quarta-feira, 14 de março de 2018

Nem da Rocinha:”E o helicoca? Quem foi preso? E o filho da desembargadora?


Nem da Rocinha:”E o helicoca? Quem foi preso? E o filho da desembargadora?
14/03/2018

Em sua entrevista a Gil Alessi, do El Pais, Nem da Rocinha falou do Helicoca:

Ainda com a lembrança da partida de xadrez fresca na cabeça, Nem filosofa. 

“Quando eu estava na Rocinha as pessoas me viam como uma espécie de rei”, afirma. 

“Mas eu nunca me comportei como rei, sempre me considerei mais um peão mesmo, nunca quis saber de ostentar, andava na Rocinha de chinelo e camiseta do Flamengo, minha preocupação era ajudar as pessoas”, diz Nem. 

Ele pensa um pouco e completa: “Vira e mexe usava uma corrente, um relógio, mas nada caro”.

A metáfora do xadrez, com reis e peões, também permeia sua visão sobre a máquina do tráfico de drogas. 

Nem da Rocinha se considera, em certa medida, injustiçado. 

Apesar de admitir que “não é santo”, para ele as autoridades “com o apoio da grande mídia” usam o traficante “da favela, negro e pobre” como bode expiatório, quando na verdade ele seria apenas parte de uma engrenagem mais complexa. 

“E o helicoca? Quem foi preso? E o filho da desembargadora?”, questiona, referindo-se a dois episódios recentes ocorridos no país envolvendo traficantes brancos e de classe média. 

O primeiro foi a apreensão, em 2013, do helicóptero da família do senador Zezé Perrella (PDT), que é próximo de Aécio Neves (PSDB), no Espírito Santo com quase meia tonelada de cocaína. 

O segundo diz respeito à libertação (em tempo recorde) no final de 2017 de Breno Fernando Solon Borges, de 38 anos, filho de uma desembargadora que foi preso com 130 quilos de maconha e várias munições de uso restrito das forças armadas.

Aliás, Nem das Rocinha conhece bem o papel dos políticos no tráfico. 

Ele admite já ter conversado com alguns no Rio de Janeiro, mas se recusa a dar os nomes. 

Diz também que já foi procurado várias vezes para firmar um acordo de colaboração com as autoridades em troca de redução de pena. 

Sobre uma possível delação premiada, ele é enfático:

 “Pretendo manter o mínimo da dignidade que ainda me resta. 

Nunca faria uma coisa dessas. 

Aqui não é como Brasília onde o sujeito delata até a mãe”.



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