Casa só com
‘mãe e avó’ é ‘fábrica de desajustados’ para tráfico, diz vice de Bolsonaro
3 hours ago18/09/2018
O general da
reserva Hamilton Mourão (PRTB), vice na chapa de Jair Bolsonaro (PSL) à
Presidência, afirmou nesta segunda (17)
que famílias pobres “sem pai e avô, mas
com mãe e avó” são “fábricas de desajustados” que fornecem mão de obra ao
narcotráfico.
Ele desfiava
uma teoria correlacionando o que considera dissolução da família nuclear por
defensores de “agendas particulares que tentam impor ao conjunto da sociedade”.
Não foi explícito, mas seu argumento é análogo ao utilizado pelos críticos da
união homossexual.
Segundo o
general da reserva, a sociedade no mundo todo vive uma crise de costumes.
Particularizou então o caso brasileiro.
“A partir do momento em que a família é
dissociada, surgem os problemas sociais.
Atacam eminentemente nas áreas
carentes, onde não há pai e avô, é mãe e avó.
E, por isso, torna-se realmente
uma fábrica de elementos desajustados que tendem a ingressar nessas
narco-quadrilhas”.
Mourão
pregou então investimentos em saúde, segurança e infraestrutura do Estado, para
combater a presença do crime nas favelas.
Ele fez as considerações para uma
plateia francamente simpática, a julgar pelas perguntas e manifestações da
plateia, na seção paulista do Secovi, o sindicado do mercado imobiliário.
Se polícia
age como polícia, é criticada. Direitos humanos são para os humanos direitos”,
disse, sendo aplaudido.
Ele defendeu o controle eletrônico de pontos de
fronteira para tentar deter o tráfico, além do investimento em tecnologia.
Transitando
pelo politicamente incorreto, criticou a política externa dos anos Luiz Inácio
Lula da Silva (PT, 2003-10).
“Nós nos ligamos com toda a mulambada, me perdoem
o termo, do lado de lá e de cá do oceano na diplomacia Sul-Sul”, disse.
Citou então
os casos de suspeitas de corrupção em financiamentos brasileiros a projetos na
África e na América Latina, um dos eixos da política Sul-Sul apregoada pelo
então chanceler Celso Amorim, que buscava alternativas políticas e econômicas
às parcerias tradicionais com EUA e Europa.
Questionado
posteriormente sobre o termo usado, disse que só havia dito “para o auditório
ficar satisfeito”.
Tocando
violino para a audiência, fez uma defesa do livre mercado, da redução ou
simplificação da carga tributária, da necessidade da reforma previdenciária e
da “implementação da trabalhista, que tem gente que é contra”. “Compete ao
governo ser indutor, dar marcos regulatórios”, afirmou.
Para ele, o
Brasil é um “cavalo para saltar 1,80 m”, mas está “todo amarrado, só consegue
saltar 0,70m”.
Defendeu o ajuste fiscal baseado no corte de gastos e regulação.
“Agências reguladoras são boas. Mas a macacada vai lá e faz cabide de emprego.
Vamos pôr gente com mandato.”
“É preciso
projeto para dar segurança ao investidor. Haverá então lucro, reinvestimento e
empregos”, disse, pregando investimento em infraestrutura.
“Querermos estradas
alemãs, não com o padrão da República Centro-Africana, me desculpem os irmãos
de lá. Temos de priorizar as áreas mais importantes”, afirmou.
No comércio
exterior, defendeu a redução da Tarifa Externa Comum do Mercosul.
“Vamos
aproveitar que a Venezuela [Estado associado ao bloco] já foi pro saco e
discutir isso com os membros efetivos”, disse.
Para Mourão,
o refino e a distribuição da Petrobras podem ser vendidos, mas relativizou a
demanda privatista.
“Tem de privatizar o que tem de ser privatizado”, disse,
afirmando que o problema maior da petroleira é a corrupção.
(…)
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que estive muito doente, graças a Deus agora estou bem, e continuo na luta para
eleger Haddad nosso presidente seguindo indicação do nosso querido Lula.
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