Advogado De
Flávio Manteve Contato Com Adriano Da Nóbrega, Foragido, Diz MP
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O ex-PM
Adriano da Nóbrega, apontado como chefe da milícia Escritório do Crime que foi
morto em operação policial na Bahia em fevereiro, manteve contato com um dos
advogados do senador Flávio Bolsonaro (Republicanos-RJ) enquanto esteve
foragido da Justiça.
Investigações do MP-RJ (Ministério Público do Rio de
Janeiro) sobre suposto esquema de rachadinha apontaram relações da milícia do
Rio com Fabrício Queiroz, ex-assessor de Flávio preso ontem em Atibaia (SP).
De acordo
com mensagens obtidas no celular de Márcia Oliveira Aguiar, mulher de Queiroz,
ela mesma e o advogado Luis Gustavo Botto Maia mantiveram comunicação com
Adriano por meio da mãe dele, Raimunda Veras Magalhães.
Raimunda tinha cargo no
gabinete de Flávio na Alerj (Assembleia Legislativa do Rio).
Botto Maia
foi advogado da campanha de Flávio Bolsonaro ao Senado Federal, em 2018.
Ele é
uma das pessoas que
assina a prestação de contas da campanha de Flávio entregue à Justiça
Eleitoral.
O advogado
também foi alvo da Operação Anjo, que prendeu Queiroz na manhã de ontem.
A
Justiça do Rio autorizou buscas e apreensões em dois endereços ligados a Botto
Maia, que é suspeito de ser cúmplice de integrantes de um esquema de
“rachadinha” supostamente operado por Queiroz com assessores de Flávio na
Alerj.
O suposto
contato de Botto Maia com Adriano da Nóbrega enquanto ele esteve foragido é
citado na decisão do juiz Flávio Itabaiana que determinou a prisão de Queiroz e
de sua mulher, além da apreensão de material em endereços do advogado.
“A mulher de
Fabrício Queiroz [Márcia] e o advogado do ex-deputado estadual Flávio Bolsonaro
[Botto Maia] mantiveram contato com o então foragido da Justiça Adriano da
Nóbrega, por intermédio de sua mãe, Raimunda Veras Magalhães”, escreve o juiz,
baseado no material apresentado a ele pelo MP-RJ (Ministério Público do Rio de
Janeiro).
Encontro de
advogado de Flávio com mãe de Adriano em MG
De acordo
com apuração do MP-RJ, Botto Maia esteve em Astolfo Dutra (MG) entre os dias 3
e 4 de dezembro de 2019.
Lá, ele encontrou-se com Raimunda, mãe de Adriano da
Nóbrega, e com Danielle Mendonça da Costa, viúva do miliciano e também
ex-assessora de Flávio Bolsonaro.
Naquela
época, Adriano da Nóbrega, o Capitão Adriano, já era considerado foragido da
Justiça há quase um ano.
Em janeiro de 2019, ele foi alvo da Operação
Intocáveis, que investigou a milícia atuante na Muzema e Rio das Pedras, na
zona oeste do Rio, mas não foi capturado.
Capitão Adriano
só foi localizado em fevereiro, na Bahia. Uma operação para prendê-lo foi
realizada. Segundo versão da polícia, ele trocou tiros com policiais e foi
morto.
Advogado de Flávio instruiu parentes de milicianos
Ainda
segundo apuração do MP-RJ, Botto Maia instruiu pessoalmente Raimunda e Danielle
sobre os desdobramentos das investigações sobre a “rachadinha” no gabinete de
Flávio quando esteve em Astolfo Dutra.
Em novembro de 2019, o STF (Supremo
Tribunal Federal) julgou um recurso que possibilitou o avanço das
investigações, que até então estavam suspensas.
A
investigação do MP-RJ indica ainda que Botto Maia se reuniu em Atibaia com
Queiroz e o “Anjo”, apelido do advogado Frederick Wassef, antes de ir a Astolfo
Dutra. Wassef também é advogado da família Bolsonaro.
Mensagens
obtidas pelo MP-RJ apontam que o próprio Queiroz recomendou que Raimunda
permanecesse em Minas Gerais, escondida, para evitar que fosse encontrada por
investigadores.
“Também foi
possível verificar que Raimunda Veras Magalhães foi orientada por Fabrício
Queiroz a permanecer escondida, temendo a retomada da investigação após o
julgamento desfavorável do Recurso Extraordinário nº 1.055.941/SP pelo Pleno do
Supremo Tribunal Federal, ocorrido em novembro de 2019”, diz a decisão do juiz
Flávio Itabaiana.
O UOL tenta
contato com Botto Maia desde ontem. O advogado ainda não respondeu a
reportagem.
Frederick
Wassef também foi procurado, mas ainda não se manifestou.
Quando
Capitão Adriano foi morto, Flávio Bolsonaro chegou a dizer em sua conta no
Twitter que ele teria sido “brutalmente assassinado” e pediu investigações
sobre o caso.
“DENÚNCIA!
Acaba de chegar a meu conhecimento que há pessoas acelerando a cremação de
Adriano da Nóbrega para sumir com as evidências de que ele foi brutalmente
assassinado na Bahia. Rogo às autoridades competentes que impeçam isso e
elucidem o que de fato houve.”
Flavio
Bolsonaro (@FlavioBolsonaro) February 12, 2020
*Vinicius
Konchinski/Uol
CONTINUA
Queiroz Era
Monitorado Por Advogado De Bolsonaro; Sequestro?
Celeste Silveira 19 de junho de 2020
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Reportagem
da Globonews nesta quinta-feira (18) trouxe à luz a possibilidade de Fabrício
Queiroz ter sido mantido como refém em cativeiro.
Na reportagem, foi dito que
os próprios policiais que arrombaram as portas da casa onde estava Queiroz,
tinham informação de que era monitorada por homens contratados pelo advogado de
Bolsonaro e que tudo levava a crer, pelo quadro encontrado, que Queiroz não
estava ali por vontade própria.
Os policiais citaram várias vezes a palavra
sequestro.
Para
aumentar ainda mais essa desconfiança, Bolsonaro quando citou em live a prisão
de Queiroz, falou de maneira como quem tinha controle do que estava acontecendo
com Queiroz esse tempo todo, deixando mais evidente a desconfiança dos
policiais que participaram da operação que prendeu Queiroz.
Com a
matéria da Folha, que segue abaixo, de Camila Mattoso e Italo Nogueira, essa
possibilidade de sequestro ganha tinta ainda mais forte:
Folha –
Ministério Público diz que ex-assessor de Flávio tinha restrição de
movimentação imposta por Frederick Wassef.
O policial
militar aposentado Fabrício Queiroz, ex-assessor do senador Flávio Bolsonaro
preso nesta quinta-feira (18), era monitorado e sofria restrições de
movimentação impostas pelo advogado Frederick Wassef, indicam mensagens
apreendidas pelo Ministério Público do Rio de Janeiro.
Os
promotores que pediram a prisão de Queiroz afirmam que o ex-assessor buscava
omitir de Wassef, também advogado do presidente Jair Bolsonaro, as saídas que
fazia do imóvel onde morou nos últimos meses em Atibaia, de propriedade do
advogado.
O MP-RJ diz
ainda que o ex-assessor e seus familiares desligavam seus telefones quando se
aproximavam da casa, a fim de evitar eventual monitoramento das autoridades
policiais.
Queiroz foi
preso sob suspeita de atrapalhar as investigações do MP-RJ sobre a suposta
“rachadinha” no antigo gabinete de Flávio na Assembleia Legislativa.
Ele é
apontado como operador financeiro do esquema, cuja finalidade seria beneficiar
o próprio senador.
Mensagens
datadas de outubro de 2019 mostram a mulher de Queiroz pedindo à filha para
informar a uma mulher identificada como Ana que o casal está a caminho de São
Paulo.
A mulher responde: “Pode ficar tranquila que não falo nada não”.
Em outro
áudio, Ana afirma, segundo os promotores, que não comentou com “Anjo” sobre a
viagem do casal. Para o MP-RJ, o apelido é referência a Wassef.
Outras
mensagens mostram Queiroz explicando que precisa desligar o telefone ao se
aproximar da casa de Wassef. “A gente vai ter que desligar o telefone, daqui a
pouco a gente vai entrar na nossa área”, disse Queiroz num áudio de julho de
2019.
Em agosto,
outro áudio indica o procedimento adotado.
“Se tiver
alguma coisa pra falar, fala por aqui [telefone de Márcia, mulher de Queiroz]
ou por aquele telefone que tá com minha filha, tá bom? Quando eu entro na
cidade em que eu tô, eu desligo os telefones”, disse Queiroz a um homem
identificado como Heyder.
Os diálogos
indicam ainda que Wassef cogitou levar toda a família de Queiroz para Atibaia
após a derrota no STF (Supremo Tribunal Federal) no julgamento sobre o
compartilhamento de informações financeiras detalhadas em relatórios do Coaf.
“[Wassef
está] Querendo mandar para todos [sic] para São Paulo se a gente não ganhar”,
disse Queiroz em 24 de novembro de 2019 para a mulher, Márcia Aguiar.
O julgamento
sobre o compartilhamento de dados do Coaf começou no dia 21 de novembro e se
encerrou no dia 28.
Na ocasião,
a mulher considerou a intenção um exagero. “Mais [sic] só se estivéssemos com
prisão decretada. Sabe que isso será impossível, né?”, disse ela.
A presença
de Queiroz na casa de Wassef contrariou todo o discurso do advogado e da
família presidencial ao longo de um ano e meio, segundo o qual não havia mais
contato entre os Bolsonaro e o ex-assessor de Flávio.
O senador
chegou a dizer que um eventual contato entre os dois poderia ser interpretado
como obstrução de Justiça.
Queiroz é
apontado pelo MP-RJ como operador financeiro da suposta “rachadinha” no antigo
gabinete de Flávio na Assembleia, onde ele exerceu mandato de deputado estadual
entre fevereiro de 2003 e janeiro 2019.
A
“rachadinha” é a prática de recolhimento de parte dos salários de assessores de
um gabinete para fins diversos.
No caso do filho do presidente, a suspeita é de
que o senador era o beneficiário final da maior parte dos valores.
Investigadores
identificaram o costume de pagamento de despesas pessoais do senador com
dinheiro vivo.
O MP-RJ identificou, por exemplo, que Queiroz foi o responsável
por quitar boletos de mensalidade escolar das filhas do senador em outubro
deste ano.
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