GLOBO SE VOLTA CONTRA O SUJEITO QUE COLOCOU NO PODER
Em reportagem intitulada "Temer perdeu as
estribeiras", publicada na edição deste fim de semana, a revista Época diz
que o peemedebista, "primeiro presidente da República denunciado por
corrupção no cargo e enfraquecido politicamente, recorre a insinuações para
rebater uma robusta denúncia de corrupção"; "Michel Temer está
encurralado. Por um lado, pela contundência técnica das evidências levantadas
pela Polícia Federal. De outro, pela contundência jurídica e política da
denúncia apresentada por Janot", diz trecho da matéria de capa
1 DE JULHO DE 2017 ÀS 18:31
247 - Na edição da revista Época deste fim de semana, a
Globo se volta com força contra Michel Temer, sujeito que colocou na
presidência da República por meio de um golpe parlamentar.
Em reportagem intitulada "Temer perdeu as
estribeiras", a publicação diz que o peemedebista, "primeiro
presidente da República denunciado por corrupção no cargo e enfraquecido
politicamente, recorre a insinuações para rebater uma robusta denúncia de corrupção".
O texto se refere à insinuação feita por Temer de que o
procurador-geral da República, Rodrigo Janot, autor da denúncia contra ele,
teria recebido dinheiro da JBS, durante pronunciamento no Palácio do Planalto
para comentar a denúncia.
"Michel Temer está encurralado. Por um lado, pela
contundência técnica das evidências levantadas pela Polícia Federal. De outro,
pela contundência jurídica e política da denúncia apresentada por Janot",
diz a matéria.
Leia abaixo um trecho da reportagem publicada no site:
Temer perdeu as estribeiras
Primeiro presidente da República denunciado por corrupção no cargo e
enfraquecido politicamente, Michel Temer recorre a insinuações para rebater uma
robusta denúncia de corrupção
AGUIRRE TALENTO
O plenário da Câmara dos Deputados registrava a presença de
apenas 60 parlamentares às 14h02 da quinta-feira (29). Naquele minuto, o
presidente da Casa, Rodrigo Maia, do DEM do Rio de Janeiro, comunicava seus
pares, como se estivesse lendo um despachozinho burocrático qualquer, de um dos
momentos mais graves do Congresso Nacional.
Ele dava início à tramitação da
denúncia contra o presidente Michel Temer, do PMDB, sob a acusação de corrupção
passiva, apresentada um dia antes pela Procuradoria-Geral da República.
"Esta presidência informa que chegou à Câmara dos Deputados o ofício
número 2.689P da excelentíssima senhora presidente do Supremo Tribunal Federal,
Cármen Lúcia, comunicando o oferecimento de denúncia formulada pelo Ministério
Público Federal", um enfadado Maia avisou às cadeiras.
O rito aborrecido não refletia o significado daquele
episódio: pela primeira vez na história do Brasil, um presidente da República
era formalmente acusado de corrupção durante o exercício de seu mandato.
A
principal prova: a entrega de uma mala com R$ 500 mil de propina a um de seus
assessores mais próximos.
Para o procurador-geral da República, Rodrigo Janot,
o destinatário final da propina carregada por Rodrigo Rocha Loures, ex-assessor
do presidente, era Michel Temer.
As minúcias da história foram narradas ao vácuo da Câmara.
Após a comunicação de Rodrigo Maia, quem leu as 60 páginas da denúncia de Janot
contra Temer e Rocha Loures foi a deputada Mariana Carvalho, do PSDB de
Rondônia. Maia deixou o plenário e foi para o Palácio do Planalto se encontrar
com Temer.
A jornalistas, Maia, sentado sobre 21 pedidos de impeachment de
Temer desde meados de maio, disse que sua intenção é preservar o rito do
processo. "Estou discutindo tudo abertamente com todos os líderes. Isso
vai ser um debate republicano.
A instituição precisa ser preservada. Aqui não é
para defender nem a posição do presidente, nem a posição da oposição, nem da
PGR. É para respeitar o rito", afirmou.
Michel Temer está encurralado. Por um lado, pela
contundência técnica das evidências levantadas pela Polícia Federal. De outro,
pela contundência jurídica e política da denúncia apresentada por Janot.
Nas 60
páginas da peça apresentada ao Supremo, Janot esmiúça a relação de Temer com
Rocha Loures e as negociatas da dupla com Joesley Batista.
A acusação se baseia
nas provas produzidas na delação dos executivos da JBS, em gravações ambientais
feitas pelos delatores, em interceptações telefônicas e ações controladas da
Polícia Federal.
Alguns desses diálogos gravados mostram o caminho da corrupção
de que Temer agora é acusado e, mais importante, do dinheiro fruto dela: para
Janot, Temer receberia os R$ 500 mil por meio de Rocha Loures – se o dinheiro
não tivesse sido interceptado pelas investigações – e aceitou a promessa de um
total de R$ 38 milhões do grupo da JBS.
Em troca, oferecia a interferência em
uma demanda da empresa no Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade).
Fonte: https://www.brasil247.com/
AGRADEÇO A TODOS
Nenhum comentário:
Postar um comentário