DCM: MORO AGORA PASSA A SER OBSERVADO PELO MUNDO
O jornalista Paulo Nogueira, do Diário do Centro do Mundo,
afirma que "Lula agiu muito bem em bater nas portas da Comissão de
Direitos Humanos da ONU" para denunciar os excessos de Sérgio Moro;
"No centro do apelo de Lula está o que todos sabem, embora poucos falem:
Moro é um juiz parcial, tendencioso, inconfiável. É um juiz da plutocracia, um
homem que não faz cerimônia nenhuma em aparecer ao lado de homens como os
irmãos Marinhos em celebrações. É evidente que ele vai condenar Lula, quaisquer
que sejam as circunstâncias, se puder. Condenar e prender. Os fatos não
contarão nada, assim como no julgamento de Dilma pelo Senado. Moro é um juiz da
linha de Gilmar Mendes", critica
28 DE JULHO DE 2016 ÀS 20:34
247 - O jornalista Paulo Nogueira, do Diário do Centro
do Mundo, afirma que "Lula agiu muito bem em bater nas portas da Comissão
de Direitos Humanos da ONU" para denunciar os excessos de Sérgio Moro.
"No centro do apelo de Lula está o que todos sabem,
embora poucos falem: Moro é um juiz parcial, tendencioso, inconfiável. É um
juiz da plutocracia, um homem que não faz cerimônia nenhuma em aparecer ao lado
de homens como os irmãos Marinhos em celebrações. É evidente que ele vai
condenar Lula, quaisquer que sejam as circunstâncias, se puder. Condenar e
prender. Os fatos não contarão nada, assim como no julgamento de Dilma pelo
Senado. Moro é um juiz da linha de Gilmar Mendes. Você consegue ver Gilmar
julgando qualquer causa relativa ao PT que não seja com uma tonitruante
condenação? É uma medida extrema a de Lula, mas tempos excepcionais demandam
ações igualmente excepcionais. Fingir que Moro e a Lava Jato são neutros só
serve à plutocracia e a ambos, Moro e Lava Jato", diz.
Lula
fez muito bem em denunciar Moro ao mundo. Por Paulo Nogueira
Postado em 28 Jul 2016 por : Paulo Nogueira
Juiz partidário
Num mundo menos imperfeito, Lula jamais teria que recorrer a
um tribunal internacional para se defender de acusações que lhe são feitas no
Brasil.
Mas este mundo em que vivemos é muito imperfeito — e isto
quer dizer que Lula agiu muito bem em bater nas portas da Comissão de Direitos
Humanos da ONU.
No centro do apelo de Lula está o que todos sabem, embora
poucos falem: Moro é um juiz parcial, tendencioso, inconfiável.
É um juiz da plutocracia, um homem que não faz cerimônia
nenhuma em aparecer ao lado de homens como os irmãos Marinhos em celebrações.
É evidente que ele vai condenar Lula, quaisquer que sejam as
circunstâncias, se puder. Condenar e prender.
Os fatos não contarão nada, assim como no julgamento de
Dilma pelo Senado.
Moro é um juiz da linha de Gilmar Mendes. Você consegue ver
Gilmar julgando qualquer causa relativa ao PT que não seja com uma tonitruante
condenação?
É uma medida extrema a de Lula, mas tempos excepcionais
demandam ações igualmente excepcionais, para lembrar a grande frase do rebelde
britânico Guy Fawkes.
Fingir que Moro e a Lava Jato são neutros só serve à
plutocracia e a ambos, Moro e Lava Jato.
Um dos erros graves de Dilma e do PT não foi, lá para trás,
ter reagido à altura quando se caracterizaram os abusos da Lava Jato. Não tardou
que ficasse claro que o objetivo de Moro era extirpar Lula, Dilma e o PT — e
não a corrupção.
Dilma, Lula e o PT sempre contemporizaram com a farsa de
Moro e da Lava Jato, dentro de uma estratégia fracassada de republicanismo
suicida.
Coube a Lula, ainda que com atraso, dizer verdades sobre
Moro, primeiro no plano interno e agora no cenário internacional.
As pessoas lá fora desconhecem o que se passa no Brasil. O
jornalista americano Glenn Greenwald disse nunca ter visto uma mídia como a
brasileira. Ele só viu o horror por viver aqui. O advogado australiano
contratado por Lula foi na mesma linha: disse ser inconcebível, em sua terra,
um juiz como Moro.
Vivemos uma guerra movida pela plutocracia. O jornalismo que
se pratica nas corporações é de guerra. A justiça que se faz nos tribunais mais
elevados é de guerra.
Que essa guerra seja, ao menos, reconhecida e denunciada por
suas vítimas.
O recurso de Lula está impregnado de um forte componente
simbólico. A direita brasileira tradicionalmente aumenta a violência contra a
democracia quando não há resposta a seus ataques.
Lula respondeu. Jogou em escala mundial luzes sobre o
caráter de Moro e da Lava Jato.
Moro vai ter que ser mais cuidadoso com seus passos, para
não dar completa razão a Lula.
Ele será observado pelo mundo, uma situação nova e
desconfortável para quem jamais recebeu nenhum tipo de fiscalização no Brasil e
por isso pôde cometer abusos em série.
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