TEMER TENTOU
OBSTRUIR A JUSTIÇA EM COMPRA DE SILÊNCIO DE CUNHA, DIZ PF
Por Redação
Click Política Em 13 jun, 2018
O relatório
final da Polícia Federal referente a Operação Cui Bono, que investiga
irregularidades e desvios na Caixa Econômica Federal na época em que o
ex-ministro Geddel Vieira Lima era vice-presidente de Pessoa Jurídica da
instituição,
dedica um capítulo inteiro à suspeita de tentativa da compra do
silêncio do ex-presidente da Câmara dos Deputados Eduardo Câmara e do doleiro
Lúcio Funaro, apontado como operador de propinas do MDB, por parte de Michel
Temer.
“Segundo o
relatório, ‘no edifício probatório dos autos do inquérito 4483/STF’, da
Operação Patmos, ‘foram verificados indícios suficientes de materialidade e
autoria atribuível a Michel Miguel Elias Temer Lulia, Presidente da República,
no delito previsto no Artigo 2.º, inciso 1, da 12.850/13, por embaraçar
investigação de infração penal praticada por organização criminosa'”, diz o
documento.
No inquérito,
a PF pediu o indiciamento de 16 pessoas suspeitas de terem participado das
irregularidades investigadas, dentre elas Cunha, o ex-ministro Geddel Vieira
Lima (MDB-BA), Lúcio Funaro, e executivos dos grupos Marfrig, Bertin e J&F,
além do empresário e dono da Gol Linhas Aéreas, Henrique Constantino.
Temer é
apenas citado no inquérito em virtude de possuir foro privilegiado.
Segundo a
PF, Temer teria incorrido no crime de obstrução da Justiça “na medida em que
incentivou a manutenção de pagamentos ilegítimos a Eduardo Cunha, pelo
empresário Joesley Batista, ao tempo em que deixou de comunicar autoridades
competentes de suposta corrupção de membros da Magistratura Federal e do
Ministério Público Federal que lhe fora narrada pelo mesmo empresário”.
Trecho do
relatório diz respeito a uma gravação feita por Joesley Batista no dia 7 de
março de 2017 durante um encontro com Temer no Palácio do Jaburu, em Brasília.
No áudio, Joesley fala de providenciar uma ajuda financeira a Cunha e a Funaro
para que eles não firmassem um acordo de delação com o Ministério Público
Federal (MPF).
Na ocasião, Temer teria avalizado o pagamento ao afirmar que o
empresário “tem que manter isso, viu?”.
Temer já foi
alvo de duas denúncias da Procuradoria-Geral da República (PGR) que acabaram
arquivadas pela Câmara dos Deputados.
CLICK
POLÍTICA com informações de brasil247
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