terça-feira, 9 de agosto de 2016

Bernie Sanders defende que EUA se posicionem contra impeachment

08/08/2016 22h02 - Atualizado em 09/08/2016 18h24
Bernie Sanders defende que EUA se posicionem contra impeachment
Senador americano diz que julgamento de Dilma não é legal, mas político. Para ele, disputa no Brasil deve ser resolvida com 'eleições democráticas'.
Do G1, em São Paulo
 Bernie Sanders em São Francisco, Califórnia (Foto: REUTERS/Elijah Nouvelage)
Bernie Sanders durante a campanha das primárias nos EUA 
(Foto: REUTERS/Elijah Nouvelage)

O senador Bernie Sanders, que perdeu para Hillary Clinton a nomeação para a candidatura democrata à presidência americana, divulgou uma nota nesta segunda-feira (8) pedindo que os EUA se manifestem contra o processo de impeachment em curso no Brasil da forma como ele está transcorrendo. Ele defende que o impasse político brasileiro seja resolvido com "eleições democráticas".
"Estou profundamente preocupado com o atual esforço para tirar a presidente democraticamente eleita do Brasil, Dilma Rousseff, do cargo. Para muitos brasileiros e observadores o controverso processo de impeachment mais parece um golpe de Estado", diz Sanders na nota.
"Após suspender a primeira presidente mulher do Brasil por motivos duvidosos, sem mandato para governar, o novo governo interino aboliu o ministério das mulheres, igualdade racial e direitos humanos. Eles imediatamente substituíram uma administração diversa e representativa por um gabinete composto inteiramente por homens brancos. O governo novo não-eleito anunciou rapidamente a imposição de austeridade, aumento de privatizações e instalação de uma agenda social extremamente de direita", aponta o ex-concorrente de Hillary.

"O esforço para remover a Presidente Rousseff não é um julgamento legal, mas sim político. Os EUA não podem ficar em silêncio enquanto as instituições democráticas de um de nossos mais importantes aliados são minados. Precisamos nos levantar pelas famílias trabalhadoras do Brasil e demandar que essa disputa seja resolvida com eleições democráticas", conclui o senador pelo estado de Vermont.

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