segunda-feira, 18 de setembro de 2017

Funaro pagou cerca de R$ 56,9 milhões a Cunha após início da Lava Jato

Funaro pagou cerca de R$ 56,9 milhões a Cunha após início da 
Lava Jato
Notícias Ao Minuto18 horas atrás 18/09/2017
 Funaro pagou cerca de R$ 56,9 milhões a Cunha após início da Lava Jato: Valores constam em planilhas apreendidas na casa da irmã do operador financeiro
© Rodolfo Buhrer / Reuters Valores constam em 
planilhas apreendidas na casa da irmã do operador 
financeiro

O doleiro Lúcio Funaro, que no último mês firmou acordo de colaboração premiada com a Procuradoria-Geral da República (PGR), pagou R$ 56,9 milhões ao ex-deputado Eduardo Cunha, mesmo após o início da operação Lava Jato, em 2014.

A Polícia Federal (PF) chegou à informação por meio de planilhas referentes ao pagamento de propina a políticos, apreendidas na casa da irmã de Funaro, que é apontado como operador financeiro do PMDB na Câmara.

Os documentos foram apreendidos por ordem do juiz Vallisney Oliveira, da 10ª Vara Federal de Brasília.


Apelidado do "Bob", Cunha teria recebido R$ 1,3 milhão, quando ainda era o presidente da Câmara dos Deputados, em 2015.

Ainda conforme os documentos, a maior parte do dinheiro foi entregue em espécie, a auxiliares do ex-deputado. 
Entre os citados estão Altair Pinto, Claudio Fernando Barbosa e Sidney Roberto Szabo. 

Funaro também usava empresas e "laranjas" para fazer o repasse de propina.

"Não podemos afirmar que as mesmas correspondem ao total das entregas de dinheiro efetuadas, mas apenas as localizadas até o presente momento", diz o relatório da PF de 184 páginas datado do último dia 4.

De acordo com informações da Folha de S. Paulo, as provas foram anexadas à denúncia feita, na semana passada, pelo então procurador-geral da República, Rodrigo Janot, contra o que chamou de 
"quadrilha do PMDB".

As planilhas registram pagamentos de Funaro para Cunha desde 2011. 

Daquele ano até 2015, há anotações de pagamentos de R$ 89 milhões para Cunha, incluídos cerca de R$ 7 milhões pagos a outros políticos, mas que Funaro considerou como recursos de Cunha, pois teriam ocorrido a pedido do ex-deputado.



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