sexta-feira, 30 de dezembro de 2016

Defunto vai a cartório, vende ações, e vira sócio do líder do PMDB na Câmara e de sua família


Blog do Barão

18 de abril de 2015 Atualizado em 31/12/2016
Defunto vai a cartório, vende ações, e vira sócio do líder do PMDB na Câmara e de sua família
 Defunto vai a cartório, vende ações, e vira sócio do líder do PMDB na Câmara e de sua família
                       O PAI, O FILHO E O FANTASMA
O deputado estadual Jorge Picciani (PMDB-RJ) e o filho Leonardo 
Picciani (PMDB-RJ) (foto abaixo), deputado federal. Eles lucraram 
ao negociar com um morto (Foto: Bianca Pimenta/Ag. O Globo)

Joaquim Vivas Caravellas morreu em 21 de abril de 2011, aos 87 anos. 
Era acionista da Tamoio Mineração, empresa que fornece brita para empreiteiras que têm obras contratadas com o governo do Estado do Rio de Janeiro.


Tudo em ordem. O morto morreu e foi devidamente enterrado. Mas, o Joaquim, organizado que era, resolveu dar sinal de vida dois meses após sua morte. Em 29 de Junho de 2011, compareceu de corpo presente à Junta Comercial do Estado para assinar e registrar os balanços financeiros da empresa em que detinha ¾ das ações. 

Assinou - e, pelo que consigamos apurar, retornou à sua morada no Cemitério São João Batista, situado em Botafogo, onde voltou à morrer. Desta feita sem homenagens, oba-obas e prantos de possíveis viúvas...

Ficou por lá, mortinho da silva, o Joaquim. Até que, em 28 de setembro de 2012, nosso defunto ressuscita novamente (já barrou Cristo...) e aparece em um cartório para vender parte das ações de sua empresa- avaliada em R$ 70 milhões- ao deputado estadual, Jorge Picciani ( PMDB), presidente da Assembleia Legislativa do Estado do Rio de Janeiro, e seus filhos, dentre eles o deputado federal, Leonardo Picciani, líder do PMDB na Câmara dos Deputados.

Quando seu Joaquim chegou ao cartório, foi saudado com alegria pelo tabelião: “Parabéns, seu Joaquim, como o senhor está corado, até engordou, nem parece um defunto?!”

Depois de tudo sacramentado, seu Joaquim cumprimentou a todos e ia retirando-se, quando o deputado Jorge Picciani indagou: O senhor vai voltar de que para o cemitério?

- Vou de táxi- respondeu o falecido, mas no momento desfalecido, Joaquim.
- De jeito nenhum, estou no carro da Presidência da Assembleia e faço questão de mandar meu motorista levar o senhor, afinal agora somos sócios...

E assim deu-se, seu Joaquim foi morrer pela terceira vez de carona em um carro oficial. 
Desde então parece que morreu mesmo, para sempre.


A notícia original está na revista Época- A incrível sociedade do líder do PMDB na Câmara com um defunto



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