LASCOU: Após apoiar e defender Cunha, deputado se desespera
para recuperar imagem; VEJA!
Um dia após ter encerrado a sessão da CCJ (Comissão de
Constituição e Justiça) e adiado para esta quinta (14) o desfecho do processo
de cassação do deputado afastado Eduardo Cunha (PMDB-RJ), o deputado Osmar
Serraglio pediu a palavra durante a sessão para se justificar e “recuperar um
pouco da minha imagem”.
Aliado de Cunha e presidente da CCJ, Serraglio encerrou a
sessão na quarta (13) por volta das 17h, embora a eleição para novo presidente
da Câmara só fosse ter início às 19h. Foi chamado de “vendido” e criticado
pelos deputados aos gritos de “vergonha”.
“Imaginando que minimamente eu possa recuperar um pouco da
minha imagem diante do que se vê hoje [quinta] nos jornais, nas redes sociais,
nos programas jornalísticos, e aqui está o plenário da CCJ para que eu possa
afirmar mais uma vez que eu não prossegui, em nenhum momento, de forma que não
fosse regimental”, afirmou Serraglio.
E complementou: “Peço com muita humildade e encarecidamente
que a imprensa se puder esclareça isso à população brasileira”.
Depois, em conversa com os jornalistas, Serraglio perguntou:
“Vocês vão registrar que as pessoas que me criticaram ontem [quarta] me
elogiaram hoje [quinta]?”. Isso porque alguns parlamentares pediram a palavra
nesta quinta para defender sua condução à frente da CCJ.
Serraglio admitiu estar aliviado com o fim do processo na
CCJ. “É claro que atrapalha. Estávamos já há 12 dias úteis discutindo esse
assunto”, afirmou.
Um dos mais ferrenhos defensores de Cunha, o deputado Carlos
Marun (PMDB-MS), consolou Serraglio: “O senhor tomou pau da imprensa um dia,
ontem [quarta], injustamente. Eu estou tomando há um ano e estou aqui com as
costas largas”.
Marun, dentre outras ações, foi o autor do recurso contra a
cassação de Cunha no Conselho de Ética, que nesta quinta também acabou
rejeitado na CCJ.
No mês passado, o conselho aprovou a cassação de Cunha por
11 votos a 9, no processo mais longo de sua história. Nesta quinta, a CCJ
rejeitou o recurso em defesa de Cunha, por 48 votos a 12, e decidiu encaminhar
seu processo de cassação ao plenário. Na volta do recesso, em agosto, a Câmara
deve decidir se Cunha deve ou não perder o mandato.
A acusação é que ele mentiu aos seus pares por dizer que não
tinha contas no exterior. O Ministério Público da Suíça enviou documentação às
autoridades brasileiras apontando que Cunha era beneficiário final de três
contas naquele país, cuja titularidade estava em nome de trusts -instituto
jurídico para administrar bens de terceiros. Com informações da Folhapress.
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