
A Agência
Pública fez uma belíssima matéria de Natalia Viana : “Sergio Moro entra na
porta giratória da Lava Jato”.
A essência
do artigo mostra como o ex-juiz da Lava Jato, ex-capanga do clã Bolsonaro,
imantado de ministro da Justiça e Segurança Pública, Sergio Moro, passou a
trabalhar no milionaríssimo escritório da empresa americana Alvarez &
Marsal, que vende serviços para empresas se blindarem de investigação sobre
seus esquemas de corrupção.
Moro, agora, na iniciativa privada, trabalhará para a consultoria americana e, segundo a reportagem, será o chefe de investigações, de disputas e compliance em um escritório envidraçado à beira da Marginal Tietê, perto do luxuoso shopping JK.
Entre tantas empresas, a
Alvarez & Marsal é administradora da Odebrecht que está em processo de
recuperação judicial, justamente por causa das investigações da Lava Jato.
Certamente,
esse é o melhor dos mundos para um juiz corrupto, trabalhar em reconstrução
corporativa através da palavra mágica “compliance”, que já estava incorporada
na vida de lavajatistas estratégicos como o que, a meu ver, é o cérebro do
projeto que tinha como principal objetivo, cassar politicamente Lula, que é,
nada mais, nada menos, o real chefe da Força-tarefa curitibana, parceiro de
picaretagem com Moro desde o escabroso caso do Banestado.
Sim, estou
falando pela milésima vez, de Carlos Fernando dos Santos Lima, mais conhecido
como o procurador Boquinha que, assim que Moro condenou Lula, ele já montou um
escritório de advocacia para viver das boquinhas do tal compliance.
Ao contrário de Moro, Boquinha é um tipo de jeca menos rude que usa cartola e casaca felpados, cita poesias, fala, em sua página no Facebook, em artes plásticas e fotografia, fazendo lembrar aqueles gabolas caricatos viajados pelo mundo que adoram passar a madrugada segurando um copo de whisk em uma das mãos, enquanto a outra está no bolso,
falando sobre blues, jazz, sobre museus, sem saber de
nada sobre a cultura de seu próprio país, aliás, isso é a cara daquilo que
Machado de Assis chamava de “Brasil oficial”, caricato e burlesco. Afinal,
ninguém é de ferro.
O histórico
familiar do podre de chique é de uma dinastia estatal, em que pai, irmãos, vovô
e cachorrinho, todos viveram mamando gostosamente nas tetas do Estado, através
do Ministério Público. E Boquinha se orgulho disso em seus rompantes morais.
Carlos Fernando,
assim como Moro, sofrem de amnésia, enquanto arrotam chiquemente suas venetas
moralistas, esquecem ou fazem de conta que esqueceram tudo o que nós sabemos
sobre eles e como agiam no submundo imundo da Lava Jato, através da excelente
série de reportagem do Intercept, batizada de Vaza Jato.
O que não
farei aqui é repetir todas as manobras espúrias que esses dois ratos, que agora
vendem para o mundo corporativo o pulo do gato para fugirem de investigações de
corrupção, sonegação, comuns nas altas camadas do mundo capitalista.
Mas quem leu
a trama nojenta dos dois nos dias que antecederam a audiência de Lula, em que
Carlos Fernando estava presente na sala junto com Moro, sabe exatamente do que
e de quem estou falando.
Todos nós
sabemos que existem duas leis no mundo, a dos pobres e a dos ricos, melhor
dizendo, a lei é uma só, o que existe é uma infinidade, quase a totalidade de
juízes e procuradores que enxergam os crimes dos ricos como algo que faz parte
de um sistema que não pode parar por “bobagens moralistas”, e a lei que
superlota presídios sem ao menos julgar a maioria dos encarcerados, sempre
pretos e pobres, coisa que ocorre no mundo todo, mas que, no Brasil, tem
dimensão monstruosa.
Não foi por
acaso que os dois suaram a camisa para condenar e prender Lula sem provas,
tirá-lo da eleição para que o monstro, de quem hoje se dizem inimigos, vencesse
a eleição e proferisse vômitos retóricos como os de ontem, em que Bolsonaro
exaltou o massacre no Carandiru, dizendo que é assim que a polícia tem que agir,
inspirado no excludente de ilicitude de Sergio Moro.
De toda
forma, vale muito a pena ler essa matéria da Agência Pública que revela o mundo encantado de
Cinderela que Moro viverá a partir de agora e que o procurador Carlos Fernando
dos Santos Lima, em proporção menor, já vive.
*Carlos
Henrique Machado Freitas
CONTINUA
Enquanto
Bolsonaro Faz Campanha Contra A Vacinação, Aumenta Em SP O Número De Internação
De Crianças De Até 10 Anos Com Covid
Celeste Silveira 16 de dezembro de
2020
Não me venham tratar a atitude
assassina de Bolsonaro em sua cruzada contra a vacina como questão ideológica,
o nome disso é instinto assassino que, aliás, Bolsonaro nunca escondeu de
ninguém.
O psicopata sempre fez questão de
exaltar, em público, seu instinto perverso e sua atração pela morte dos outros.
Enquanto ontem, para o delírio dos
dementes que o chamam de mito, Bolsonaro declara que não tomará a vacina, chega
a triste notícia de que cresceu o número de crianças de até 10 anos internados
por Covid em São Paulo, o que, consequentemente, revela um quadro idêntico em
todo o país de proporções perigosas, mostrando que, ao contrário do que se
afirmava antes, as crianças não são tão imunes à Covid quanto se imaginava e,
com isso, não estão em lugar seguro diante do instinto assassino do presidente
da República.
Embora as crianças de até dez anos
representem apenas 1,43% do total de internações e 0,31% das mortes por Covid
no país, os especialistas destacam para o fato de eles não estão tão imunes
como foi divulgado anteriormente.
*Da redação
Fonte: https://antropofagista.com.br/
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