sexta-feira, 19 de junho de 2020

Advogado De Flávio Manteve Contato Com Adriano Da Nóbrega, Foragido, Diz MP

Advogado De Flávio Manteve Contato Com Adriano Da Nóbrega, Foragido, Diz MP

Celeste Silveira 19 de junho de 2020 

Queiroz demitiu ex-mulher do chefe do Escritório do Crime para ...
Imagem do Google

O ex-PM Adriano da Nóbrega, apontado como chefe da milícia Escritório do Crime que foi morto em operação policial na Bahia em fevereiro, manteve contato com um dos advogados do senador Flávio Bolsonaro (Republicanos-RJ) enquanto esteve foragido da Justiça. 

Investigações do MP-RJ (Ministério Público do Rio de Janeiro) sobre suposto esquema de rachadinha apontaram relações da milícia do Rio com Fabrício Queiroz, ex-assessor de Flávio preso ontem em Atibaia (SP).

De acordo com mensagens obtidas no celular de Márcia Oliveira Aguiar, mulher de Queiroz, ela mesma e o advogado Luis Gustavo Botto Maia mantiveram comunicação com Adriano por meio da mãe dele, Raimunda Veras Magalhães.

 Raimunda tinha cargo no gabinete de Flávio na Alerj (Assembleia Legislativa do Rio).

Botto Maia foi advogado da campanha de Flávio Bolsonaro ao Senado Federal, em 2018. 

Ele é uma das pessoas que assina a prestação de contas da campanha de Flávio entregue à Justiça Eleitoral.

O advogado também foi alvo da Operação Anjo, que prendeu Queiroz na manhã de ontem. 

A Justiça do Rio autorizou buscas e apreensões em dois endereços ligados a Botto Maia, que é suspeito de ser cúmplice de integrantes de um esquema de “rachadinha” supostamente operado por Queiroz com assessores de Flávio na Alerj.

O suposto contato de Botto Maia com Adriano da Nóbrega enquanto ele esteve foragido é citado na decisão do juiz Flávio Itabaiana que determinou a prisão de Queiroz e de sua mulher, além da apreensão de material em endereços do advogado.

“A mulher de Fabrício Queiroz [Márcia] e o advogado do ex-deputado estadual Flávio Bolsonaro [Botto Maia] mantiveram contato com o então foragido da Justiça Adriano da Nóbrega, por intermédio de sua mãe, Raimunda Veras Magalhães”, escreve o juiz, baseado no material apresentado a ele pelo MP-RJ (Ministério Público do Rio de Janeiro).

Encontro de advogado de Flávio com mãe de Adriano em MG

De acordo com apuração do MP-RJ, Botto Maia esteve em Astolfo Dutra (MG) entre os dias 3 e 4 de dezembro de 2019.

 Lá, ele encontrou-se com Raimunda, mãe de Adriano da Nóbrega, e com Danielle Mendonça da Costa, viúva do miliciano e também ex-assessora de Flávio Bolsonaro.

Naquela época, Adriano da Nóbrega, o Capitão Adriano, já era considerado foragido da Justiça há quase um ano. 
Em janeiro de 2019, ele foi alvo da Operação Intocáveis, que investigou a milícia atuante na Muzema e Rio das Pedras, na zona oeste do Rio, mas não foi capturado.

Capitão Adriano só foi localizado em fevereiro, na Bahia. Uma operação para prendê-lo foi realizada. Segundo versão da polícia, ele trocou tiros com policiais e foi morto.


Advogado de Flávio instruiu parentes de milicianos


Ainda segundo apuração do MP-RJ, Botto Maia instruiu pessoalmente Raimunda e Danielle sobre os desdobramentos das investigações sobre a “rachadinha” no gabinete de Flávio quando esteve em Astolfo Dutra. 

Em novembro de 2019, o STF (Supremo Tribunal Federal) julgou um recurso que possibilitou o avanço das investigações, que até então estavam suspensas.

A investigação do MP-RJ indica ainda que Botto Maia se reuniu em Atibaia com Queiroz e o “Anjo”, apelido do advogado Frederick Wassef, antes de ir a Astolfo Dutra. Wassef também é advogado da família Bolsonaro.

Mensagens obtidas pelo MP-RJ apontam que o próprio Queiroz recomendou que Raimunda permanecesse em Minas Gerais, escondida, para evitar que fosse encontrada por investigadores.

“Também foi possível verificar que Raimunda Veras Magalhães foi orientada por Fabrício Queiroz a permanecer escondida, temendo a retomada da investigação após o julgamento desfavorável do Recurso Extraordinário nº 1.055.941/SP pelo Pleno do Supremo Tribunal Federal, ocorrido em novembro de 2019”, diz a decisão do juiz Flávio Itabaiana.

O UOL tenta contato com Botto Maia desde ontem. O advogado ainda não respondeu a reportagem.

Frederick Wassef também foi procurado, mas ainda não se manifestou.

Quando Capitão Adriano foi morto, Flávio Bolsonaro chegou a dizer em sua conta no Twitter que ele teria sido “brutalmente assassinado” e pediu investigações sobre o caso.
“DENÚNCIA! Acaba de chegar a meu conhecimento que há pessoas acelerando a cremação de Adriano da Nóbrega para sumir com as evidências de que ele foi brutalmente assassinado na Bahia. Rogo às autoridades competentes que impeçam isso e elucidem o que de fato houve.”
Flavio Bolsonaro (@FlavioBolsonaro) February 12, 2020

*Vinicius Konchinski/Uol

CONTINUA
Queiroz Era Monitorado Por Advogado De Bolsonaro; Sequestro?


Celeste Silveira 19 de junho de 2020 

Imagem do Site

Reportagem da Globonews nesta quinta-feira (18) trouxe à luz a possibilidade de Fabrício Queiroz ter sido mantido como refém em cativeiro. 

Na reportagem, foi dito que os próprios policiais que arrombaram as portas da casa onde estava Queiroz, tinham informação de que era monitorada por homens contratados pelo advogado de Bolsonaro e que tudo levava a crer, pelo quadro encontrado, que Queiroz não estava ali por vontade própria. 

Os policiais citaram várias vezes a palavra sequestro.

Para aumentar ainda mais essa desconfiança, Bolsonaro quando citou em live a prisão de Queiroz, falou de maneira como quem tinha controle do que estava acontecendo com Queiroz esse tempo todo, deixando mais evidente a desconfiança dos policiais que participaram da operação que prendeu Queiroz.

Com a matéria da Folha, que segue abaixo, de Camila Mattoso e Italo Nogueira, essa possibilidade de sequestro ganha tinta ainda mais forte:

Folha – Ministério Público diz que ex-assessor de Flávio tinha restrição de movimentação imposta por Frederick Wassef.

O policial militar aposentado Fabrício Queiroz, ex-assessor do senador Flávio Bolsonaro preso nesta quinta-feira (18), era monitorado e sofria restrições de movimentação impostas pelo advogado Frederick Wassef, indicam mensagens apreendidas pelo Ministério Público do Rio de Janeiro.

Os promotores que pediram a prisão de Queiroz afirmam que o ex-assessor buscava omitir de Wassef, também advogado do presidente Jair Bolsonaro, as saídas que fazia do imóvel onde morou nos últimos meses em Atibaia, de propriedade do advogado.

O MP-RJ diz ainda que o ex-assessor e seus familiares desligavam seus telefones quando se aproximavam da casa, a fim de evitar eventual monitoramento das autoridades policiais.

Queiroz foi preso sob suspeita de atrapalhar as investigações do MP-RJ sobre a suposta “rachadinha” no antigo gabinete de Flávio na Assembleia Legislativa. 

Ele é apontado como operador financeiro do esquema, cuja finalidade seria beneficiar o próprio senador.

Mensagens datadas de outubro de 2019 mostram a mulher de Queiroz pedindo à filha para informar a uma mulher identificada como Ana que o casal está a caminho de São Paulo. 

A mulher responde: “Pode ficar tranquila que não falo nada não”.

Em outro áudio, Ana afirma, segundo os promotores, que não comentou com “Anjo” sobre a viagem do casal. Para o MP-RJ, o apelido é referência a Wassef.

Outras mensagens mostram Queiroz explicando que precisa desligar o telefone ao se aproximar da casa de Wassef. “A gente vai ter que desligar o telefone, daqui a pouco a gente vai entrar na nossa área”, disse Queiroz num áudio de julho de 2019.

Em agosto, outro áudio indica o procedimento adotado.

“Se tiver alguma coisa pra falar, fala por aqui [telefone de Márcia, mulher de Queiroz] ou por aquele telefone que tá com minha filha, tá bom? Quando eu entro na cidade em que eu tô, eu desligo os telefones”, disse Queiroz a um homem identificado como Heyder.

Os diálogos indicam ainda que Wassef cogitou levar toda a família de Queiroz para Atibaia após a derrota no STF (Supremo Tribunal Federal) no julgamento sobre o compartilhamento de informações financeiras detalhadas em relatórios do Coaf.

“[Wassef está] Querendo mandar para todos [sic] para São Paulo se a gente não ganhar”, disse Queiroz em 24 de novembro de 2019 para a mulher, Márcia Aguiar.

O julgamento sobre o compartilhamento de dados do Coaf começou no dia 21 de novembro e se encerrou no dia 28.

Na ocasião, a mulher considerou a intenção um exagero. “Mais [sic] só se estivéssemos com prisão decretada. Sabe que isso será impossível, né?”, disse ela.

A presença de Queiroz na casa de Wassef contrariou todo o discurso do advogado e da família presidencial ao longo de um ano e meio, segundo o qual não havia mais contato entre os Bolsonaro e o ex-assessor de Flávio.

O senador chegou a dizer que um eventual contato entre os dois poderia ser interpretado como obstrução de Justiça.

Queiroz é apontado pelo MP-RJ como operador financeiro da suposta “rachadinha” no antigo gabinete de Flávio na Assembleia, onde ele exerceu mandato de deputado estadual entre fevereiro de 2003 e janeiro 2019.

A “rachadinha” é a prática de recolhimento de parte dos salários de assessores de um gabinete para fins diversos. 

No caso do filho do presidente, a suspeita é de que o senador era o beneficiário final da maior parte dos valores.

Investigadores identificaram o costume de pagamento de despesas pessoais do senador com dinheiro vivo. 

O MP-RJ identificou, por exemplo, que Queiroz foi o responsável por quitar boletos de mensalidade escolar das filhas do senador em outubro deste ano.




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