E AGORA
MORO? Tema Central Do Depoimento De Tacla Duran Versará Sobre O “Esquema De
Propina Na Lava Jato”
Por Redação
Click Política Em 4 jun, 2018
O tema
central do depoimento do ex-consultor Rodrigo Tacla Duran, ex-advogado da
Odebrecht, será sobre os bastidores da Operação Lava Jato e informações
relacionadas a esquemas de pagamento de propina em troca de melhorias em
delações premiadas negociadas em Curitiba.
Duran será ouvido por meio de
videoconferência, pois mora na Espanha, em audiência pública, que acontece
nesta-terça-feira (5), a partir das 10 horas, pela Comissão de Direitos Humanos
e Minorias da Câmara dos Deputados.
“Ele possui
diversas informações relevantes sobre a Operação Lava Jato e, por isso, deve
ser ouvido nas instâncias adequadas e responsáveis pelo processo.
Porém, por
causa de diversas negativas injustificadas, teve violado o direito ao devido
processo legal, além da garantia ao contraditório e da ampla defesa”, afirmou o
deputado Wadih Damous (PT-RJ), autor do requerimento para a Comissão ouvir o
advogado em audiência pública.
Tacla Duran
chegou a ser arrolado como testemunha de defesa do ex-presidente Lula, mas os
pedidos têm sido negados pelo juiz Sergio Moro.
Os advogados de defesa
solicitaram que Duran prestasse depoimento no âmbito do incidente de falsidade
de documentos por parte da Odebrecht, no contexto da Lava Jato.
Para o líder
do PT na Câmara, Paulo Pimenta (RS), se trata de mais um absurdo autoritarismo
de Moro contra Lula.
“É um processo extremamente importante para o País, pois
envolve um ex-presidente da República que lidera todas as pesquisas para a
Presidência da República e foi condenado como preso político, pois não há
nenhuma prova nos processos que justifiquem sua condenação”.
Documentos
Em dois
depoimentos, um à CPI da JBS e outro à defesa do ex-presidente Lula, Tacla
Duran mostrou documentos que não conferem com os que teriam sido obtidos no
sistema eletrônico de contabilidade da Odebrecht.
Entretanto, colocou em xeque
a veracidade de provas apresentadas pela Odebrecht a partir dos sistemas
Drousys e MyWebDay – muito usado pela Lava Jato.
Essa diferença mostra que pode
ter havido alteração nos documentos.
Duran submeteu esses documentos a uma
perícia na Espanha e a autenticidade foi atestada.
A Polícia Federal no Brasil,
no entanto, não fez perícia.
O advogado
disse, ainda, que um amigo e padrinho de casamento de Moro, o advogado Carlos
Zucolotto (ex-sócio de Rosângela Wolff Moro, esposa de Sergio Moro) teria
cobrado mais de 5 milhões de dólares “por fora” para “melhorar” o acordo de
delação de Duran com os procuradores da Lava Jato liderados por Deltan
Dallagnol.
Durán detalha uma série de irregularidades que envolvem
procedimentos adotados por procuradores, juízes, empresas e delatores na
chamada Operação Lava Jato.
Há seis
meses, os deputados Paulo Pimenta, Wadih Damous e Paulo Teixeira (PT-SP)
cobraram da Procuradoria-Geral da República (PGR) investigação das denúncias
feitas por Duran contra a Lava Jato.
A procuradora-geral, Raquel Dodge,
prometeu tomar providências, mas até agora, nenhuma explicação foi dada.
Com
informações do PT na Câmara
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