CORRUPÇÃO NO STF
Gilmar Mendes aparece na Lista de Furnas
Segunda-feira 21 de novembro de 2016| Edição do dia
Atualizado em 12/01/2017
Faz parte da Lista de Furnas, que contém beneficiários do
esquema de corrupção e lavagem de dinheiro que ocorreu em 2000, o nome de
Gilmar Mendes, ministro do Supremo Tribunal Federal.
No entanto, há pelo menos
um ano, a lista foi engavetada pelo procurador Geral da República Rodrigo
Janot.
A lista é conhecida desde 2012, mas até agora não foi investigada, um
dos motivos é justamente o nome de Gilmar Mendes, que teria recebido por volta
de R$ 185 mil, enquanto atuava na Advocacia Geral da União no governo tucano de
Fernando Henrique Cardoso.
Na lista, confirmada e citada diversas vezes na delação da
Lava Jato, está o nome de Aécio Neves (PSDB). Porém, Janot não pode aceitar a
denúncia contra Aécio, já que, aceitando-a, torna a Lista de Furnas como prova,
colocando Gilmar Mendes também como possível réu.
Com a instabilidade e queda
de diversos ministros do governo Temer, a proteção aos aliados se torna uma
necessidade extrema.
O surgimento do nome de Gilmar na lista mostra como o
judiciário não é neutro, preservando os interesses da classe dominante,
tentando manter a governabilidade do país. Sérgio Moro é um exemplo, quando se
perdeu ao dizer que não há influência ou motivação partidária nas investigações
da Lava Jato.
O favorecimento ao PSDB é nítido, quando Aécio Neves, citado em
cinco delações, continua ileso e sem ameaça de se tornar réu.
Gilmar Mendes, acima de tudo, pretende preservar o PSDB para
as eleições de 2018, pois alguns partidos estarão enfraquecidos na disputa
(como o PT).
Com o governo golpista de Temer instável e desagradando banqueiros
e empresários, os tucanos pretendem se colocar como alternativa para
implementar os ataques contra os trabalhadores.
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