Globo inicia campanha para derrubar Marina Silva e emplacar
Aécio contra Lula; VEJA!
quinta-feira, junho 16, 2016
“Campanha de Marina recebeu por caixa 2, dirá Léo Pinheiro”.
É assim que o jornal “O Globo” manchetou, neste domingo (12), a informação
publicada pelo jornalista Lauro Jardim, em sua coluna – e que já foi notícia do
247 ontem (aqui). Segundo o colunista, o ex-presidente da OAS, Léo Pinheiro, se
comprometeu, em sua delação premiada, a falar do caixa dois que, segundo ele,
irrigou a campanha de Marina Silva à Presidência em 2010″. “O pedido a Pinheiro
foi feito por Guilherme Leal, um dos donos da Natura, candidato a
vice-presidente de Marina naquela eleição”, relata. Na prestação de contas de
Marina-Guilherme Leal, não há qualquer registro de doação da OAS.
Em nota, a ex-senadora Marina Silva (Rede) e o presidente da
Natura e ex-candidato da vice-presidente na chapa de Marina Silva, Guilherme
Leal, negaram que a campanha de 2010 tenha recebido recursos ilícitos. “De
minha parte, reafirmo que a Operação Lava Jato não pode sofrer nenhuma
tentativa de interferência ou constrangimento para apurar denuncias de corrupção.
Posso alegar que nunca usei um real sequer em minhas campanhas que não tivesse
sido regularmente declarado”, afirmou Marina. Sobre Guilherme Leal, ela disse
que ele “sempre foi fiel ao compromisso ético e à orientação política de que
todos os recursos de financiamento de campanha teriam origem e uso inteiramente
legais”.
Já Leal disse que se
encontrou com Pinheiro, ocasião em que foram apresentadas “as propostas da
candidatura”. Ele nega ter discutido pagamento de caixa 2 para a campanha.
“Houve sinalização da OAS em apoiar a campanha presidencial por meio do Partido
Verde, certamente dentro dos termos da lei, com o devido registro perante a
Justiça Eleitoral”, disse o executivo, segundo o qual “qualquer outra
insinuação é uma inverdade”.
De
acordo com a pesquisa CNT/MDA divulgada na semana passada, Marina Silva aparece
em segundo lugar nas intenções de voto para presidente da República. Em um
cenário, Lula teria 22% das intenções de votos, enquanto Aécio Neves teria
15,9%, seguido de Marina Silva (14,8%), Ciro Gomes (6%), Jair Bolsonaro (5,8%)
e Michel Temer (5,4%). Brancos e nulos totalizariam 21,2%, enquanto o total de
indecisos, neste cenário, seria de 8,9% dos eleitores.
Em um
segundo cenário, no qual Aécio seria substituído pelo governador de São Paulo,
Geraldo Alckmin, Lula teria 22,3% das intenções de votos, seguido por Marina
Silva (16,6%) e Alckmin ficaria em terceiro com 9,6%. Na sequência, viriam Ciro
Gomes (6,3%), Michel Temer (6,2%) e Jair Bolsonaro (6,2%). Brancos e nulos
totalizariam, neste cenário, 24% dos eleitores, enquanto 8,8% dos entrevistados
se declararam indecisos.
Leia
a íntegra da nota da ex-senadora Marina Silva:
‘Todo
apoio à Lava-Jato’Recebi a notícia de que estaria sendo divulgada uma suposta menção a meu nome
em delação premiada à força-tarefa que investiga a corrupção na Petrobras.
Segundo essas fontes, dinheiro de uma empreiteira teria sido destinado ao
“caixa dois” da minha campanha à Presidência, em 2010. Como ressaltou
recentemente o procurador-geral da República, Rodrigo Janot, “da esquerda à
direita, do anônimo às mais poderosas autoridades, ninguém, ninguém mesmo,
estará acima da Lei”. Por esse motivo, quero que as autoridades deem a devida
atenção a essa acusação.
De minha parte, reafirmo que a Operação Lava Jato não pode
sofrer nenhuma tentativa de interferência ou constrangimento para apurar
denuncias de corrupção. Posso alegar que nunca usei um real sequer em minhas
campanhas que não tivesse sido regularmente declarado. Guilherme Leal, que foi
candidato a vice em minha chapa em 2010, sempre foi fiel ao compromisso ético e
à orientação política de que todos os recursos de financiamento da campanha
teriam origem e uso inteiramente legais e não acredito que nenhum dirigente do
PV possa ter usado meu nome sem ter me dado conhecimento, ainda mais para fins
ilícitos.
Posso assegurar à opinião pública que, neste momento em que
a sarjeta da política já esta repleta de denunciados, o melhor caminho é
confiar no trabalho do MP e da Polícia Federal. Por isso, reitero meu apoio e
confiança no trabalho da Justiça.
Leia a íntegra da nota de Guilherme Leal:
Propostas ‘nos termos da lei’
Solicitado a me manifestar sobre a alegação do Sr. Leo Pinheiro,
ex-presidente da OAS, envolvendo doação à campanha presidencial de 2010 e se
referindo à minha pessoa, informo que: de fato houve reunião em 1 de semestre
de 2010, com a presença de Léo Pinheiro, Alfredo Sirkis, então dirigente
nacional do PV e responsável pela pré-campanha, e Leandro Machado, meu então
assessor. Na oportunidade, apresentamos as propostas da candidatura e houve
sinalização da OAS em apoiar a campanha por meio do PV, certamente nos termos
da lei, com o devido registro na Justiça Eleitoral. Qualquer outra insinuação é
uma inverdade.
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