quarta-feira, 22 de junho de 2016

O deputado Jair Bolsonaro (PSC/RJ) vai sentar no banco dos réus do Supremo Tribunal Federal

POR 4 VOTOS A 1, BOLSONARO VIRA RÉU NO SUPREMO
21/06/2016 · por brasilpagina1 · em Brasil. ·
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O deputado Jair Bolsonaro (PSC/RJ) vai sentar no banco dos réus do Supremo Tribunal Federal (STF), acusado de incitação ao estupro e injúria. Nesta terça-feira, 21, por quatro votos a um, os ministros da Primeira Turma do Supremo acolheram denúncia da vice-procuradora-geral da República Ela Wiecko e abriram ação penal contra o parlamentar por ele ter declarado, em 2014, que ‘não estupraria a deputada federal Maria do Rosário (PT/RS) porque ela não mereceria’.
Além disso, a Turma aceitou ainda uma queixa-crime para processá-lo por injúria. Se condenado, Bolsonaro poderá ser preso por até seis meses, além de pagar multa.
O relator do caso, ministro Luiz Fux, afirmou que as declarações do deputado sobre Maria do Rosário são “reprováveis” e “geram indignação”. Ele considerou que Bolsonaro não pode ser protegido pela prerrogativa de imunidade parlamentar, já que o que o parlamentar disse não tem nenhuma relação com a atividade que exerce na Câmara.
A acusação foi apresentada pela vice-procuradora-geral da República Ela Wiecko em dezembro de 2014 com base na fala do parlamentar em uma entrevista ao jornal ‘Zero Hora’ na qual ele reiterou sua fala feita no plenário da Câmara de que não estupraria a deputada federal Maria do Rosário (PT-RS) porque ela não mereceria.
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Relator do caso, o ministro Luiz Fux afirmou que as declarações do
 deputado sobre Maria do Rosário são ‘reprováveis’ e ‘geram indignação’

De acordo com Ela Wiecko, “ao dizer que não estupraria a deputada porque ela não ‘merece’, o denunciado instigou, com suas palavras, que um homem pode estuprar uma mulher que escolha e que ele entenda ser merecedora do estupro”.
A vice-procuradora destaca ainda que ao afirmar o estupro como prática possível, Bolsonaro “abalou a sensação coletiva de segurança e tranquilidade, garantida pela ordem jurídica a todas as mulheres, de que não serão vitimas de estupro porque tal prática é coibida pela legislação penal”.

Fonte: Estadão

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