Procuradores
De Curitiba Acusam Conjur De Fake News E Site Dá Resposta Destruidora
Celeste Silveira 29 de junho de 2020
Imagem do Google
“Eles
[procuradores de Curitiba] que enfrentem investigações e acusações com a
humildade que exigiram das pessoas a quem acusaram”, disparou o site.
O Conjur
respondeu no final da tarde desta segunda (29) ao release da força-tarefa de
Curitiba, que pela manhã acusou o site especializado em notícias do universo
jurídico de ter divulgado fake news contra o núcleo mais midiático da Lava
Jato.
Em editorial, o veículo não só refutou a imputação como colocou os
procuradores em seu devido lugar.
No release,
a turma de Deltan Dallagnol nega que tenha adquirido três equipamentos de
interceptação e organização de gravações telefônicas (Guardião) e sumido com
dois deles.
Também chama de fake news a revelação de que houve fraude na
distribuição de processos em Curitiba.
Em resposta,
o Conjur assegurou que utilizou “fontes fidedignas” para sua reportagem.
“O
site mantém cada palavra do que publicou.
As investigações da
Procuradoria-Geral da República, da Corregedoria do MPF e os processos em curso
no Conselho Nacional do Ministério Público esclarecerão os fatos.”
O Conjur
lembrou que a força-tarefa é que entende “bastante” de fake news.
Como mostrou
a Vaza Jato, a pedido dos procuradores, “agentes públicos lotados na Polícia
Federal e na Receita Federal fabricaram ‘documentos’ supostamente
comprometedores para intimidar os ministros [do STF] que ousavam ‘desobedecer’
às franquias da Lava Jato.”
A turma de
Curitiba é composta, ainda segundo o Conjur, de “difamadores contumazes e
linchadores, [que] acusaram pessoas decentes sem provas.
Tanto nos autos quanto
pelo Instagram e com ajuda de colaboracionistas que, por fim, elegeram a nova
classe política brasileira.
Eles que enfrentem investigações e acusações com a
humildade que exigiram das pessoas a quem acusaram”, defendeu o site.
A
Corregedoria do Ministério Público Federal acolheu nesta segunda (29) o pedido
de Dallagnol para abrir uma sindicância e apurar as circunstâncias da atuação
da subprocuradora Lindôra Araújo na Lava Jato.
Leia a
íntegra do editorial do Conjur:
Explorar a
fome de justiça e a ignorância sempre foi a grande arte dos demagogos e dos
oportunistas. Foi o que fez um grupo de procuradores da República em Curitiba.
Para dar ares de grandiosidade e nobreza a um trabalho que deveria ser sério e
discreto, eles se auto apelidaram “força-tarefa da lava jato”.
Integram-na
juízes, procuradores, policiais federais, auditores fiscais e jornalistas — mas
só os procuradores lhe emprestam rosto.
Na onda da
enganação, inventou-se que processos não deveriam ser identificados com
números, mas com nomes. Inquéritos, dentro dessa empulhação, foram rebatizados
como “operações”.
Esse conjunto de engodos foi cultivado para envolver o grande
público numa espécie de novela. O truque da luta do bem contra o mal. Pura
fantasia.
Em um press
release apócrifo, divulgado no site da Procuradoria da República no Paraná, a
auto apelidada “força-tarefa da lava jato”, com sua arrogância e prepotência
características, afirmou que notícia publicada nesta revista eletrônica é “fake
news”.
Essa
expressão em inglês ganhou força quando o Supremo Tribunal Federal abriu
inquérito para investigar a origem das falsas notícias fabricadas pela
“força-tarefa da lava jato” com o objetivo de emparedar ministros do STF.
O
sistema era simples, mas eficiente.
Donos do monopólio das grandes notícias, os
novos poderosos faziam barganhas com quem quisesse ganhar a manchete do dia.
O
preço, módico, seria publicar falsas imputações contra ministros do Supremo e
seus familiares.
Essa trapaça
envolveu não só a difusão de suposições desonestas.
Agentes públicos lotados na
Polícia Federal e na Receita Federal fabricaram “documentos” supostamente
comprometedores para intimidar os ministros que ousavam “desobedecer” às
franquias da “lava jato”. De fake news, logo se vê, entendem bastante.
Ao saber que
estavam sendo investigados pela Procuradoria-Geral da República, o grupo
resolveu sair do seu recente ostracismo.
Atirando, naturalmente. As pessoas que
se construíram dizendo que ninguém está acima da lei, que tudo deve ser
investigado e divulgado, repentinamente, mudaram de opinião.
Difamadores
contumazes e linchadores, acusaram pessoas decentes sem provas.
Tanto nos autos
quanto pelo Instagram e com ajuda de colaboracionistas que, por fim, elegeram a
nova classe política brasileira.
Eles que enfrentem investigações e acusações
com a humildade que exigiram das pessoas a quem acusaram.
Quem for
investigar as ações desse grupo, poderá se espantar com ousadias como a de
pedir quebra de sigilo de altas autoridades da República pelas partes menos
conhecidas de seus nomes, mas com o CPF certeiro do alvo.
Talvez pessoas
chamadas Rodrigo Felinto ou Davi Samuel Tobelem.
No release
divulgado nesta segunda-feira (29/6), pessoa ou pessoas que se assinam como
“força-tarefa” negam que tenham adquirido equipamentos de interceptação e
organização de gravações telefônicas (Guardião), conforme este site publicou,
com base em fontes fidedignas.
Negam também que tenham fraudado distribuição de
processos em Curitiba.
O site
mantém cada palavra do que publicou.
As investigações da Procuradoria-Geral da
República, da Corregedoria do MPF e os processos em curso no Conselho Nacional
do Ministério Público esclarecerão os fatos.
No que pese a resistência de
Curitiba, que se negou a compartilhar com a PGR os dados que, tão gentilmente,
compartilhou com o governo dos Estados Unidos.
Leia abaixo
a íntegra da nota divulgada pela “lava jato”:
“Diante da
fake news divulgada no site ConJur em 26/06/2020, a força-tarefa de
procuradores do Ministério Público Federal (MPF) no caso Lava Jato informa que
jamais adquiriu o equipamento/sistema Guardião ou qualquer outro equipamento de
interceptação telefônica.
Todas as interceptações telefônicas realizadas no
caso Lava Jato foram autorizadas por decisão judicial e efetivadas
exclusivamente pela Polícia Federal.
Também são
mentirosas uma série de afirmações feitas na matéria publicada, como a de que houve
‘distribuição de processos fraudadas’.
Todas as distribuições dos processos da
Lava Jato em Curitiba são submetidas ao Poder Judiciário e são registradas
eletronicamente por meio do sistema E-proc, da Justiça Federal, e do Sistema
Único, do MPF.
A força-tarefa
repudia a divulgação de informações evidentemente falsas pelo referido
veículo.”
*Com
informações do GGN
CONTINUA
Petrobras
Anuncia PDV Na Transpetro: Privatização E Ataques A Mando De Paulo Guedes
Celeste Silveira 29 de junho de 2020
Imagem do Site
Em meio a
uma pandemia sem precedentes ao menos nos últimos 80 anos, que implica num
implacável nível de pioras absolutas nas qualidades de vida dos mais pobres,
com um aumento exponencial da massa de desempregados, Petrobras anuncia mais um
“Programa de Desligamento Voluntário”,
desta vez exclusivo para a área de transportes
localizada na Transpetro, visando desligar 557 trabalhadores.
Em sua maior
parte, a Petrobras pretende com este PDV, desligar os trabalhadores que estão
incapazes de trabalhar embarcados devido às condições árduas do trabalho nos
navios.
A empresa desumaniza os trabalhadores tratando como peças de uma
máquina, peças que precisam ser trocadas par seguir buscando o lucro.
O setor do
trabalho da frota marítima é estrategicamente o mais atacado em projetos de
privatização, desde o governo Collor até os dias de hoje.
O projeto de entrega do
nosso petróleo para monopólios capitalistas estrangeiros passa diretamente por
entregar o controle marítimo as estes grupos capitalistas de rapina.
A Petrobras
afirma que a medida foi aprovada pelo Conselho de Administração.
Aos olhos dos
gerentes empresariais “mandados” de Paulo Guedes, a empresa espera evitar um
“custo” de R$ 552 milhões até 2025.
Como custo, se referem aos gastos como o
pouco de autonomia que ainda resta à empresa, assim como subsistência dos
trabalhadores, que, com o desligamento, terão os postos de trabalho
transferidos para a área privada, que pratica o trabalho terceirizado, com alta
rotatividade e menos direitos.
Ou seja, o custo são as vidas de centenas de
trabalhadores e famílias, que estarão engrossando os números das estatísticas
de trabalhadores precários, por um lado, e de desempregados e trabalhos
informais por outro.
As demissões
têm previsão para entrarem em vigor em setembro deste ano a julho de 2021.
Com
isso, Bolsonaro e Paulo Guedes avançam no ataque aos trabalhadores no plano de
privatizações em meio à pandemia, e o fazem ainda em um contexto em que o
estado brasileiro, em meio à pandemia, sustenta os sistema financeiro, os
grandes bancos, direcionando a maior parte do seu orçamento para sustentar
estas instituições que só aumentam seus lucros enquanto que à população pobre e
aos desempregados, reservam o trabalho precário, um auxílio emergencial
insuficiente e humilhante devido à dificuldade de acessá-lo, fazendo ainda por
cima piada por cima de uma pilha de cadáveres vítimas da Covid-19.
Frente à
esta situação, a única saída para os trabalhadores é a organização, a exigência
de melhores condições de trabalho na empresa, em especial nos navios, a luta
por uma Petrobras 100% estatal que atenda aos interesses do povo e não do
mercado financeiro.
As riquezas produzidas por esta empresa, se estivesse
colocadas à serviço da população trabalhadora, seriam uma importante arma no
combate à pandemia da Covid-19 e também na conjuntura de crise econômica gerada
pela pandemia com avanço do desemprego e da precarização do trabalho.
É preciso
defender os postos de trabalho defendendo uma lei que proíba as demissões, sem
cortes salariais, e lutando pelo controle operário da produção, única maneira
de fazer a estatal atender as expectativas do povo.
*Com
informações do Esquerda Diário
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