Quem é
Adriano da Nóbrega, chefe de organização criminosa e já homenageado por Flávio
Bolsonaro
43 mins ago Denúncias 2/04/2019
Reportagem
do UOL traça o perfil do ex-capitão do Bope Adriano Magalhães da Nóbrega,
acusado de ser o chefe do “Escritório do Crime”, a milícia que comanda a zona
oeste do Rio de Janeiro;
foi na PM que Nóbrega fez amizade com Fabrício de Queiroz,
o ex-assessor do senador Flávio Bolsonaro (PSL-RJ), apontado como o operador do
clã Bolsonaro;
em 2005, Adriano chegou a ser homenageado por Flávio Bolsonaro
com a Medalha Tiradentes, a mais alta honraria da Assembleia Legislativa;
na
época, ele estava preso sob acusação de homicídio; Escritório do Crime é
suspeito de participar das mortes da vereadora Mariele Franco e do motorista
Anderson Gomes
247 –
Homenageado pelo então deputado estadual Flávio Bolsonaro (PSL), o ex-PM
Adriano Magalhães da Nóbrega é acusado pelo Ministério Público de ser o chefe
do “Escritório do Crime”, grupo de matadores de aluguel que tem como clientes
preferenciais chefes do jogo do bicho carioca, e que comanda a zona oeste do
Rio de Janeiro.
Membros do
Escritório do Crime são suspeitos de envolvimento no atentado que resultou nas
mortes da vereadora Marielle Franco e do motorista Anderson Gomes, em 14 de
março de 2018.
que Adriano da Nóbrega
fez amizade com Fabrício de Queiroz, que trabalhou como ex-assessor do senador
Flávio Bolsonaro (PSL-RJ), suspeito de arrecadar salários dos funcionários do
clã Bolsonaro.
Por indicação de Queiroz, a mãe e a mulher de Capitão Adriano
foram trabalhar no gabinete do filho mais velho do presidente da República,
Jair Bolsonaro.
Os relatos
ouvidos pela reportagem e documentos de seu processo de expulsão da PM
classificam Capitão Adriano como “caçador de gente”.
Ele pode passar dias
isolado em meio à Floresta da Tijuca ou, em busca de aprimoramento, horas em
chats na chamada “deep web” (sites que não estejam indexado em mecanismos de
buscas).
É descrito como um aficionado por armas, equipamentos tecnológicos,
treinamentos militares e jogos com simulações de combates.
Adriano
chegou a ser homenageado por Flávio Bolsonaro com a Medalha Tiradentes, a mais
alta honraria da Assembleia Legislativa.
Era o ano de 2005, e ele estava preso
sob acusação de cometer homicídio.
A ficha de serviços mostra que Capitão
Adriano recebeu treinamento de elite durante sua trajetória como PM.
Entre os
cursos em que se formou, estão os de sniper (atirador de elite), operações
táticas especiais e segurança especial para autoridades.
Na denúncia,
os promotores mostram como a milícia domina os bairros de Rio das Pedras,
Muzema e seus arredores na zona oeste do Rio.
Capitão Adriano é chamado de
“patrãozão” pelos milicianos.
“Adriano prestava serviços também para
empresários, políticos e até integrantes do Judiciário.
Chega uma hora em que
esses matadores querem rivalizar com os patrões.
É aí que são mortos e
substituídos por outros”, diz o delegado de polícia ouvido pelo UOL.
Capitão
Adriano está foragido desde o dia 22 de janeiro.
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