Justiça Federal pede o arquivamento do inquérito de
impeachment de Dilma Roussef
julho 14, 2016 – Atualizado 23/07/2016
O Ministério Público Federal (MPF) concluiu que a “pedalada”
fiscal envolvendo o Plano Safra – uma das duas bases do processo de impeachment
da presidente Dilma Rousseff no Senado – não se configurou operação de crédito
nem crime. O mesmo entendimento foi aplicado a outras “pedaladas”, que não
fazem parte do impeachment, como os atrasos de repasses da União para a Caixa
Econômica Federal (CEF) referentes a programas sociais como o Bolsa Família,
seguro-desemprego e abono salarial.
O procurador da República Ivan Cláudio Marx, responsável
pelo procedimento criminal aberto no MPF no Distrito Federal, pediu nesta
quinta-feira à Justiça Federal o arquivamento do inquérito. Na última
sexta-feira, Marx já havia decidido arquivar parte das investigações, referente
à “pedalada” com o BNDES. Os atrasos do governo nos repasses de auxílio de
taxas de juros de financiamentos do banco foram entendidos como um “simples
inadimplemento contratual”.
Este tipo de subsídio é o mesmo usado no Plano Safra: o
governo, para garantir taxas menores nos financiamentos, faz aportes como
compensação ao Banco do Brasil. O processo de impeachment no Senado diz que os
atrasos do governo em relação ao Plano Safra configuram uma operação de
crédito, uma infração à Lei de Responsabilidade Fiscal (LRF) e crime de
responsabilidade de Dilma.
O crime descartado pelo procurador está previsto no Código
Penal. É punido com prisão de um a dois e diz respeito a ordenar, autorizar ou
realizar operação de crédito sem prévia autorização legislativa.
Agência o Globo
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