terça-feira, 4 de abril de 2017

Polícia suspeita de ataque suicida em metrô de São Petersburgo

Polícia suspeita de ataque suicida em metrô de São Petersburgo
1 hora atrás 04/04/2017
 Policiais fecham entrada de estação onde aconteceu a explosão
© Getty Images/AFP/R. Shamukov Policiais fecham entrada de 
estação onde aconteceu a explosão

A polícia suspeita que a explosão de uma bomba dentro de um vagão próximo à estação Sennaya Ploshchad, em São Petersburgo, segunda maior cidade da Rússia, foi causada por um atentado suicida. Pelo menos, onze pessoas morreram e 45 ficaram feridas no ataque.

Os investigadores acreditam que o suspeito entrou no metrô carregando explosivos dentro de uma mochila. Indícios encontrados no local da explosão reforçaram a suspeita, porém, a confirmação só pode ser dada depois de testes de DNA.

A polícia também suspeita que o autor do atentado suicida teria colocado a outra bomba na estação de metrô Ploshchad Vosstaniya. O artefato não explodiu e foi desarmado pela polícia. Inicialmente, autoridades buscavam por dois suspeitos de terem envolvimento no ataque.

O suspeito de ser o autor do atentado teria sido identificado com um jovem de 23 anos de nacionalidade de uma ex-república soviética na Ásia Central que teria ligação com grupos radicais islâmicos. Nenhuma organização assumiu a autoria do ataque.

Duas bombas
A explosão, por volta das 14h40 (horário local) desta segunda-feira (03/04), atingiu dois vagões próximo à estação Sennaya Ploshchad, que encheu de fumaça, sendo logo esvaziada. Após o impacto, o maquinista ainda conduziu o metrô até chegar à Sennaya Ploshchad, o que ajudou a remover os feridos e a salvar vidas.

"A explosão ocorreu entre duas estações, mas o maquinista tomou a decisão absolutamente correta de não parar o trem até chegar à próxima estação", afirmou a porta-voz do Comitê de Instrução russo, Svetlana Petrenko. "Isso permitiu iniciar a remoção das pessoas imediatamente e ajudar os feridos."

Uma segunda bomba foi encontrada em outra estação de metrô – Ploshchad Vosstaniya – e foi desarmada pela polícia. Esse artefato, que foi colocado dentro de um extintor, tinha uma potência várias vezes maior que o que explodiu, segundo informaram fontes oficiais.

Todas as estações de metrô da segunda maior cidade do país foram interditadas e esvaziadas. Depois de seis horas, o sistema de transporte voltou a funcionar parcialmente.

Fotos divulgadas nas redes sociais mostravam feridos numa plataforma e portas destruídas de um vagão do metrô. "Tudo ficou cheio de fumaça, havia muitos bombeiros. Eles gritaram para corrermos para a saída e todo mundo correu. Todos estavam em pânico", contou a estudante Maria Smirnova, que estava no trem atrás do que explodiu.

Investigação
O presidente russo, Vladimir Putin, estava na região para se reunir com seu homólogo bielorrusso, Alexander Lukashenko. No momento da explosão ele se encontrava em Strelna, na periferia de São Petersburgo.

Putin prometeu que as autoridades de segurança esclarecerão a explosão. "Estamos considerando todas as possibilidades, se foi um ato criminoso ou se teve um caráter terrorista."

O presidente visitou ainda o local do ataque e levou flores em homenagem às vítimas. Após deixar as flores, Putin voltou para o carro em silêncio e não quis falar com a imprensa.

Segundo deputado Viktor Oserov, do Conselho da Federação, todos os indícios apontam na direção de um atentado terrorista. Fontes oficiais avaliam entre 200 e 300 gramas de dinamite a força explosiva do artefato, que tinha fragmentos de metal.

Depois do ataque, autoridades locais reforçaram a segurança no aeroporto de Pulkovo, nos demais terminais de transporte da cidade e em lugares de maior concentração de pessoas, como escolas e creches. Moscou também seguiu essa medida.

A Rússia já foi alvo de ataques similares nos últimos anos, e líderes rebeldes chechenos com frequência ameaçam realizar novos atentados. 

Em 2010, pelo menos 38 pessoas morreram quando dois suicidas detonaram bombas em trens de metrô lotados em Moscou.

CN/afp/efe/ap/rtr




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