SUED E PROSPERIDADE
31/07/2021
O Que Sobrou
Do Bolsonarismo Foram
Ratinho, Sikêra Jr E Roberto Jefferson
Carlos Henrique Machado 31 de
julho de 2021
Em última análise, Bolsonaro hoje
conta com uma tríade emblemática, um camundongo, um porco capado e um ovoide
como os apoios mais substanciais.
Ninguém pode também desprezar o
tratamento papal que Aras dá a Bolsonaro. Na verdade, ao contrário do que se diz
por aí, ninguém representa de forma tão fidedigna o que virou o Ministério
Público nesse país nos últimos anos.
Figuras como Roberto Gurgel, Rodrigo
Janot, Raquel Dodge, traduzem com precisão como o MP se transformou nisso que
aí está, sobretudo durante a Lava Jato que pariu a sua melhor definição,
Augusto Aras.
Sim, porque ninguém pode simplesmente
diante desses quatro nomes culpar um a um pela tragédia em que se transformou o
MP. Claro, a instituição está totalmente apodrecida, com pinçadas e honrosas
exceções.
Isso mostra o que o excesso de poder
dado a uma determinada gleba, como ocorreu na constituição de 1988 na busca por
fortalecer a defesa da sociedade, capturada pelas classes dominantes,
transformou-se em um monstro contra a própria sociedade.
Ainda assim, nada se compara ao vigor
da sociedade que pode entrar em choque, muitas vezes provocado pela manipulação
da informação, aliás, coisa muito comum no país, mas que, aos poucos, se
reagrupa e, a partir de uma determinação cultural desenvolvida por ela própria,
acha o caminho que a devolve a um pensamento civilizatório.
Quando se olha a limitação em que
Bolsonaro se encontra, dependendo dessas três figuras acima citadas, naquilo
que se pode classificar como os menores seres de uma sociedade, tem-se a
dimensão do apocalipse vivido por Bolsonaro, o que não deixa de ser uma grande
vitória da sociedade, a mesma que, espera-se repudiar com veemência a proposta
de Barroso do tal semipresidencialismo que tem como objetivo tirar qualquer
peso da opinião pública e a escolha de um presidente da República, deixando
essa tarefa livre, leve e solta para a oligarquia.
Aí sim, a oligarquia, de acordo com
seus interesses, sempre frontalmente contrários aos da sociedade, colocar seus
representantes no poder máximo para se beneficiar do Estado que, secularmente,
ano após ano, construiu a desigualdade que aí está.
Aliás, foi justamente por interromper
ao menos parte desse processo com inúmeras políticas públicas em benefício da
imensa maior parte do povo brasileiro, que Dilma foi arrancada da presidência e
Lula foi preso.
E Bolsonaro, lógico, é a imagem desse
estratagema quando, para atingir seus objetivos, as classes dominantes
utilizaram os mais baixos artifícios de uma guerra híbrida tratando, não
simplesmente o PT, Lula e Dilma como inimigos, mas a sociedade, sobretudo os
trabalhadores, principalmente os mais pobres, as classes mais beneficiadas
pelas políticas dos governos do PT.
Agora, que essa figura espúria
chamada Bolsonaro vive seu inferno definitivo, assim como viveu o sabotador,
vigarista e traiçoeiro, Temer, Bolsonaro se agarra a essas três figuras como
seus últimos recursos para se manter no poder como quem implora de joelhos ao
popularesco que se mistura dentro de um mesmo esgoto para tentar algum respiro
antes de atingir o ápice de sua tragédia pessoal e ser escarrado da cadeira da
presidência.
CONTINUA
Gilmar Mendes A Bolsonaro: ‘Vamos
Parar De Conversa Fiada’
Celeste Silveira 31 de julho de 2021
O ministro do Supremo Tribunal
Federal (STF) Gilmar Mendes criticou o posicionamento de Jair Bolsonaro a favor
do voto impresso e as ameaças feitas por ele de que, sem este tipo de votação,
o país não terá eleições em 2022.
“Vamos parar um pouco de conversa
fiada”, disse o magistrado, que participou de uma live promovida pelo site
Consultor Jurídico nesta sexta-feira (30). “Claro que todos nós somos a favor
da auditabilidade da urna, queremos que a urna seja auditável – e ela é
auditável”, acrescentou
Em live na quinta-feira (29),
Bolsonaro admitiu a falta de consistência de suas críticas sobre a lisura do
sistema eleitoral brasileiro. “Não temos prova” sobre fraudes em eleições
anteriores, confessou.
O ministro do STF destacou que, no
dia anterior às eleições os tribunais escolhem urnas aleatórias entre as seções
eleitorais e fazem uma simulação de votação com os partidos presentes.
“E os partidos, a rigor, às vezes nem
comparecem a todos esses eventos, pois consideram que de fato o sistema
funciona bem. O que nós podemos ter e devemos melhorar é o controle de recursos
e de dinheiro, no abuso de poder econômico”, disse Gilmar, que presidiu o TSE
em duas oportunidades, em 2006 e entre 2016 e 2018.
Também na sexta, o presidente da
Câmara dos Deputados, Arthur Lira (PP-AL), que participou do evento junto com o
ministro, disse acreditar em pouca possibilidade de aprovação da PEC do Voto
Impresso na Casa. “A questão do voto impresso está tramitando na comissão
especial, o resultado da comissão impactará se esse assunto vem ao plenário ou
não. Na minha visão, tudo indica que não”, afirmou.
*Com informações do 247
Fonte: https://antropofagista.com.br/