PF atribui lavagem de dinheiro e associação criminosa a
Geddel e Lúcio por bunker dos R$ 51 mi
Estadão Luiz Vassallo, Fábio Serapião e Beatriz Bulla
7 horas
atrás 28/11/2017
A Polícia Federal atribuiu ao ex-ministro Geddel
Vieira Lima (PMDB) e ao deputado federal Lúcio
Vieira Lima (PMDB), os crimes de associação criminosa e lavagem de
dinheiro, em relatório conclusivo sobre o bunker dos R$ 51 milhões, descoberto
no âmbito da Operação
Tesouro Perdido.
A PF ainda atribuiu os crimes a Marluce Quadros Vieira Lima,
mãe dos irmãos peemedebistas, Job Ribeiro Brandão, homem de confiança da
família e Gustavo Pedreira do Couto Ferraz, ex-diretor da Defesa Civil de
Salvador apontado como operador de Geddel.
Segundo o delegado Marlon Oliveira Cajado dos Santos, que
assina o documento, eles 'estiveram unidos em unidade de desígnios para a
prática de crimes de lavagem de dinheiro, seja pelo ocultamento no apartamento
de Marluce Quadros Vieira Lima, seja pelo ocultamento no apartamento da Rua
Barão de Loreto, Graça, Salvador/BA, de recursos financeiros em espécie oriundos
atividades ilícitas praticadas contra a Caixa Econômica Federal
(corrupção de
GEDDEL), apropriação indevida de recursos da Câmara dos Deputados por desvios
de salários de Secretários Parlamentares (Peculato), Caixa 02 em Campanhas
Eleitorais (Art. 350 do Côdigo Eleitoral), possível participação de Lúcio
Vieira Lima em ilicitudes relacionadas a medidas legislativas e da
participação de GEDDEL VIEIRA LIMA em Organização Criminosa' descrita no
inquérito do Quadrilhão do PMDB na Câmara.
Bunker. A Operação Tesouro Perdido partiu de uma denúncia
anônima por telefone no dia 14 de julho
de 2017.
O apartamento em Salvador
aonde foram encontrados os R$ 51 milhões pertence ao empresário Silvio Antonio
Cabral Silveira, que admitiu às autoridades que emprestou o imóvel ao irmão de
Geddel, o deputado Lúcio Vieira Lima (PMDB), a pretexto de guardar bens do pai
do peemedebista, já falecido.
Na montanha de notas de R$ 100 e R$ 50 encontrada no
apartamento, há marcas dos dedos do ex-ministro, de seu aliado Gustavo Pedreira
Couto Ferraz, ex-diretor da Defesa Civil de Salvador, do assessor de Lúcio, Job
Ribeiro Brandão, além de uma fatura com o pagamento da empregada do
parlamentar.
No âmbito das investigações, Job resolveu colaborar com as
investigações e tem feito tratativas para firmar delação premiada e seus
depoimentos agravaram a situação dos peemedebistas perante a Justiça.
Ele disse que devolvia 80% de seu salário aos irmãos, além
de contar e guardar dinheiro vivo em grandes quantidades para o ex-ministro e o
deputado federal.
O homem de confiança dos peemedebistas foi preso no dia 16
de outubro, mesma data em que o gabinete de Lúcio Vieira Lima (PMDB-BA) foi
alvo de busca
e apreensão.
COM A PALAVRA, GEDDEL
A reportagem entrou em contato com a defesa do peemedebista.
O espaço está aberto para manifestação.
COM A PALAVRA, LÚCIO
A reportagem entrou em contato com a assessoria do
deputado. O espaço está aberto para manifestação.
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