SUED E
PROSPERIDADE
09/12/2020
Bombardeado
Por Todos Os Lados, Bolsonaro Recua E Diz Que Vacinação Pode Começar Em
Dezembro
Celeste Silveira 9 de dezembro de
2020
O ministro
da Saúde, Eduardo Pazuello, disse hoje que a vacinação emergencial contra a
covid-19 pode começar ainda em dezembro no país, com doses da vacina da
Pfizer/Biontech. No entanto, o general elencou uma série de condições para que
isso aconteça —todas elas, neste momento, bastante improváveis, o que torna
remota a possibilidade de imunização ainda em 2020.
Em entrevista à CNN Brasil, Pazuello também afirmou que o plano nacional de imunização pode começar entre o fim de janeiro e o início de fevereiro, o que seria uma terceira data diferente sugerida em duas semanas.
Ontem, o ministro falou que o início de uma campanha nacional de vacinação estava previsto para o final de fevereiro, com doses do imunizante desenvolvido pela Universidade de Oxford e pelo laboratório AstraZeneca.
Na semana passada, a expectativa era que
o plano começasse em março, embora o governo não tivesse oficializado uma data.
Para dar a previsão de vacinação emergencial ainda em dezembro, Pazuello considerou a possibilidade de a Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária) conceder uma autorização de urgência para o uso do imunizante.
Ele falou especificamente
sobre a vacina desenvolvida pela Pfizer, a mesma que começou a ser aplicada
ontem no Reino Unido.
“O uso
emergencial pode acontecer agora em dezembro, por exemplo, em hipótese, se nós
tivermos as doses recebidas, se nós fecharmos o contrato com a Pfizer”, disse
Pazuello, em entrevista à CNN Brasil
Se a Pfizer
conseguir autorização emergencial, e se a Pfizer nos adiantar alguma entrega,
isso pode acontecer em janeiro, final de dezembro. Isso em quantidades
pequenas, que são de uso emergencial.
As condições
citadas por Pazuello, porém, são improváveis neste momento. Isso porque:
até agora,
nenhuma vacina fez pedido de uso emergencial para a Anvisa;
o Brasil está em tratativas, mas ainda não concluiu as negociações com a Pfizer
(leia
mais abaixo);
apesar da
negociação, a Pfizer vê como improvável a chance de disponibilizar doses ao
Brasil antes de janeiro (leia mais abaixo).
O ministro lembrou a intenção do governo brasileiro de fechar um contrato com o laboratório Pfizer para receber inicialmente 500 mil doses da vacina.
O imunizante recebeu uma autorização emergencial no Reino Unido no início de dezembro e a vacinação no país foi iniciada ontem para grupos prioritários.
A
vacina também fez pedidos de uso emergencial nos Estados Unidos e na Argentina.
Apesar de
Pazuello falar sobre a vacina da Pfizer, até agora, a grande aposta do governo
brasileiro é a vacina de Oxford, com a qual o país já fechou um acordo de quase
R$ 2 bilhões, que prevê a disponibilização de mais de 100 milhões de doses do
imunizante desenvolvido pelo laboratório AstraZeneca. No país, a produção da
vacina ficará a cargo da Fiocruz (Fundação Oswaldo Cruz), uma instituição
federal.
Pazuello ainda considerou a possibilidade de contar para o PNI (Programa Nacional de Imunização) com a CoronaVac, vacina desenvolvida pelo laboratório chinês Sinovac, em parceria com o Instituto Butantan, que é ligado ao governo paulista.
O imunizante tem sido motivo de discussões entre o governador de São
Paulo, João Doria (PSDB), que anunciou um plano estadual de vacinação para
janeiro, e o presidente Jair Bolsonaro (sem partido).
Vacinação
geral entre janeiro e fevereiro
Sobre o
plano efetivo de imunização, esse feito a partir de um registro definitivo de
vacinas na Anvisa, Pazuello disse que a expectativa agora é iniciar a vacinação
entre o final de janeiro e o início de fevereiro.
“Os
quantitativos dependem da entrega. O que tem de previsão? 15 milhões da
AstraZeneca e 500 mil doses de previsão inicial da Pfizer em janeiro. Em
relação ao Butantan, ainda não tenho o número de disponibilidade em janeiro”,
disse o ministro.
Pazuello assumiu a Saúde de forma interina ainda em maio, após as saídas de Luiz Henrique Mandetta e depois Nelson Teich. O general não tem formação médica e é considerado um especialista em logística.
Em setembro, ele assumiu de forma
definitiva o ministério. O ministro chegou a ficar internado com covid-19, mas
se recuperou.
Vacina da
Pfizer só em janeiro
Apesar da
previsão mais otimista de Pazuello, ontem o presidente da Pfizer Brasil, Carlos
Murillo, afirmou não enxergar mais a possibilidade de o laboratório fornecer
vacinas contra a covid-19 ao Brasil antes de janeiro. Ele falou em vacinar 2
milhões de brasileiros com o imunizante até março de 2021.
Segundo
Murillo, a Pfizer e o governo brasileiro negociam um acordo para a
disponibilização de 70 milhões de doses.
*Com
informações do Uol
CONTINUA:
Bolsonaro
Prova Que Nunca Se Preocupou Com As Pessoas, Muito Menos, Com A Economia Na Pandemia
Celeste Silveira 9 de dezembro de
2020
A violência
negacionista com que Bolsonaro enfrenta a pandemia, se já não tinha uma
explicação lógica ou minimamente racional, piorou ainda mais diante dos olhos
da comunidade científica, do mercado e da população.
Seu ataque
ao Ministério da Saúde, ao isolamento social, ao uso de máscara sempre
caracterizou que Bolsonaro que, em permanente disputa eleitoral, nunca teve
como prioridade salvar a sociedade e, menos ainda, o mercado.
Agora, um
novo ataque à vacina, que é uma questão crucial para a sobrevivência do povo e
da própria economia, Bolsonaro está sendo duramente criticado tanto pelo povo
quanto pelo mercado, porque surpreendentemente, o cavaleiro da morte se mostra
absolutamente indiferente a tudo o que se refere à vida nacional.
Isso não
deveria surpreender ninguém, pois Bolsonaro sempre apoiou a prática dos
torturadores da ditadura, sempre defendeu os criminosos da milícia, chegando
até mesmo a condecorar, mesmo preso, com a maior honraria da Assembleia
Legislativa do Rio, o miliciano chefe do escritório do crime, Adriano da
Nóbrega, morto na Bahia meses atrás.
Se Bolsonaro
já era um pato manco e só permanece presidente, porque o mercado ainda sonha
com os arrochos contra os trabalhadores promovidos por Guedes e com uma dose
cavalar de submissão de militares, da ativa e da reserva, a mensagem que ele
deixa nesse capítulo macabro no dia em que o país volta a registrar o número de
óbitos diários por covid de 840 e o total de quase 180 mil mortos,
Bolsonaro brinca e hostiliza brasileiros enfermos e, com isso, o genocida
estrutural vai provocando uma indignação contra seu governo que só tende a
intensificar daqui por diante.
*Carlos
Henrique Machado Freitas
Fonte: https://antropofagista.com.br/
Nenhum comentário:
Postar um comentário